Paulo Morais: Regionalização, sim ou não?

Não tarda muito e o tema da regionalização voltará à agenda política. Pela mão do PS e da maioria, pois essa foi uma promessa eleitoral.

Mas também na campanha interna do PSD, os três candidatos assumem a sua vontade de regionalizar, com um deles, Passos Coelho, a propor mesmo uma revisão constitucional que permita o avanço imediato para uma região piloto.

É imperioso que o debate próximo seja esclarecedor e que os portugueses, ao votarem em referendo, saibam exactamente o que estão a decidir e qual o sistema de administração para o país, se e quando houver regionalização. Porque esta só interessará se vier acompanhada de um novo modelo administrativo para Portugal. Que contemple menos autarquias, menos freguesias e menos municípios.

Se, além disso, com a regionalização se desmantelarem os superministérios da saúde, da educação, da segurança social – substituindo-os por estruturas regionais com muito menos gente e mais baratas – a regionalização terá valido a pena. Mas se for para manter tudo como até aqui, multiplicar pequenos Terreiros do Paço por todo o país e atribuir mais tachos, então é melhor estar quieto.

A questão é pois de semântica. Se regionalizar for sinónimo de desmantelar e substituir, venha ela. Se significar multiplicar defeitos e gastos e distribuir prebendas e lugares, então devemos rejeitá-la liminarmente.

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Comentários

Paulo Rocha disse…
Este Sr. Paulo Morais também é daqueles que fala muito sobre tudo, mas, quase sempre, sem grande consistência.

Fazer depender a Regionalização da eventual reforma do poder local não é muito sensato. A regionalização, directamente, só tem a ver com todo o espaço administrativo supra municipal.
Sem dúvida será necessário uma reorganização administrativa das autarquias locais a tender para a diminuição de municípios e freguesias. (Região administrativa é uma autarquia local também).

É preciso adaptar o sistema aos novos tempos, já não precismaos do burreco para ir à sede de freguesia ou de município...

Fazer depender. Nunca. Já basta de pretextos para se adiar uma coisa discutindo outra.
1.º Regionalizar
depois, cada região pode definir o seu modo de reorganizar as suas autarquias que a compôe. Cada região é uma região e a regionalização é para que cada região se adapte em função das suas especificidades e não para obedecer a critérios universais...

Sobre este tema parece-me mais sensato que a regionalização deva sim comprometer os novos órgãos de cada região, a apresentar no primeiro mandato um plano interno de reforma administrativa.
Anónimo disse…
O futuro do pais passará por uma reforma dos municípios com a extinção de alguns, nomeadamente os que tiveram menos que 5000 eleitores, bem como de muitas freguesias.

O município passara então a ser uma entidade que será dotada de mais valências administrativas e com maior âmbito territorial, as freguesias serão dotadas de autonomia financeira e passarão a funcionar como uma espécie de município de proximidade, em ponto pequeno.

Dos 308 municípios devemos passar para cerca de 70-80, e das 4500 freguesias para cerca de 700, este é futuro do pais, chamem-lhe descentralização municipalizada, chamem-lhe o que quiseram.

Agora regionalizar o pais, nem pensar nisso, isso seria entregar Portugal aos castelhanos num espaço de 20-30 anos, não tenham duvidas, aproveitariam-se da divisão e balcanização do pais para nos lançar a luva.

Só memo meia dúzia de fanáticos regionalista do Porto que em comum tem o facto de serem adeptos do FCP, e que querem usar a politização do futebol para dividir o pais, é que vem com proposta destas, pessoas sem o mínimo de sentido de estado e de responsabilidade.

A regionalização já foi chumbada pelos portugueses e se já no mapa das 9 regiões era perigosa para o pais, no mapa das 5 seria o suicídio total, nem pensar dar a esses regionalistas fanáticos do porto o controle sob Trás-os-Montes e o Minho, nem pensar nisso, isso era dar ao porto uma massa critica que o Porto não tem e um perigo para o pais.


O pais já está pouco endividado ainda ia-mos arranjar ai mais tachos para as matilhas de caciques no desemprego, com governos regionais, com presidentes e secretários para tudo e mais alguma coisa, mais uma carrada de tachos e mais um nível na administração do estado com a a consequente burocracia associada que resultaria ainda em mais corrupção, e isto só para arranjar tachos para estes dementes regionalistas do Porto, e também para o ignóbil do Mendes Bota/Macário.

Deviam ter juízo.
Anónimo disse…
Caro Anónimo das 11:05:00 PM,

O que mais gostaria de ver escrito da sua parte era muito mais que o argumentário estafado dos tachos e tachinhos, próprio de treinadores de bancada e dos menos exemplares.
Infelizmente, o Porto (ou o Norte, como alguns querem ver ampliada aquilo que consideram ser a sua zona de influência), está muito mal servido de políticos com visão estratégica os quais seriam incapazes de dominar seja o que for, mesmo ao nível da famigerada Área Metropolitana do Porto.
Por isso, não insista nesse argumento do domínio seja do que for nem na ligação dos regionalistas ao futebol, neste caso o Futebol Clube do Porto. Ao fazê-lo, está a ter um comportamento abusivo em relação ao que sw pretende realizar com a regionalização e que é preparar a sociedade para o desenvolvimento.
Por fim, peço-lhe que abandone essa postura doentia e o argumentário mais própro de tasca (sem ofensa para esta) do que convivência social.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
O seu problema é que você gosta pouco de ouvir as verdades, e a sua revolta e até a atenção que dá aos post, só dá razão á minha argumentação.

São verdades incoveninetes para si e para quem defende teses suicidas e anti-patrióticas com você, mas são verdades.
Caro Anónimo Pró-7RA:

Numa e apenas uma coisa este indivíduo tem razão: a atenção que damos aos posts dele, de inqualificável malformação, só lhe dão razões para continuar a escrevinhar.
Por minha parte, dar-lhe-ei o que merece: ficará a falar (ou melhor, a insultar) sozinho...

Cumprimentos,
Anónimo disse…
O vosso norte acaba em Gondomar.

Em Penafiel já fica o vale do Sousa.

Quanto mais chegar ao Minho ou a Trás-os-Montes.

Para lá do Marão mandam os que lá estão.

Viva Portugal uno e indivisível.

Cumprimentos.