Juntas de freguesia de Coimbra dizem que não foram eleitas para se autoextinguirem


A Assembleia Municipal de Coimbra decidiu hoje, terça-feira, suscitar a constitucionalidade do prazo concedido por lei para se pronunciar sobre o novo mapa autárquico, entendendo os seus membros que não têm poder para extinguir o órgão para que foram eleitos.

A intenção é levar a Tribunal Constitucional a pronunciar-se sobre determinadas normas da Lei 22/2012, “quando é sabido que os membros eleitos para as assembleias de freguesia não foram eleitos para extinguir a sua própria freguesia”, justificou o proponente do requerimento.

Segundo Ferreira da Silva, deputado eleito pelo PS, isso “exorbita dos poderes que foram conferidos” aos autarcas.

“Parece-nos que os eleitores não quiseram depositar esses poderes nos seus presidentes das juntas, para além de a mesma questão se poder colocar de uma forma mais lata aos demais eleitos da assembleia municipal”, explicou.

O requerimento, que foi entregue ao presidente da Assembleia Municipal, o social-democrata Manuel Porto, foi subscrito por 37 eleitos, das bancadas do PS, CDU e Bloco de Esquerda.

.

Comentários

Frente Norte disse…
A REGIONALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO NOSSO PAÍS, ESTÁ INSCRITA NA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA, DESDE 1976E, INSERIDA NO ESPÍRITO DA EUROPA COMUNITÁRIA.
Cumprts
FrteNrte
Uma suposta reorganização administrativa que não mexe nos municípios, não toca na Regionalização e concentra tudo na extinção de freguesias é uma oportunidade perdida e um 'faz de conta' para 'troika' ver,
Anónimo disse…
A reforma é para servir as populções ou os autarcas? Concordo que isto nem chega a ser reforma . Uma reforma deveria passar pela regionalização, municipios e freguesias e acabar com CCDRS Direções Regionais etc etc ela é mais que necessária.
O mapa administrativo do país é antiquado e desfasado da realidade dos dias de hoje.
Exige-se outro pensamento territorial, mais visão de conjunto e menos pensamento paroquial.