Regionalização e os Partidos: BE- Bloco de Esquerda

BE- Bloco de Esquerda
Coordenador: Francisco Louçã
Concorre a todos os 22 círculos eleitorais

O Bloco de Esquerda tem, ao longo dos tempos, assumido uma posição de defesa da Regionalização. Porém, desta feita, este tema desapareceu do programa eleitoral do partido, que também nada refere sobre a hipotética reforma administrativa ao nível municipal.

O Bloco tem, porém, feito algumas declarações sobre o tema. A distrital de Lisboa do partido, por exemplo, emitiu já durante esta campanha um comunicado defendendo «uma reforma administrativa coerente, na qual a regionalização é peça chave, é essencial para vencer a crise, ao descentralizar e democratizar um aparelho de Estado ultra-centralista, gerador de desperdício e tão mais ineficiente e vulnerável à corrupção quanto mais longe do controle dos cidadãos».

Apesar do relativo consenso dentro do partido em relação à necessidade da Regionalização, o debate interno sobre este tema é intenso, sendo que as opiniões sobre, por exemplo, o mapa a adoptar e o número de regiões a instituir, motiva diversas opiniões que variam conforme a zona do país de onde provêm.

A direcção nacional do Bloco de Esquerda, apesar de já ter tido uma posição que tendia para a defesa das 5 regiões, não se tem pronunciado sobre o mapa em concreto nos últimos tempos. Já, por exemplo, nas distritais transmontanas, como em Vila Real, considera-se que «a defesa das cinco regiões correspondentes com as CCDR´s descentraliza e regionaliza o Sul e o Norte, mas esquece as disparidades de natureza económica, social e populacional entre Litoral e o Interior que poderão, dentro de algumas das cinco regiões, criar desequilíbrios extremamente perniciosos no que toca à representação institucional e à distribuição de fundos financeiros.»

O BE não respondeu ao mail que enviei a todos os partidos e coligações concorrentes pedindo esclarecimentos sobre este tema.

João Marques Ribeiro

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