Funicular pode ser alternativa no Tua

Barco também pode substituir linha ferroviária submersa pela barragem

Um funicular entre a foz do rio Tua e a barragem, uma travessia fluvial e o aproveitamento da linha ferroviária não submersa constituem um dos planos alternativos de mobilidade à Linha do Tua proposto pelo Governo. A viabilidade está em estudo, avança o Jornal de Notícias, na passada quarta-feira.

Esta foi uma das ideias que estiveram em cima da mesa no passado dia 2, no Museu do Côa, na primeira reunião a juntar todas as partes interessadas no processo de construção da barragem do Tua, entre Carrazeda de Ansiães e Alijó, mas que abrange também os concelhos de Murça, Vila Flor e Mirandela.

A criação do aproveitamento hidroeléctrico vai submergir os últimos 16 quilómetros da via-férrea, cortando definitivamente a ligação por comboio entre a Linha do Douro e Mirandela. No encontro, os cinco autarcas voltaram a reivindicar a uma só voz a criação de uma agência de desenvolvimento regional e uma alternativa de mobilidade à linha do Tua.

“As propostas que estão em cima da mesa agradam aos autarcas, resta saber a sua viabilidade financeira, quer na vertente de investimento quer na de funcionamento”, sintetizou ao JN o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, realçando a hipótese do funicular, que a ser realidade iria ter cerca de dois quilómetros de extensão, e da travessia do vale em barco até à estação da Brunheda.

Para os autarcas, todas as possibilidades estão em aberto. “Pode ser o modelo A, B ou C. O que nós queremos é que satisfaça a mobilidade diária das populações e que seja atractivo do ponto de vista turístico”, sublinhou ao diário portuense o edil de Alijó, Artur Cascarejo, falando em nome dos cinco. Humberto Rosa também deixou claro que a agência de desenvolvimento regional reivindicada pelos presidentes de Câmara “vai mesmo existir”. E está mesmo “esperançado” que tal venha a ser uma realidade ainda este ano.

Esta agência é vista pelos cinco presidentes de câmara como fundamental para “mudar o paradigma da construção de barragens”. “Que não seja apenas um investimento virado para o aproveitamento hidroeléctrico, mas que também promova a coesão territorial e o desenvolvimento económico das populações afectadas”, vincou Artur Cascarejo.

|J Nordeste|
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