A "doença do centralismo"


César condecorado em Lisboa critica "doença do centralismo"


Cavaco entregou-lhe a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo


O antigo presidente dos Açores, Carlos César, foi agraciado esta manhã com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, por Cavaco Silva.

" O centralismo está muito associado à maior parte da classe política nacional". A afirmação  foi feita esta manhã pelo ex-presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, que mesmo depois de ter sido agraciado com a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo, pelo Presidente da República, não se inibiu de dizer que nem as mais altas figuras de Estado escapam "à doença".
A adeclaração foi feita à saída depois de ter ouvido um elogio de Cavaco Silva pelos 16 anos ao serviço de Portugal. No momento, o açoriano agradeceu as palavras e prometeu continuar ao serviço do país. "Servir é o que procurarei continuar a fazer", prometeu, depois de dizer que há quem considere os governante das regiões "cidadãos perdidos em minudências".
Questionado pelos jornalistas  sobre como foi receber a condecoração das mãos do Presidente que acusou de "divir os portugueses", o antigo governante insular disse não se lembrar dessas expressão, mas separou as águas, como aliás, disse ter feito no exercício dos seus mandatos. "Penso quer as distinções que são dirigidas, não são marcadas pelos incidentes entre pessoas e instituições", anuiu, frisando que sempre discordou quando teve de discordar. "Nunca prescindi da luta", acrescentou, lembrando o "orgulho" de ter liderado uma Região que não contribuiu para a situação do país.
A cerimónia contou com a presença de muitos convidados, entre eles o presidente do Governo Regional em exercício,  Vasco Cordeiro, a presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Luís, assim como os deputados açorianos na Assembleia da República. Os socialistas Manuel Alegre, António Costa e Maria de Belém também lá estiveram. Da Madeira apenas uma presença  a do histórico socialista Emanuel Jardim Fernandes.
Para além de Carlos César foram ainda agraciados com a mesma ordem honorífica o ex-Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, e o ex-presidente do Tribunal Constitucional, Rui Moura Ramos.


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