...“inevitável e inadiável” a criação de uma autarquia metropolitana

Rui Moreira defende a criação de uma autarquia metropolitana

O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, defende ser “inevitável e inadiável” a criação de uma autarquia metropolitana e critica os autarcas “que se celebrizam por obras faustosas”, deixando os municípios à beira da ruína.

“É inevitável e inadiável criar uma autarquia metropolitana, com recursos, que possa reclamar competências do Estado central e das competências municipais. Essa nova autarquia precisa […] de um presidente eleito por sufrágio universal e directo  que tenha uma visão de conjunto e arbitre as querelas entre os municípios”, afirma Rui Moreira.

A posição de Rui Moreira surge em entrevista à edição de Outubro da revista municipal “Porto Sempre”, na qual a autarquia do Porto defende que a actual lei impede os presidentes de câmara com 3 ou mais mandatos de se candidatarem a qualquer autarquia.

O presidente da ACP, que tem sido sucessivamente apontado como candidato à Câmara do Porto nas autárquicas de 2013 e sempre negou ter sido contactado por qualquer partido, mostra ao “Porto Sempre” concordância com várias das posições defendidas pelo presidente da autarquia, Rui Rio.

No fim de Setembro o autarca defendeu estar “na hora” de se pensar “com calma e sem bairrismos” em converter as áreas metropolitanas do Porto e Lisboa em autarquias.

Rui Moreira, também presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto, diz à “Porto Sempre” não ser possível “continuar a viver num país em que há autarcas que se celebrizam por obras faustosas e que, depois, deixam o município a que presidiram à beira da ruína”.

Em Junho na Curia, distrito de Aveiro, Rio sustentou que as autarquias muito endividadas deveriam ser geridas por uma comissão administrativa e não ter eleições.

Rui Moreira refere-se ainda à nova lei das finanças locais, que o Governo prevê apresentar até ao fim do ano, para considerar “imperioso garantir uma maior transparência nas contas, através da sua consolidação, e atenuar a dependência da construção e do imobiliário”.

“Regionalização saiu da agenda”

Considerando que “infelizmente, a regionalização saiu da agenda”, Rui Moreira sustenta que tal não corresponderia a “mais Estado” ou “mais políticos”.

O presidente da ACP considera “uma decisão terrível para o Porto” a privatização da ANA – Aeroportos de Portugal e observa que “o risco” de fusão da gestão dos portos “já não existe, porque as comunidades portuárias fizeram ver que isso era um disparate”.

Questionado sobre os mandatos de Rui Rio à frente da autarquia, Moreira destaca “a gestão financeira judiciosa e realista” e “uma política adequada para os bairros sociais que darão bons frutos”.

“Talvez seja possível, no futuro, reduzir algumas das tensões que prejudicam a cidade e a sua afirmação”, conclui.


Comentários

claudio disse…
OH!!!!

este gajo que se candidate á CMP!!!

tem o meu voto!!

nao percebo mesmo a insistência de fazer das AM autarquias! ams quer dizer, ja n exite uma junta metro.? com os tais poderes de supra autarquia? o presidente nao é eleito por sufragio e é o pres do concelho do porto! ( errado a meu ver. devia de facto haver eleicoes para tal ou pelo menos um sistema rotativo!) ta certo! so falta entao dar á junta mais autonomia, poderes e reconhecimento do estado! nao é presico fazer da AM uma autarquia!

deus me livre sou do porto mas quero morar no concelho da maia! onde sempre morei!