Porque será ?

Menezes rejeita superautarquia na Área Metropolitana do Porto.

O presidente da Câmara de Gaia considerou não fazer sentido a criação de uma superautarquia ao nível da Área Metropolitana do Porto, defendendo, em alternativa, um “reforço do associativismo municipal” e um novo debate sobre a Regionalização.

“O que me parece que não faz sentido - e penso que nem está na agenda do Governo - é criar uma superautarquia, eleita por sufrágio universal, que, por exemplo, fosse a área metropolitana toda”, assinalou Luís Filipe Menezes, no final da cerimónia de atribuição de medalhas honoríficas da cidade.

Menezes falava um dia depois de o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, defender a necessidade de reorganizar a Junta Metropolitana do Porto e de eleger o seu líder por sufrágio direto. O autarca de Gaia assinalou que “a Área Metropolitana do Porto é uma forma de associativismo municipal”, que “contém em si um conjunto de virtualidades” e que “nunca foram até hoje completamente exploradas”.

“Admito que possa haver uma melhoria, além de atribuições e competências das áreas metropolitanas”, salientou, lembrando que “nada impede que os planos directores municipais sejam conjugados e feitos em conjunto, nada impede que haja uma política de habitação social conjunta, nada impede que haja uma política de eficiência energética conjunta, nada impede que exista uma política de transportes conjunta”.

Quanto à ideia de criação de uma superautarquia, Menezes salientou que tal tipo de organização “não existe em nenhum local na Europa” e que o mesmo “poderia ser uma arma contra aqueles que são a favor da Regionalização”.

Voltando a afirmar-se como “defensor da regionalização”, o também conselheiro de Estado admitiu ter “o realismo de considerar que não é hoje” o “momento para debater e avançar” com essa reforma.

“É preciso superar a crise económica, colocar o país nos eixos” e “reiniciar-se um novo ciclo político”, defendeu o social-democrata, para quem com as próximas eleições autárquicas “vai começar um novo ciclo” e “lá para o final desta legislatura, se o país estiver recuperado do ponto de vista da economia, é o momento importante para se lançar este debate de uma forma séria na Assembleia da República”.

João Queiroz
@grandeportoonline
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Nota do Editor:

O Dr. Menezes não quer uma Junta Metropolitana com poderes efetivos e eleita diretamente porque, como putativo candidato ao município do Porto, ele sabe que esta autarquia (Porto) ficaria, politicamente, desvalorizada perante a existência de uma superautarquia metropolitana legitimada pelo voto popular.

E, se a este argumento somarmos um outro que é o facto do candidato natural do PSD a essa superautarquia ser, nem mais nem menos, que o seu arqui-inimigo Rui Rio, então... está tudo explicado!
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Comentários

claudio disse…
pois.. superautarquias nao.. mas fusao com o porto o gajo ja quer. é fino é! e tudo em conjunto, saude, casas, transportes... é.. ele quer é dissipar as contas de gaia nas das outras camaras, para ter o minimo de despesas! tendo em conta que gaia é o maior concelho da amp em termos de habitantes logo tera mais trabalho e mais dinheiro para gastar... é fino é!

ats muito enganado se pensas que vais ganhar no porto, meu menino!
Paulo Costa disse…
Pois...quer a fusão Porto e Gaia, mas, rejeita a super autarquia metropolitana. Percebe-se bem o que é que está por detrás disto.

Esta semana este Sr. Menezes já disse, também, que para o ano iria baixar os impostos em Gaia. Curioso ser, precisamente, no ano em que vai embora.

Estes são alguns dos 'sound bites' duma candidatura anunciada.