Douro - pelo caminho das vindimas

Começaram as vindimas. A época alta para o turismo na Região Demarcada do Douro.

A azáfama da colheita das uvas, o seu transporte para as adegas, a pisa a pé (que ainda se faz em algumas quintas), a prova do primeiro mosto, são rituais que têm cada vez mais procura de turistas.

Não admira que a capacidade hoteleira da região esgote durante os meses de Setembro e Outubro. As 2500 camas disponíveis são cada vez mais insuficientes e por isso convém reservar com bastante antecedência. E este ano espera-se uma enchente de turistas nacionais, que começam já a ganhar terreno aos estrangeiros.

Por estes dias já se vindima na região que também é Património Mundial da Humanidade, graças à sua paisagem cultural, evolutiva e viva. Mas é a partir da próxima semana que a actividade vai ganhar força.

A Rota do Vinho do Porto vai lançar nos próximos dias a Festa das Vindimas 2010, que promete muitas iniciativas para aliar a animação e o lazer ao trabalho árduo que a colheita das uvas representa e a responsabilidade que a produção de vinho exige. Isto apesar de às vezes se dar a ideia de que tudo é brincadeira.

António José Teixeira, presidente da Rota, promete semanas de animação, com concertos, lagaradas, provas de vinhos e gastronomia, passeios, entre outras iniciativas “para pôr o Douro a mexer”.

Luís Barros, da Enoteca Douro, em Favaios (Alijó), é um dos operadores que inicia já amanhã o seu programa de vindimas. Todos os dias, durante um mês, vai levar os turistas por uma viagem que se inicia no tempo de Dona Antónia Ferreira (Ferreirinha) e vai até ao do Marques de Pombal. “Com concertinas, grupos de folclore e de teatro vamos dar um ambiente propício à festa das vindimas”, explica, salientando que o programa contempla “colheita de uvas na vinha, transporte para o lagar, pisa a pé, provas de vinhos e merenda”.

Nos dias 25 e 26 deste mês, Celeirós do Douro, em Sabrosa, voltará a acolher uma lagarada tradicional que, ano após ano, tem vindo a assumir-se como um dos pontos altos do cartaz de animação da época. As quintas voltarão a abrir as portas proporcionando provas explicadas dos seus néctares e visitas guiadas pelos centros de vinificação.

|Eduardo Pinto in JN|
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

O que se passa com as condições de desenvolvimento do Alto Douro está directamente relacionado com uma perspectiva estratégica da política, implementada há mais de 250 anos.
Está ainda intimamente ligada à defesa dos interesses regionas das respectivas populações por elas próprias através d criação e implementação de uma região demarcada de produção vinícola.
Tudo o resto é figuração e da pior.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Oxalá nunca o venham a estragar definitivamente.