Advogado põe Estado em tribunal pela desertificação do Interior

Advogado avança com acção popular em tribunal

Estado julgado por desertificação do interior

O advogado António Martins Moreira interpôs no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa uma acção popular contra o Estado Português, devido à desertificação do interior do país.

O advogado justificou a sua decisão, em declarações à agência Lusa, "com o forte abandono a que o interior do país foi votado, sobretudo ao nível da agricultura".

António Martins Moreira explica que "o Estado Português, no tocante à política agrícola e à política das pescas nacionais, não tem sabido e/ou podido, como devia, proteger, adequadamente, a nação portuguesa e garantir a soberania nacional".

O advogado, natural de Penha Garcia (Idanha-a-Nova) e residente em Torres Vedras, quer que o Estado Português seja condenado a "rever com a União Europeia todos os programas com ela negociados no domínio da agricultura e pescas".

Na acção popular, a que a Lusa teve acesso, António Martins Moreira explica que "o país tem dois milhões de hectares de campos completamente abandonados, sem cultivo e sem qualquer produção, nem aproveitamento".

António Martins Moreira acrescenta que há mais de 200 mil agricultores a receberem "dinheiro para não produzirem", o que considera "um crime contra o país".

O advogado adianta que a decisão do tribunal poderá ser feita em seis meses, mas também poderá demorar alguns anos.


Correio da Manhã (Lisboa, Estremadura e Ribatejo), 15/06/2011

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