Que é feito das políticas de turismo?

Afinal tudo está tudo na mesma (ou pior) em relação ao Turismo. Nada me move contra ninguém pessoalmente mas, como cidadão, acho que andam a brincar connosco. Passou um ano desde que temos um novo Governo e não se elaborou nenhum plano estratégico capaz de sustentar o Turismo em Portugal.

Logo no início do seu mandato o nosso SEC disse publicamente estar previsto um acordo, um “dar as mãos” ao Turismo para implementar e criar sustentabilidade para a cultura em Portugal para que ela servisse, de forma profissional, um turismo cada vez mais pujante em Portugal e que, por acaso (…) continua a emergir só dos privados.

Mas se o Turismo de Portugal faz alguns investimentos é também interessante de verificar que afinal são sempre os mesmos (porquê?) a ter os apoios do Estado (mudam as…). Ainda no “Público” da passada sexta-feira se anunciava o “corte do apoio aos eventos” pela parte da SET…excepto, sim, excepto, aos realizados por um certo senhor que já os recebia, há largos anos, e continua a receber, para manter os seus torneios de golf, de ténis…à “linha do Estoril” e ao “Aalgarve”…

Por outro lado Lisboa e Algarve continuam a ser a “única” imagem de Portugal no estrangeiro e, é preciso surgirem prestigiadas revistas e jornais estrangeiros para chamarem a atenção, por exemplo, do Porto como destino turístico de excelência.

Portugal está “no centro do Mundo”. Tem praias que são do Atlântico, tem “resorts”, tem termas, tem montanhas, tem planícies, tem vestígios pré-históricos e de outras épocas, é um país de religião - Fátima é um ícone poderoso - mas tolerante para com todas as religiões, que aliás têm os seus locais de culto próprios. Tem, claro, campos de golfe e áreas e equipamentos de qualidade para outros desportos.

Na cultura, tem eventos de impacto internacional, tem muitos escritores conhecidos no estrangeiro, tem poetas de reconhecida importância internacional, tem música e criadores musicais que ajudam a tornar o nosso Portugal mais conhecido no Mundo.

Na área do desporto, como o têm demonstrado numerosas iniciativas de forte impacto aqui realizadas, temos a capacidade de acolher e organizar eventos capazes de chamar novos visitantes e de ligar esses motivos de interesse a tudo aquilo que já é feito nas valências do turismo e da cultura.

O que se faz nestas áreas de actividade tem de ser visto como iniciativas capazes de atrair novos públicos, de gerar trabalho e receitas. Somos realmente um país de turismo e esta actividade ter de ser estudada por técnicos competentes capazes de produzir políticas eficazes, numa perspectiva de indústria, capazes de garantirem retorno financeiro e de imagem para Portugal. Tal é fundamental e é naturalmente do interesse público.

O Turismo deve ser uma das principais preocupações do Estado, até porque não temos muito mais a que nos “agarrar”. Com uma política de Turismo capaz e, que não se esqueça da maioria das regiões de Portugal o Estado poder reanimar a economia em geral até porque é aí, como já referi, que os privados ainda fazem investimentos.

Fundamental será também pensar na revitalização dos centros urbanos, requalificando-os, facilitando a acessibilidade dos turistas com sinaléticas fáceis e objectivas, dando particular destaque aos nossos centros históricos. Assim conseguiremos, a par de uma política de transportes eficaz e de boas acessibilidades (que já temos), o desenvolvimento de um comércio que, também ele se renove, apoiando assim os pequenos e médios comerciantes, e que transforme as grandes superfícies em elementos de modernidade.

Acredito (e sempre acreditei) que o caminho para uma reanimação económica realista de Portugal, e com resultados materiais rapidamente visíveis, está na análise e compreensão de que o futuro passa por um Portugal dinâmico e cada vez mais belo.
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Mário Dorminsky - Vereador CM Gaia
@grandeportoonline

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Comentários

Anónimo disse…
Ao que parece o porto tem aumentado o nº de turistas. Enquanto que o Minho e Tras Montes têm diminuido. O resultado só podia ser esse depois de se criar uma entidade com o nome "porto e norte de portugal" para promover o turismo de várias regiões.

Viva o centralismo tripeiro
Viva a 2ª capital do país
viva o dinheiro dos outros
claudio disse…
poupe me... eu acho mais depressa que foi o custo dos bilhetes de comboio ou camionetas que levou ao tal decrescimo de turistas no minho! que desde ja duvido porque este ano ha guimaraes e braga 2012!

alias ate se abriu no aeroporto uma loja interactiva do PORTO E NORTE! realmente os tripeiros sao mesmo egoistas! sejamos mais humildes!!!

voce quer o que? braga, chaves? monçao e norte? quero la saber que o porto deixe de ser capital! nao deixa de ser a maior cidade do norte! cidade essa que contem as 2 unicas infraestruturas no norte de portugal para atrair turistas alem pirineus e mediterranio: o aeroporto e o terminal cruzeiros! portanto as pessoas tem que passar pelo porto obrigatoriamente primeiro para depois irem ao norte.
Anónimo disse…
Não estava a falar de 2012, ano de capital europeia da cultura, estava a falar dos anteriores. Quanto à estrutura montada no aeroporto, o nome diz tudo, "Porto e Norte". Porto = Norte. As outras regioes para alem desse norte são Minho e Tras os Montes, que estão em decadencia à muito tempo. Assim é dificil haver turismo fora do algarve, Madeira, Lisboa e Porto. Quanto ao aeroporto, penso que foi pago com os impostos de todos e é uma estrutura nacional.

Viva o centralismo tripeiro
Viva a 2ª capital do país
Viva o dinheiro dos outros
claudio disse…
fugiu um bocado a minha opiniao.... e fui muito directo! ou entao n percebeu o que quis dizer!

e ja agora 'e' nao é 'é' nao é '='

da mesma maneira que lisboa nao é o vale do tejo! e no entanto temos a LVT como regiao!

e volto a dizer lhe: se estao em decandencia nao é pelo turismo! é mesmo por falta de meios ate la tipo comboio e camioneta.... olhe se o caso bem pratico da linha do tua! agora o porto tem culpa do que tem vindo a acontecer por la? nao claro que nao!
Anónimo disse…
Parece que você também não percebeu o "e" e o "é". Para a maioria das pessoas Porto=Norte, Minho=Minho e Trás Monte= Tras Montes.

Por isso falta representar o nome do Minho e Tras os Montes a nível de turismo.
A decadencia pode ser explicada de muitas formas. A redução do turismo é apenas uma delas.
Outra explicação são os fundos estruturais que deveriam ser distribuidos pelas regiões mais pobres e não pela NUT3 do Grande Porto, pois essa tem um PIBpc superior à média do país. No entanto existe uma NUT2 com o nome de Porto e Norte de Portugal que é o que conta em termos estatisticos. Os politicos do porto sabem aproveitar bem as estatisticas dos transmontanos e minhotos para receberem fundos europeus. Depois ainda falam de Lisboa.
Se o porto não tem voz activa na defesa da linha do tua nem no fecho dos estaleiros de Viana, então que deixe tambem de ter voz activa no pedido dos fundos a que não devia ter direito.
claudio disse…
mas estamos a confundir as coisas. a entidade turismo nao é maior que as camaras municipais. o rui rio nao pode fazer nada em relacao a viana e ao tua, a entidade do turismo pode.... mas o turismo é coitadinho aos olhos do governo... a junta metropolitana do porto sabe disso e portanto nao gasta os seus fundos nesses lugares e gasta os noutras coisas na sua propria cidade claro: reabilitacao, passeio dos clerigos etc.... concerteza se houvesse mais vontade e gosto e respeito por parte do governo o turismo porto e norte estaria melhor claro!