Regionalização é também solução para a Educação

Fenprof defende extinção das direcções regionais de Educação

A Fenprof defendeu hoje a extinção das cinco direcções regionais da Educação por serem estruturas com custos e sem responsabilidades concretas na gestão da actividade escolar.

Mário Nogueira falava aos jornalistas no final da reunião manteve com Pedro Passos Coelho, na sede do PSD, e na qual o sindicato demonstrou a sua preocupação “sobre o que poderá ser o funcionamento das escolas em 2011”, considerando mesmo que “muitas delas correm o risco de entrar em colapso”.

Pegando no exemplo de uma proposta do PSD de extinguir os governos civis, Mário Nogueira adiantou que “as direcções regionais de Educação também não servem para nada, não têm responsabilidades nenhumas na actividade das escolas”.

“Ninguém faz contas do que se pouparia se se encerrassem as direcções regionais e as escolas tivessem relação directa com a direcção nacional”, afirmou o sindicalista. São estruturas, defendeu, que servem para “ter gente do partido e fazer um controlo político das escolas. Nada mais. Qualquer pedido ou questão que uma escola lhes faça, remetem-na à direcção nacional, como mero intermediário.”

O aperto financeiro é uma das principais preocupações da Fenprof. “Não se compreende como é que havendo cada vez mais transferência de competências, há cada vez menos dinheiro” a transitar para as escolas, disse Mário Nogueira, acrescentando a contracção orçamental que afecta também aos municípios, que têm sob a sua alçada estabelecimentos do ensino pré-escolar e básico. “Depois dos 100 milhões de euros que cortaram a meio do ano, vão agora cortar ainda mais outros 100.”

Face a tais constrangimentos, diz Mário Nogueira, “neste momento há escolas que não conseguem ter papel higiénico e nem conseguirão ligar os sistemas de aquecimento”.

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