Política centralista de saúde: um ataque à unidade nacional

O bastonário da Ordem dos Médicos entende que Portugal tem obrigação «investir o suficiente no Interior» e «tem de definir se quer continuar a ser um país independente».

(notícia em áudio nesta ligação)

O bastonário da Ordem dos Médicos alertou para os perigos do recurso a cuidados clínicos em hospitais espanhóis por causa do investimento no Serviço Nacional de Saúde e por causa da independência do país.

Referindo-se ao caso de Elvas que cada vez recorre mais aos serviços de hospitais espanhóis, Pedro Nunes lembrou que situações como esta «levam a um desinvestimento de Portugal no seu próprio território e isto é, a médio prazo, absolutamente perigoso».

«Portugal tem de definir se quer continuar a ser um país independente que trata dos seus próprios assuntos e responde às necessidades da sua própria população ou se, a médio e longo prazo, aceita ser mais uma província e uma autonomia de Espanha», acrescentou.

Para Pedro Nunes, a «obrigação do Estado português é investir o suficiente nas regiões do Interior, como o Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo para que as populações não sintam necessidade de obter cuidados de saúde do outro lado da fronteira».

Também em declarações à TSF, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros admitiu que «possam haver protocolos de acordo», mas chamou à atenção para os risco que este tipo de escolha pode acarretar.

Maria Augusta Sousa diz que se justifica esta opção na questão da maternidade de Elvas, «mas generalizar isto aos cuidados globais de saúde é um risco demasiado grande».


TSF

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