Governo põe Regionalização na gaveta


Secretário de Estado Adjunto da Economia

Portugal por inteiro

Portugal é um dos mais centralizados países da Europa Ocidental. Esta forma de governar, que tem séculos de tradição, introduz um efeito pernicioso no desenvolvimento do País e na qualidade da sua democracia. O Centralismo afasta o poder e a decisão dos cidadãos, empurra-os para longe das terras onde nasceram, acentua as assimetrias regionais e promove a desertificação do território.

Os dados provisórios dos Censos 2011 ilustram bem o país que existe para além das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Cerca de 65% dos municípios perderam população e dois terços do território encontra-se em processo de desertificação. Fora das grandes áreas urbanas faltam pessoas, empresas, massa crítica. É um país de poucas oportunidades, de escasso investimento público, onde os mais jovens fogem das suas terras e a população está cada vez mais envelhecida.

A Reforma da Administração Local, recentemente anunciada pelo Ministro Miguel Relvas, vem exigir maior austeridade e maior eficácia aos órgãos locais, reduzindo o número de eleitos locais, de dirigentes superiores e intermédios e iniciando um procedimento legislativo conducente a um novo enquadramento legal para o Sector Empresarial Local, o qual visa aumentar o controlo e a monitorização sobre estas empresas.

Porém, vem inverter o registo e tradição centralista da Administração Pública. Colocando o municipalismo no centro da descentralização, esta reforma reforça e valoriza as competências dos municípios, dando-lhes dimensão e enquadramento, especialmente ao nível intermunicipal, criando instrumentos efetivos para que a promoção da coesão nacional e da competitividade sejam feitas através do poder local.

É muito positivo que o Poder Central entenda que é necessário criar músculo nas autarquias, dotando-as de poderes e instrumentos capazes de fomentarem o seu próprio crescimento. A interioridade e os territórios de baixa densidade demográfica precisam desta visão. Para que Portugal, por inteiro, prospere.
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Comentários

Anónimo disse…
Reformas incluídas na ‘troika’ abrem as portas à corrupção
admin | 19/07/2011 | sem comentarios


TIAC alerta para perigos de corrupção nas reformas do memorando establecido com a “troika”

É um alerta lançado pela associação Transparência e Integridade. A TIAC entregou à “troika” um documento onde diz que as reformas consagradas no memorando de entendimento podem suscitar “oportunidades para a corrupção” e propõe mecanismos de controlo. Esta associação cívica está ligada à “Transparency International”, e no documento que entregou à troika no final de Junho lembra a falta de uma estratégia global contra a corrupção em Portugal, e fala das portas que as reformas podem abrir à corrupção. O vice-presidente da TIAC, Paulo Morais, aponta um caso a ter em conta nos próximos tempos: as privatizações.

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pORQUE RAZÃO ALGUMAS DAS FIGURAS MEDIATICAS DEFENSORAS DA DESCENTRALIZAÇÃO OU REGIONALIZALÇÃO DO PAÍS NÃO LEVAM O PROBLEMA E SEUS BLOQUEIOS AO CONHECIMENTO DA TROIKA???!!!
TALVEZ FOSSE UMA MANEIRA DE DE CONTRIBUIR FINALMENTE PARA O FIM DO ATRASO ANCESTRAL DE PORTUGAL...
Anónimo disse…
Reformas incluídas na ‘troika’ abrem as portas à corrupção
admin | 19/07/2011 | sem comentarios


TIAC alerta para perigos de corrupção nas reformas do memorando establecido com a “troika”

É um alerta lançado pela associação Transparência e Integridade. A TIAC entregou à “troika” um documento onde diz que as reformas consagradas no memorando de entendimento podem suscitar “oportunidades para a corrupção” e propõe mecanismos de controlo. Esta associação cívica está ligada à “Transparency International”, e no documento que entregou à troika no final de Junho lembra a falta de uma estratégia global contra a corrupção em Portugal, e fala das portas que as reformas podem abrir à corrupção. O vice-presidente da TIAC, Paulo Morais, aponta um caso a ter em conta nos próximos tempos: as privatizações.

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pORQUE RAZÃO ALGUMAS DAS FIGURAS MEDIATICAS DEFENSORAS DA DESCENTRALIZAÇÃO OU REGIONALIZALÇÃO DO PAÍS NÃO LEVAM O PROBLEMA E SEUS BLOQUEIOS AO CONHECIMENTO DA TROIKA???!!!
TALVEZ FOSSE UMA MANEIRA DE DE CONTRIBUIR FINALMENTE PARA O FIM DO ATRASO ANCESTRAL DE PORTUGAL...