Transportes públicos: Lisboa em 18º lugar (em 23 cidades europeias)


A cidade de Lisboa ficou em 18º lugar – num total de 23 cidades europeias – num ranking que avalia a qualidade, mobilidade e segurança dos transportes públicos.

O estudo foi revelado na última sexta-feira pela EuroTest, consórcio constituído por 16 clubes de automóveis de 15 países europeus e que está debaixo da supervisão da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

Tempo de percurso (com 35% para a nota final), acessibilidades (com 15%), informações e custo do trajecto (com 25% cada) foram os quatro critérios avaliados. O trabalho de campo decorreu entre 24 de Outubro e 11 de Dezembro de 2009.

Lisboa terminou com um resultado global “aceitável” e um resultado de 57,26% em tempo de percurso, 66,16% em acessibilidades, 64,27% em informações e 77,80% em custo de trajecto. Aliás, o critério "tempo de percurso", que valia 35% da nota, acabou por atira a capital portuguesa para o 18º lugar - visto que, nos outros critérios, conseguiu resultados bastante positivos.

Ainda assim, e apesar desta posição – 18º em 23 possíveis – de realçar que Lisboa ficou à frente de capitais como Madrid (19º lugar) e Londres (20º).

O ranking é liderado por Munique, na Alemanha, apesar de não deslumbrar na pontuação – apenas um dos critérios, acessibilidades, superou os 80%. Segue-se, na tabela, Helsínquia, na Finlândia, Viena, na Áustria, Praga, na República Checa eHamburgo, na Alemanha.

Fecham o top ten Copenhaga, na Dinamarca, Frankfurt, na Alemanha, Barcelona, na Espanha, Leipzig e Colónia, ambas também na Alemanha.

Apenas Liubliana, na Eslovénia, e Zagreb, na Croácia, tiveram resultados globais insuficientes ou negativos. Destaque ainda para a nota mais alta: Praga conseguiu 99,38% em custo de trajecto!

“Não é um mau resultados, mas poderia ser melhor”, explicou a EuroTest, no seu site, sobre este estudo. “Apesar de alguns resultados positivos, ainda há muito espaço para melhorarmos. Os consumidores precisam de informação clara, visível e percebível”, concluiu, por sua vez, o director-geral do European Bureau da FIA, Wil Botman.

“Os transportes eficientes e os bons sistemas intermodais são essenciais para as pessoas deixarem-se persuadir a deixar os seus carros em casa”, continuou Botman.

O estudo revelou ainda uma correlação entre transportes eficientes e as cidades com mais mobilidade sustentável. A própria FIA tem reiterado várias vezes, nos últimos anos, para a necessidade de conseguir soluções realísticas e pragmáticas para o problema da mobilidade nas cidades – e que o esquema de cobrar pelo congestionamento que é aplicado, por exemplo, na cidade de Londres, não é a melhor solução. Será?

via LX SUSTENTAVEL

Comentários

Paulo Rocha disse…
Esta tabela, por si só, pouco nos diz sobre a qualidade dos transportes públicos. desde logo, não especifica se se trata só de Lisboa cidade ou se também contempla a mobilidade na área metropolitana.
Jorge Silva disse…
E o Porto ... não foi estudado?