Jardim defende luta contra "centralismo" de Lisboa

O presidente do Governo Regional da Madeira defendeu domingo uma "movimentação" a nível nacional para lutar contra o centralismo de Lisboa e mudar o país, assim como a realização de um referendo sobre as autonomias.

"Eu sou a favor de que nasça em Portugal uma movimentação, não apenas nas ilhas, mas também no interior português e nas zonas de Portugal que mais têm sido prejudicadas pelo centralismo português, no sentido de fazermos uma força e tentarmos mudar o país", disse Alberto João Jardim numa entrevista transmitida pela RTP-Madeira, no dia em que é assinalado o Dia da Região.

Jardim disse que, neste momento, existe um "espaço político" para aqueles que "simultaneamente estão contra o regime político e se queixam do centralismo", sublinhando que, "no dia em que houver elites de vários pontos do país a se entenderem, teremos um 29 de maio e Lisboa cai".

Falou do projeto de criação de um novo partido avançada pelo Fórum Autonomia da Madeira (FAMA), declarando: "Chegámos a um impasse. A Constituição tal como está não nos serve. Nós não aceitamos isto, não aceitamos o Estado unitário".

"Lanço o repto aos que se dizem democratas: vamos fazer um referendo sobre a Madeira, tem quatro hipóteses: ou voltarmos ao integracionismo anterior, ou mantermos a autonomia tal como ela está, ou mantermos a autonomia que fica para o Estado os direitos, liberdades e garantias, defesa, segurança interna, tribunais de recurso e segurança social, ou então, a independência", disse o governante.

Mas segundo Jardim, esta "é uma luta pela autonomia, o separatismo é lá. O separatismo é se não quiserem manter a coesão" e frisou que será "uma luta sempre pacífica e democrática, porque, no momento em que se recorra a violência, perde-se a razão".

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