INE: Poder de Compra Concelhio

39 Municípios apresentavam um Poder de Compra per capita acima da média nacional

Em 2009, dos 308 municípios portugueses, 39 apresentavam, relativamente ao indicador sintético do poder de compra per capita, resultados acima do valor médio nacional. Uma análise global dos resultados permite destacar valores mais elevados nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e também em alguns municípios coincidentes com capitais de distrito.

A análise sugere, assim, uma associação positiva entre o grau de urbanização das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado quotidianamente. O indicador Percentagem de Poder de Compra revela que os 27 municípios das sub-regiões da Grande Lisboa, da Península de Setúbal e do Grande Porto concentravam 50% do poder de compra nacional.

Das 28 sub-regiões de Portugal Continental, só quatro têm um poder de compra por habitante acima da média nacional: Grande Lisboa, Grande Porto, Península de Setúbal, Baixo Mondego.

O indicador per capita do poder de compra de cada sub-região revela um país dividido, com o litoral a ocupar os primeiros lugares da tabela, com maior poder de compra, enquanto as sub-regiões do interior, nomeadamente do Pinhal (na região Centro), predominam no final da lista.

Acima da média nacional (índice 100) estão as sub-regiões da Grande Lisboa (145,25), Grande Porto (115,04), Península de Setúbal (105,85) e Baixo Mondego (105,19). Estas quatro representam também 52,85% do poder de compra nacional, ou seja, mais de metade do peso das regiões, considerando o factor demográfico.

A sub-região menos favorecida em capacidade de poder de compra é o Pinhal Interior Sul (61,17), havendo outras quatro em que o indicador per capita do poder de compra não chega sequer aos 70 pontos: Pinhal Interior Norte (62,84), Tâmega (63,48), Serra da Estrela (64,3) e Alto Trás-os-Montes (67,43).

A Região Autónoma da Madeira tem um Índice de Poder de Compra de 94,7 pontos e o Região Autónoma dos Açores conseguiu 86,1 pontos. As únicas regiões com uma pontuação superior à média no índice foram Lisboa (134,2 pontos) e Algarve (100,4 pontos). “As três restantes regiões do Continente – Norte, Centro e Alentejo – registavam índices de poder de compra per capita abaixo da média nacional”, entre os 80 e os 90 pontos.

Os dados regionais divulgados pelo INE fazem parte do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio que visa caracterizar municípios e regiões “relativamente ao poder de compra numa interpretação ampla de bem-estar material”, refere a instituição.
.
ver estudo (clique na imagem):
Poder Compra Concelhio - 2009
.

Comentários

Anónimo disse…
Tenho em meu poder, os resultados deste trabalho desenvolvido pelo INE. Do ponto de vista político, os resultados apresentados por Concelhos são a consequência mais directa de políticas centralizadas e centralizadoras, apadrinhamentos e outros tipos de conluíos politico-partidários que desmerecem a democracia e dificultam qualquer esforço de regionalização.
Por outro lado, confirmam a utilização de todos os critérios menos aconselháveis à implementação da regionalização.
Ninguém do espectro político tem dimensão cultural e política para fazer qualquer coisa positiva no nosso País, apenas banalidades que têm custado imenso, imenso dinheiro a cada um de nós.
Al Cardoso disse…
E la esta a NutIII da Serra da Estrela, com ainda menos poder de compra do que Tras-os-Montes!

Regionalizacao necessita-se como de pao para a boca.

Um abraco regionalista dalgodrense.