AFINAL, NO DEVE E NO HAVER, A MADEIRA É CREDORA DO PAÍS CENTRALISTA !

Madeira investiga contas públicas desde 1419

O Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA) vai entregar até final do ano a Alberto João Jardim, um relatório com um levantamento histórico das relações de financiamento entre a Madeira e o Estado Central, desde a descoberta do arquipélago, em 1419. As conclusões preliminares indicam que apenas 1/4 dos impostos cobrados ficam na região.

O projecto denomina-se 'O Deve e Haver das Finanças da Madeira', e começou a ser feito em 1997. Foi encomendado por Alberto João Jardim ao historiador Alberto Vieira.

Os primeiros dados já conhecidos indicam que até 1974, o Estado só deixou na região um quarto da receita que arrecadou no arquipélago. Os impostos pagos na região ilha ascenderam 20 mil milhões mil de escudos, quando a despesa pública foi de 5,5 mil milhões de escudos.

Esta informação foi sendo conhecida ao longo dos anos, depois do início do estudo. Parte chegou a ser apresentada no Congresso do PSD-Madeira de Março de 2000. Outra foi divulgada no seminário ‘História e Autonomia das Ilhas’, que decorreu no Funchal em Setembro de 2001.

A questão financeira é um dos grandes ‘cavalos de batalha’ do debate político na região, desde a autonomia político-administrativa, em 1976. "Quisemos cumprir esta missão alheios a insultos e provocações, cientes de que, no final, a Região passará a dispor de informações capazes de reporem a verdade sobre a posição da Madeira no quadro das finanças nacionais e de desfazer todos os equívocos em torno das questões financeiras", escreve Alberto Vieira, num artigo disponibilizado no blogue do CEHA.

Um dos documentos do estudo refere mesmo que os números revelam que o Estado como «sugador da riqueza da ilha nunca foi uma ilusão». O projecto coordenado por Alberto Vieira foi desenvolvido «para que se apague, de uma vez por todas, esta imagem do ilhéu como eterno pedinte e parasita da metrópole».

@ SOL

Comentários

Anónimo disse…
Se cada um de nós faz essas contas desde o dia em que nasceu...
Enfim tolices do Alberto...