À boleia das Scuts

Comissão de utentes de transportes da margem Sul quer fim das portagens da ponte 25 de Abril

|Lusa|

A comissão de utentes de transportes da margem Sul (CUTMS) defendeu a abolição da portagem da ponte 25 de Abril por considerar que a mobilidade é um direito básico e não pode ser taxada.

A porta-voz da CUTMS, Luísa Ramos, afirmou também que a comissão é contra a introdução de portagens nas Scut (auto estradas sem custo para o utilizador) numa reacção à polémica da introdução de portagens em várias Scut do país e que tem sido alvo de críticas de autarcas e de utentes.

“O Governo não pode taxar direitos básicos. E a mobilidade é um direito básico”, argumentou, defendendo ainda que a existência de portagens na ponte 25 de Abril também é “desajustada”: “As pessoas não devem ter que pagar para usufruírem daquilo que é um direito seu”, acrescentou.

O Governo planeava introduzir o pagamento de portagens nas Scut do Norte a 1 de Julho nas Scut da Costa de Prata, Norte Litoral e Grande Porto, uma decisão que seria adiada por 30 dias, até 1 de Agosto.

Na semana passada, Governo e oposição não se entenderam quanto ao diploma da introdução de portagens nas três Scut do Norte, tendo a oposição aprovado no Parlamento, na generalidade, a revogação da aplicação do sistema de identificação electrónica de veículos.

Ontem, o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, escreveu ao ministro dos Assuntos Parlamentares enunciando nove condições para um entendimento com o Governo sobre a cobrança de portagens nas SCUT.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, por seu turno, acusou o PSD de ter “dupla face” e de “inventar pretextos” para fugir a um acordo sobre portagens, mas adiantou que o Governo responderá por escrito às exigências colocadas pelos sociais-democratas.
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