REGIONALIZAÇÃO - os contra do PS

PS/Leiria contesta divisão do País em cinco regiões

O presidente da Federação Distrital do PS de Leiria, João Paulo Pedrosa criticou hoje, terça-feira, a regionalização com base nas cinco regiões-plano e elogiou a "sensatez" do primeiro-ministro em adiar o processo.

"A regionalização, sobretudo, feita na base das cinco regiões-plano é um logro total e apenas visa criar artificialmente novas centralidades regionais que nada têm a ver com as necessidades do país", afirmou o presidente da Federação Distrital do PS de Leiria, João Paulo Pedrosa.

O líder da distrital de Leiria do PS elogiou hoje, em declarações à Lusa, a "decisão sensata" do primeiro-ministro, José Sócrates, ao adiar o processo de regionalização que, feito na base das cinco regiões-plano, "só agravaria as assimetrias regionais, transformar-se-ia numa fonte endémica de desperdício de dinheiros públicos e ainda asfixiaria os distritos que hoje são um fator de desenvolvimento e inovação e que têm ajudado ao crescimento económico de Portugal".

No caso dos distritos de Leiria (pelo qual foi eleito deputado) e Aveiro, que ficariam divididos pela nova divisão administrativa, João Paulo Pedrosa considera mesmo que a regionalização seria "trágica para as duas regiões que ao ser divididas deixavam de ter massa crítica", disse à Lusa.

Para João Paulo Pedrosa "os distritos são a organização administrativa com que as pessoas mais se identificam e que mais tem contribuído para o desenvolvimento económico das regiões" e defende que qualquer reorganização "de futuro deve assentar nos distritos e no associativismo municipal", conclui.

|Lusa|
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Comentários

Luis disse…
É por estas e por outras idênticas,que vão sair do poleiro.
Roma não paga a traidores!
Ivo Gonçalves disse…
Tanto disparate junto.

"fonte endémica de desperdício de dinheiros públicos"

"asfixiaria os distritos que hoje são um fator de desenvolvimento e inovação"

E o pior de todos:

"qualquer reorganização de futuro deve assentar nos distritos e no associativismo municipal"

Não é assim que se defende a regionalização em geral e mapa das 7 regiões em particular. É precisamente este tipo de discurso baseado em ideias completamente erradas que inviabilizou a regionalização anteriormente. Não é aceitável que se comentam os mesmos disparates do passado recente nesta matéria. Infelizmente com esta classe política não vamos a lado nenhum.

Temos que lutar com uma regionalização bem feita (7 regiões) com argumentos baseados em factos e em critérios técnicos, como são aliás são aqueles que são apresentados neste blog.
Normalmente, os militantes defendem uma coisa e o seu contrário conforme as decisões do líder.

Só não percebo o contributo dos distritos para o desenvolvimento e racionalidade administrativa !!!!
Oliveira Dias disse…
Claro que este texto é uma não apologia das Regiões administrativas.
Infelizmente, ele há sempre alguém, que dando a ilusão de defender uma causa, acaba sempre por singrar a sua caravela conforme o gosto do seu almirante.
E depois o tetxo não é para ser levado a sério - então o Distrito contribui para o desenvolvimento ? de quê ? de quem ?
Agravamento das assimetrias regionais ? Isto não é sério.
São argumentos incompreensiveis ... ou então é só fumaça para a populaça-

Oliveira Dias (Odivelas)
O único ponto algo positivo destas declarações é que confirmam que o mapa das 5 regiões é tudo menos consensual, e que não é "inevitabilidade" nenhuma a sua aplicação para haver regionalização.

De resto, só uma péssima interpretação daquilo que é a Geografia de Portugal. Erros técnicos imperdoáveis e ditos sem qualquer pejo.

E um colossal erro de interpretação política: o não perceber que o grande erro do mapa de 1998 foi precisamente ter usado os distritos como base, em vez de ter usado as regiões naturais, mais que estudadas pela comunidade geográfica portuguesa.

A frase de João Paulo Pedrosa "os distritos são a organização administrativa com que as pessoas mais se identificam" é um disparate inqualificável.

Qualquer regionalização tem que passar pelas regiões naturais, pelo menos como base. Nunca pelos distritos (a mais artificial divisão aplicada até hoje no nosso país) e muito menos pelas 5 "regiões-plano", o maior artifício já alguma vez projectado na história das divisões territoriais portuguesas.