A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

Desde finais do século XIX, a monarquia portuguesa encontrava-se debilitada pelo descrédito, corrupção, especulação, escândalos e compadrio que envolviam vários membros do governo, nobreza e grandes capitalistas.
Vivia-se em Portugal uma crise económica e social. Por outro lado, o rotativismo partidário começava a dar sinais de desgaste, sendo olhado com desconfiança pela população.
 O Regicídio – 1908 – foi um dos acontecimentos que demonstra, de forma vibrante, este desgaste do regime.
O Ultimatum inglês (1890) e a revolta de 31 de Janeiro de 1891 no Porto (a primeira tentativa de implantação da República) marcaram uma nova fase na política portuguesa, em que o nacionalismo e o patriotismo do povo português foram incentivados. Uma das formas encontradas foi a caricatura política.
Registava-se, então, o crescimento de partidos políticos como o Partido Republicano e o Partido Socialista Português que defendiam os princípios de liberdade, igualdade política, democracia, municipalismo e associativismo, apoiados fervorosamente pela pequena e média burguesia e o operariado, as classes mais afetadas pelas dificuldades económicas de finais do século XIX e princípios do século XX.
A Revolta do 5 de Outubro de 1910

A revolução republicana começou em Lisboa na madrugada de 4 de Outubro de 1910.

Partiu de pequenos grupos de conspiradores a que a população aderiu.

O exército monárquico não se conseguiu organizar e os revoltosos venceram.

Na manhã de 5 de Outubro de 1910, dirigentes do Partido Republicano, na varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa, proclamaram a implantação da República em Portugal.

Neste dia terminou a monarquia em Portugal.

Logo após a revolução do 5 de Outubro, foi criado um governo provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga.

Adotou-se a bandeira vermelha e verde e o hino passou a ser "A Portuguesa".
Em 28 de Maio de 1911 realizaram-se eleições para a Assembleia Constituinte que tinha como missão elaborar uma nova Constituição.

A Constituição Republicana ficou conhecida como a Constituição de 1911 pois foi aprovada a 19 de Agosto desse ano.
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Comentários

Anónimo disse…
Os dois primeiros parágrafos do texto aplicam-se na perfeição à realidade atual. Basta mudar "monarquia portuguesa" para "república portuguesa".

Curioso como a história é cíclica.
Paulo Costa disse…
Sim, as semelhanças são muitas com os tempos que vivemos...!