AÇORES: UMA REGIÃO EXEMPLAR

O Governo dos Açores anunciou hoje que em 2012 o défice da região foi de 0,4% e a dívida 19% do PIB, sendo "a única parte do território nacional" a atingir "o equilíbrio das finanças públicas".

"Os Açores cumpriram sem qualquer desvio ou derrapagem a sua execução orçamental, não contribuindo com um único cêntimo para o desequilíbrio orçamental da República", afirmou o vice-presidente do governo açoriano, Sérgio Ávila, numa declaração aos jornalistas em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Sérgio Ávila apresentou os números finais das contas públicas açorianas relativas a 2012, na sequência da sétima avaliação da 'troika' da ajuda externa ao programa de ajustamento financeiro português, cujos resultados foram conhecidos na sexta-feira.

Nos Açores, o défice orçamental ficou, em 2012, em 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dívida pública se situou nos 19% do PIB, números que contrastam, destacou, com os apurados para a globalidade do país, em que o défice atingiu os 6,6% e a dívida é superior a 120% do PIB.

Assim, disse Sérgio Ávila, enquanto no país o défice orçamental cresceu 50% em 2012, nos Açores foi reduzido para metade.

Por outro lado, acrescentou, a região deixou "de ter qualquer impacto percentual no défice do país, podendo os açorianos assumir com orgulho e satisfação que os Açores já não constituem, em termos orçamentais, nem um encargo ou um peso para o país" na medida em que as "necessidades líquidas de financiamento" do arquipélago "foram de apenas 0,00009% do PIB nacional".

Os Açores foram "a única parte do território nacional a cumprir integralmente os compromissos orçamentais e a atingir o equilíbrio das finanças públicas, dando assim um contributo importante e solidário ao país para atingir a concretização dos seus compromissos internacionais", acrescentou Sérgio Ávila, para quem este "contributo" foi "infelizmente desperdiçado" a nível nacional por o país "não ter cumprido os objectivos" financeiros a que se tinha proposto.

O vice-presidente do Governo Regional destacou que "pelo terceiro trimestre consecutivo os Açores foram dispensados pela 'troika' do processo de avaliação que decorreu para o resto do país, não tendo sido manifestado ao Governo dos Açores qualquer dúvida ou preocupação sobre a situação financeira da região"

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