Modelo Culturalista e Ecológico de Regionalização

António Ribeiro Telles foi um dos que mais se destacou na defesa dum modelo culturalista e ecológico de regionalização. As suas palavras traduzem bem as virtudes que foram desde cedo reconhecidas à regionalização, num conglomerado de potencialidades que a prática nunca viria a testar :

"A regionalização não se resume a um projecto de descentralização do Estado; é também uma forma de dignificação das populações, fazendo-as participar activamente, através dos órgãos regionais, num processo esclarecido de desenvolvimento, evitando-se assim a existência de programas de crescimento económico onde a dignidade do homem e a realidade física das regiões são esquecidas, e evitando-se ainda a macrocefalia progressiva do país, as assimetrias regionais e a emigração (...) a região administrativa deve resultar, por um lado, da história, da geografia e da cultura e, por outro, das possibilidades ecológicas que o seu território possui quanto à capacidade de suporte, em condições de plena dignidade, de vida humana".

TELLES, António Ribeiro

Comentários

Anónimo disse…
O texto de António Ribeiro Teles não pderá ser mais adequado aos objectivos de desenvolvimento associado à descentralização política suportada pela regionalização. A única diferença é que considera a regionalização administrativa como necessária mas não suficiente para os atingir e que, com toda a certeza, ficarão seegurados apenas com a regionalização autonómica a partir das 11 Regiões Históricas ou Naturais, sintetizadas nas 7 Regiões Autónomas.
Ainda bem que as posições aqui assinaladas anteriormente têm vindo a ser confirmadas por quem, de direito e de competência, se tem debruçado sobre a importante problemática política de DESENVOLVIMENTO que é a regionalização.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Sobre a Regionalização há duas grandes correntes de opinião que, pelo seu conteúdo têm uma importância acrescida. O modelo cultural (representado no 'post')suportado, maioritariamente, pelos geógrafos e outros académicos e o modelo tecnocrático defendido pelas elites políticas dos principais partidos consubstanciado nas denominadas 5 regiões-plano.