"A regionalização gastou-se", Elisa Ferreira

A eurodeputada Elisa Ferreira diz que Portugal perdeu a regionalização de vez e que para a Câmara do Porto vai apoiar Manuel Pizarro mas não ativamente. Contra a Troika e austeridade excessiva, a antiga Ministra socialista, na Grande Entrevista do Porto Canal, afirma que sair do euro seria uma catástrofe para Portugal.

"A regionalização gastou-se", quem o afirma é a eurodeputada socialista, Elisa Ferreira, que defendeu em tempos o projeto mas que acredita que Portugal está perto de "perder a regionalização de vez". Na Grande Entrevista no Porto Canal, Elisa Ferreira lamentou a "falta de memória" de Miguel Relvas que chegou a defender, a par de outros líderes sociais-democratas, a divisão territorial do país e que agora a nega.

A ex candidata à Câmara do Porto pelo PS diz que vai apoiar o agora candidato socialista Manuel Pizarro, mas "não ativamente". Elisa Ferreira foi muito crítica à atual governação da cidade invicta afirmando que a cidade "perdeu vida" e se "deixou morrer". Ainda no tema da cidade do Porto a eurodeputada garante que se não fossem as instituições como as Universidades, Serralves, o Teatro Nacional S. João, entre outros, a cidade tinha perdido ainda mais para o centralismo de Lisboa.

A antiga Ministra do Ambiente e Planeamento socialista garante que sempre foi "contra a Troika" e que ainda hoje não percebe "a quem esta reporta". Acredita que a austeridade não é a única saída da crise afirmando que uma austeridade "mais suave" permitia estimular as exportações e não destruir empresas.

Elisa Ferreira acredita que os cidadãos da periferia da Europa estão no "limite" da quebra de confiança no Euro mas que se Portugal saísse da moeda única europeia seria "uma catástrofe". A eurodeputada adianta que a estabilidade política é essencial para que o que aconteceu em Itália, onde "palhaços e populistas" tiveram especial destaque, não se alastre a outros países.

Comentários

J. Amaral disse…
Quanto a mim, Elisa Ferreira defraudou aqueles, como eu, que nela votaram para a CMP. Sempre esperei que depois de ter perdido as eleições interviesse nas questões da cidade através dos média. Era o mínimo que poderia fazer. Não o fez, borrifou-se para os eleitores e para a cidade, e tratou da vidinha pessoal dentro do PS sem D. É uma política vulgar,como todos os outros, com os olhos no próprio umbigo.
Paulo Costa disse…
Parece que, desta vez, tenho mesmo que concordar com a Elisa Ferreira...!