Pequenos problemas da Regionalização - II

O presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), Jorge Patrão, contestou ontem a hipótese do organismo vir a integrar a marca Região Centro do país no âmbito da reforma do governo para o sector. É que, diz, “o centro de Portugal ninguém sabe o que é, nem os portugueses”...

Segundo o presidente da RTSE, a criação de uma única região de turismo do Centro “é intuito de actores políticos de Coimbra que tentam manobrar partidos e outras situações no sentido de comandarem tudo”.

Comentários

Al Cardoso disse…
Concordo quando diz que o "Centro ninguem sabe o que e, de facto aquilo que teimam em chamar centro e a BEIRA queiram ou nao!
antonioj disse…
Isto vindo de quem quer investir milhões em pistas de ski quando a neve está a rarear cada vez mais...nos Alpes
Sam disse…
Exacto! Centro não diz nada a ninguém. Centro de quê? Financeiro? Cultural? Geográfico? Nenhum deles. Se as regiões tenhem nome porque não usá-los?

O mesmo se passa com o Norte. Norte de quê? Do centro? De Lisboa? É estranho. E impessoal. Se todas as regiões tenhem o seu nome próprio, estas também o tenhem e deveriam ser esses os seus nomes oficiais.

Não faz sentido a sul haver nomes para todas as regiões e a norte elas perderem a sua identidade.
Anónimo disse…
Norte? Centro? Presume-se que é Norte (ou Centro) de Portugal? Terei dito alguma asneira?

Lisboa por exemplo tem o nome do DOURO e de Extrema Galega-Leonesa: EstremaDURA (Evolução etimológica de EXTREMA-DOURO, provada históricamente), Beira ("Fronteira", aquando do inicio da Reconquista).

Gosto dos nomes. Mas, de facto, ainda que "Norte" e "Centro" sejam nomes geográficos, são referências a Portugal. Porquê Norte de Lisboa? Percebe-se alguma obsessão com Lisboa, e de certo modo desculpável, uma vez que é necessária maior descentralização, mas aqui não se percebe o raciocinio!
Norte de Portugal, presumo? PORTUGAL ainda existe? Há existe?! Uf! Ainda existe! Estou aliviado!

Mas claro, gosto de nomes característicos, já que o sul também os tem.
Anónimo disse…
ESTREMADURA - EXTREMA-DURIENSE. A História é assim. LISBOA tem o nome do DOURO.

Etimolócamente verdadeiro.
Sam disse…
Eu vou explicar-lhe melhor para o senhor perceber. Não há dúvidas quanto ao Norte se referir ao norte de Portugal e quanto ao Centro se referir ao centro de Portugal.

Agora, se a uns se tratam pelos nomes próprios, porque não se faz os mesmos com os outros? Não percebo esta tendência (premeditada?) em insistir em Norte quando esta região tem nome e muito antes de haver Portugal, por exemplo. Qual é a ideia. Eu desconfio, mas prefiro não acreditar...

Quanto ao que fala do Douro, isso é assunto do senso comum (embora na realidade não se referisse concretamente ao Douro mas à extensão do território nos tempos da Reconquista). Sendo assim, a EXtremadura (e não Estremadura) era o Extremo do território conquistado e a Beira ganhava a proximidade pela proximidade com deste. Aliás, todos os nomes das regiões são relacionados com a reconquista, com particular distinção para o Algarve, desde sempre. Todos, menos o Norte... De onde apareceu o Norte? E porquê?
Sam disse…
"e a Beira ganhava a proximidade pela proximidade com deste"

Perdão, aqui pretendia dizer "e a Beira ganhava o nome pela proximidade com este".
Anónimo disse…
Outra curiosidade:

A 1ª Lenda tem Verdade: Ulisses - Ulissipo (topónimo celta ou turdulo(?) "ipo" ou "Po" de lugar), na medida em que mesmo "lenda", pode ilustrar a presença Grega verdadeira. O Mito oculta e revela a VERDADE.

Sendo a presença Fenicia verdadeira, parece-me o termo "Enseada Amena" "Allis ibbo" (ou "Allis Ubbo") corrigam-me por favor) uma hipótese inverosímel, na medida em que o "b" visigótico e mouro evoluuo do original "p" antigo e depois romano.

Sendo em Avieno (a fonte mais antiga) o moderno nome "TAGUS" (TEJO) denominado LISIS ou LUCIS (denominando também antigo Povo) - e sendo este o nome original do Rio Tejo, parece-nos verosímel o nome O-LISIS-PO; A Cidade (Lugar) do LISIS, a que a terminação "Po"(Lugar) faz referência (Como COLLI-PO e muitas outras localidades no ocidente da Ibéria).

Rio DOURO deu nome à Região de LISBOA - EXTREMA-DURIENSE.

Rio TEJO (LISIS ou LYSSUS, LUCIS, Segundo a Orla Maritima) deu nome à própria LISBOA e talvez aos LUSIS.

É Fabuloso. Foi uma reflexão histórica.
Anónimo disse…
CALÉCIA, a mensagem era minha, como reparou; mas as minhas interrogações traziam apenas uma ironia inocente.
Quanto às intenções de alguns, não creio que queira despir o norte da sua identidade. Nem se pode fazer tal.

Deve-me fazer a justiça de na minha mensagem, na frase final - Eu ter escrito que se o Sul tem nomes Característicos, o Norte também os deve ter (Direito óbvio). Eu disse: "Mas, claro, gosto de nomes característicos, já que o sul também os têm".

Independentemente do que o CALÉCIA disse sobre a "Extremadura", que está correctíssimo, etimológicamente(colocando a óptica históricista lateralmente) a "EXTREMADURA" vem rigorosamente de DOURO, sem margem para dúvidas - defendida por todos os Eruditos no assunto.
Anónimo disse…
"que queiram..."
Anónimo disse…
Claro que o NORTE merece nome ou nomes característicos, naturalmente. Seja como for o nome ou a referência "NORTE" não diverge assim tanto dos Restantes nomes do Continente:

NORTE: Norte de Portugal.
CENTRO: Centro de Portugal;ou BEIRA: Referência geográfica a "fronteira" ou "extremo".
RIBATEJO: Referência geográfica ao vale do Rio.
EXTREMADURA: Referência geográfica de extremo da reconquista e do norte-sul, do Douro para o extremo -Tejo.
ALENTEJO: Referência geográfica ao Rio e ao mapa: ALÉM-TEJO.
ALGARVE: AL-GARBE -"O-OCIDENTE" "O OESTE". Referência geográfica.
Sam disse…
Obviamente fixei a sua ideia final em relação aos nomes característicos das regiões nortenhas. E não quis fazer disso conflito.

A minha intriga prende-se apenas com a perda de nome de uma região e passar a chamar-se Norte. Como reparou, coloquei o "premeditado" entre parentesis e sob interrogação para ilustrar a minha dúvida para com o assunto. Porque certezas não as tenho, apenas alguma estranheza à mistura. E lancei o tema por forma a recolher opiniões que pudessem gerar uma discussão saudável acerca do assunto. Se é premeditado ou não, não o sei, mas desconfio...

Quanto à Extremadura, eu não neguei que o seu nome se relacionasse com o Douro. Eu disse que se relacionava com a posição geográfica do território conquistado, tendo como ponto geográfico de referência o Douro. Ou a Galiza. Porque a beira do Douro também pode ser território relacionado com a margem norte deste.
Anónimo disse…
Caro CALÉCIA: Reconheço que "Norte" é muito "insipido". Norte de Portugal seria melhor(por extenso), ou Douro,Minho e Trás-os-Montes etc. Como se achar melhor.
Anónimo disse…
Agora lembrei-me que o CALÉCIA já traz uma sugestão no seu próprio "Nick", mas não sei se a maioria dos nortenhos concordará. Ficará ao critério do Povo nortenho - mas penso que intuitivamente irão mais para os Rios e Montes Tradicionais, como fazem a sul.
Cumprimentos
Sam disse…
É isso mesmo. A questão que eu indagava desde o início da nossa conversa estava em parte descodificada pelo meu próprio nick.

Não deixa de ser uma opinião pessoal, oviamente, e será sempre o povo a decidir, se assim houver oportunidade. Mas, embora pessoal, é sustendada por variadíssimos factos, estudos, relatos e convicções, também.

Cumprimentos.
Anónimo disse…
CALÉCIA:

Ainda uma ultima reflexão. Obviamente que o nome de dos CALES sobreviveu em GALIZA e PORTUGAL. E claro que o Norte é o Antigo Condado de Portucale - sendo a sua derivação Portugal, o nome de todo o país. É é um nome legítimo .

A questão é o perigo e a precipitação em dar nomes étnicos da antiguidade a regiões tradicionais Portuguesas(e é nação já com 900 anos, com nomes tradicionais). E as outras várias Regiões? Em vez de Beira ou Alentejo, seriam Lusitânia - norte ou sul, este ou oeste, Ophiussa (ou Ofiussa, ou Lusitânia, que era todo o Ocidente, norte e sul), ou Turdulia (em algumas regiões)!? Os Cónios Antigos(se calhar os ancestrais de todos) deixaram marca por todo o território: Conim-briga) Monte(celta) dos Cónios; Cónia(Setubal, Algarve).
A meu ver são nomes Nossos Ancestrais, que devem ser valorizados e defendidos(e memorizados e difundidos pela população) mas que devem estar acima das próprias regiões. Por outro lado, numa nação antiga unitária, mas ricamente diversificada com regiões diferentes - o surgimento de nomes étnicos verdadeiros, mas desenquadrados da realidade actual(porque são muito mais abranjentes e de ambito tutelar e espiritual para todo o território nacional) poderão ser óptimos para uma Hispânia-Ibéria(Geográfica) Cantonizada - que muitos espanhóis desejam, mas perigosa para Portugal(estarei a ser alarmista, uma vez que a identiadade Portuguesa é forte),mas a Ibéria é geografia e Portugal é Nação. Penso que se deve defender Portugal. É a minha posição Pessoal.
Anónimo disse…
É este o raciocinio
Cumprimentos
Anónimo disse…
Desculpa mas Portugal não é nação.
Alias do ponto de vista de nação Portugal é ridiculo, pois corta 2 nações, Galécia e Lusitania, ficando com a metade Sul da Galécia e a metade Ocidental da Lusitania. Só tem na integra a nação Algarvia.
Portanto não diga que Portugal é uma nação porque não é, deixou de o ser depois de passar o Mondego. E de facto se o povo tiver consciencia da sua identidade e historia, tanto Portugal como Espanha ficam em risco, pois nenhum dos países é uma nação, mas sim um aglomerado de nações. Então em Portugal ha outro problema que em Espanha só se põe no país Basco. É que Portugal foi o causador de dividir Galécia e Lusitânia.

A identidade Portuguesa de facto é forte, mas ela não existe na realidade. É uma invenção, manipulação do estado e o povo acredita e deixa-se levar pela propaganda feita ao longo dos séculos. Por isso é forte.


Em Espanha deu-se o correcto nome às regiões nações (Galiza, Leão, Asturias, Cantabria, Catalunha, etc), não se deu pontos cardeais Norte, Centro como em Portugal.
De facto é como voce diz, se em Portugal se der também o correcto nome ao Norte (Calécia ou Galécia Sul ou ainda Galiza Sul), Portugal a longo prazo fica em perigo, porque na verdade Portugal não é uma nação, muito longe disso.
Se Portugal fosse uma nação você não diria o que disse, não diria que dar o verdadeiro nome, o nome étnico poria em perigo Portugal e daria lugar a uma Ibéria das Nações.

E imaginem se Espanha tivesse agido como Portugal. É certo que a Catalunha seria Leste, e os Catalães a esta hora pensariam que eram Castelhanos ou Espanhois e não Catalães. O movimento de Independência nem existiria. Resumiria-se a umas 10, 20 pessoas como acontece no Norte de Portugal. O resto do povo é obvio que seria muito leal e fanatico a Espanha.


Como sempre Portugal em tudo o que faz, tem de fazer as coisas erradas e da pior maneira. Nem respeitar minimamente as suas nações e antigos reinos foi capaz. Só respeitou o Algarve, talvez porque sempre soube que o seu povo nunca teria intençoes independentistas.
Mas a parte Galega de Portugal, sempre trataram de apaga-la ao máximo. Tiraram o verdadeiro nome ao Norte pois claro. À metade Sul do Condado Portucalense, também trataram de lhe apagar o nome e misturar a região com o Baixo Mondego. Depois deram-lhe o nome Beiras para o Alto e Baixo Mondego para apagar de vez com a identidade Portucalense acima do Mondego.
Anónimo disse…
Ja agora para fazermos uma ideia dos problemas que Portugal enfrentaria se tivesse agido como Espanha.

Norte - GALÉCIA BRACARENSE ou SUL/ GALIZA SUL/ CALÉCIA/ PORTUCALE NORTE - Estaria a lutar por mais autonomia e por uma futura independencia para se reunificar com a sua metade Galiza

Entre Douro e Mondego - PORTUCALE SUL - Estariam a lutar pela sua identidade Portucalense Galaica, pela definiçao das suas fronteiras do Douro ao Mondego e claro por uma futura independencia. Orgulhariam-se de ser antigos Portucalenses, de serem Galegos devido à reconquista, de serem irmãos do povo acima do Douro.

Sul do Mondego até Alentejo - LUSITÂNIA - Estariam a lutar pela sua identidade Lusitana do Sul Mondego ao Alentejo. Saberiam que a Norte do Mondego já não é mais Lusitania devido ao processo de repovoamento da reconquista. Como é obvio estariam a lutar pela independencia do seu territorio Lusitano do Mondego ao Alentejo.

Algarve - ALGARVE - Provavelmente pouco lutariam pela independencia. Uns iriam querer ficar ligados à Lusitânia, outros iriam querer mesmo independencia. No Algarve a luta pela independencia seria fraca como acontece na Andaluzia, pois o seu povo não tem um grande orgulho na sua identidade, devido a serem do Sul e terem sofrido mais mistura moura e logo serem menos europeus a nivel de sangue. Não gostam que lhes chamem mouros, nem gostam do seu próprio povo por ter muito aspecto mouro. A maioria nao iria querer independencia e iria querer ficar ligada às terras a norte do Algarve.
Anónimo disse…
Não tenham duvidas que aqui aconteceria o mesmo que acontece em Espanha se tivessemos agido assim.

Em Espanha todas as antigas nações/ reinos têm um forte ou pequeno movimento independentista. Em Portugal não ha nada, apenas uma duzia de pessoas no norte que não esqueceu a sua identidade.

Para quem não sabe, em Espanha, onde o movimento independentista é mais forte e mais conhecido é em Catalunha, País Basco e Galiza.
Mas não pensem que as outras nações/ reinos não têm também um movimento independentista. Penso mesmo que todas as regiões têm (se alguma não tiver será a Extremadura, que inclui territórios da Lusitania Leste). Asturias, Leão, Cantabria, Castela (sim também ha independentistas Castelhanos) e Andaluzia também têm movimentos independentistas. Na Andaluzia até ha alguns defensores do antigo Reino de Sevilha que portanto não desejam estar integrados na grande Andaluzia.

Em Portugal trataram foi de fazer lavagens cerebrais ao povinho, adulterar e ocultar a historia muito bem para que todos se sintam e defendam Portugal.
Anónimo disse…
1º Se as Regiões Portuguesas tivessem esse nome, a identidade nacional sobreviveria sempre, não tenho duvidas.

2º Só existe uma nação, com uma lingua, com pronúncias dialectais diferentes, e culturas e costumes diversificados de acordo com as paisagens e com as regiões diversificadas - e de acordo com a história das mesmas.

3ºDe acordo com as nações humanistas e civilizadas, baseadas na lingua e em uma história longa, seja mitológica ou construida(E o Mito é sempre verdade), critério a que os nacionalismos espanhóis em regra, também obedecem (sobretudo à Lingua)Portugal é uma nação integral.

4º Porque você não forma um movimento aberto e social, veiculando as suas ideias no norte, saindo para rua, mostrando a sua cara? Deve ser porque tem vergonha do que escreve. Atire-se ao governo - pela internet não resolverá nada, nem falando com anónimos e anónimamente.

5º A mim não vale a pena dizer o que diz, não tenho influência nenhuma, mas uma coisa lhe digo (e não é nada Pessoal, porque não tenho nada contra si - pode crer que não tenho nada contra si nem contra ninguém), se no futuro eu tiver algum poder de influência se Deus Quiser, será para lutar contra todas as correntes que querem instalar as trevas neste mundo.

5º Luto pela preservação da identidade nacional contra o políticamente correcto, pelo controlo sensato da imigração, regulamentando-o, numa visão equilibrada, sensata e humanista.

6º As suas visões de nação, sem qualquer base cientifica, reduzindo o Homem à condição de mero animal biológico (Quando é uma Alma muito maior do que isso, assim como a grande Alma Portuguesa, que existe, desde o Grande António Vieira, até ao Grande Fernando Pessoa), é para mim (a sua visão) um absurdo. Por outro lado, mesmo no seu plano, as diferenças genéticas de norte a sul existem, mas são minimas e irrelevantes. Nada disso faz a nossa nação, que é muito mais do que isso.
As Beiras são para cima do Mondego - o Mondego é o seu centro.
A maioria dos Portugueses com juízo e sentido do Bem não alinha com essas tonterias perturbadas. Essas pseudo-nações "neo-nazis" baseadas em delírios provindos de uma qualqer perturbação, nada me dizem.

8º Por uma questão de sanidade mental, acabou para mim esta discussão.

Cumprimentos.



7º Seja como
Anónimo disse…
O segundo 5º é o 6º ponto; o 6º Ponto é o 7º; e o 8º é o 8º.

Cumprimentos
Sam disse…
Não concordo com o epíteto de ancestral que associa à Galiza. É o nome da região que deu origem a Portugal e o único dos nomes histórico que prevalece hoje em dia. E convém dizer que a Galiza foi o primeiro reino medieval a surgir dentro das fronteiras do Império Romano e que teve continuidade até hoje. É toda uma unidade étnica e cultural que tem quase 3 mil anos e que ainda hoje em dia vigora. Como poderemos esquecer isso?


Por outro lado, as regiões históricas que mencionou não prevaleceram e acabaram por se esmorecer com o tempo, não podendo ser comparadas com a continuidade existencial da Galiza.

Os habitantes do norte de Portugal e das Beiras são chamados de galegos desde há muito, mesmo pelos de lado de lá da fronteira, como é o caso dos extremenhos.

Negar isso é negar a nossa própria identidade.
Sam disse…
É outro aspecto da minha visão.

Cumprimentos
Anónimo disse…
Calécia:

Concordo em parte com o que diz, houve de facto uma soibrevivência do Reino da Galiza. Mas desde o século IX, portanto desde o primeiro milénio, desde que os Condes Portucalenses, por sua iniciativa - e desde o tempo de Vimara Peres, sem participação do sul(ainda por reconquistar), procuraram automizar-se e separa-se da Galiza. - e apesar de serem Calenses na raíz da própria Galiza.

O Condado só foi incorporado na Galiza em 1071, porque a tentativa de Autonomia de Nuno Mendes foi reprimida pelo Rei Garcia II da Galiza na batalha de Pedroso. E novamente recomeça autonomização feudal em 0995 e por aí a diante. Estamos a falar de uma Galiza já ligada e debaixo da Coroa leonesa, cujos Senhores a norte vão sempre optando pelo conservadorismo e pela ligação a Leão face a um Portucale autonomista a sul, desde a presúria do Porto em 865 - século IX.
Desde o Primeiro milénio é uma obsessão e uma determinação do Condado Portucalense em separa-se da Galiza, pela guerra e pela e pela influência junto da Coroa Leonesa - influenciando-a ou combatendo-a( Coroa pela qual a Galiza a norte quase sempre opta). O Centro, o Sul e Lisboa, são filhos deste Novo Ente que quer a independência da Galiza desde os tempos de 900 d.C.

Já há mais Mil anos que para Leoneses a sul e Extremenhos, a oeste - só há Portugueses, porque assim decidiram os Portucalenses. O Centro, Lisboa e o sul, nascem destes.

Cumprimentos
Anónimo disse…
"1095" no lugar de "0995", obviamente.
Anónimo disse…
Só quem não conhece a Andaluzia é que diz que aqueles Povos não têm orgulho em uma das mais antigas civilizações europeias: A Civilização Gadirica e Tartéssica, veículada pelos Gregos da Antiguidade, e pelo esplendor Cristão-Judaico-Mouro do Al-andaluz, quando Córdoba era a cidade Iluminada mais civilizada da Europa, capital da ciência e da filosofia. Leia o que se escreve, o turismo que se faz; a Arqueologia riquíssima e os Monumentos magnificentes - o turismo vaidoso; a A Granada Moura e depois capital do Imperador Germânico-Espanhol Carlos V e da sua Mulher Portuguesa, a Imperatriz D. Isabel; assim como depois Sevilha, a oeste, foi o Centro do Império Espanhol no Mundo. Faça uma visita e veja o orgulho que eles têm no seu Sangue(sejam quais forem as diversas origens) e na sua história.
Sam disse…
Caro Pedro,


Discordo dessa sua interpretação acerca das "tendências separatistas" do condado numa fase tão prematura da sua história. Portucale (a cidade) foi reconquistada em 868 por Vímara Peres e incorporado no Reino da Galiza e assim permaneceu até à definitiva separação deste reino, levada a cabo por Afonso Henriques.

Todas as quesílias verificadas na altura eram sinónimo de disputas de terras e poder por parte dos nobres. Numa época tão fértil em terras por ocupar e conquistar é normal que tivesse surgido uma disputa enorme pelo poder e pela posse de terras conquistadas ao inimigo. Havendo território novo, haveria de existir alguém para o governar, e a fazê-lo melhor seria sendo como rei do que como conde de uma qualquer região, sempre dependente do regente máximo.

Não foi, portanto, por sentimentos de identidade que essas tentativas foram levadas a cabo. O mesmo se passou no lado oposto da península e noutras regiões da Europa, na época. Quem pudesse tomar posse de um território e fazer dele um reino, fa-lo-ia concerteza. E a História mostra-nos que os reinos nem sempre corresponderam às idiossincrassias da população nele inseridas. Muitos dos reinos eram uma amálgama de povos debaixo de fronteiras que só faziam sentido aos senhores do reino, muitas vezes em disputa de terras e em guerra com outros reinos que eram pertença de irmãos, primos ou outros familiares seus.

Convém dizer, neste sentido, que os senhores da guerra (os nobres, portanto) eram um caso à parte e não eram correspondentes da realidade da população, esses sim, unidos por laços de sangue e culturais. As vontades da população não entram nesta história, como em parte alguma da história da Idade Média. As vontades dos senhores, a sua sede de poder, terras e riqueza sim.

Quanto ao seu último parágrafo, tenho que discordar dele na totalidade pois há casos relatados de imigrantes portugueses, do norte e das beiras, nas minas de metais da Extremadura espanhola neste século, em conjunto com galegos do norte e todos são referidos, por parte da população como galegos. É só fazer pesquisa de campo e assim o confirmará.

Cumprimentos.
Anónimo disse…
Caro CALÉCIA

Não quero estar sempre a contradizê-lo (nem tenho prazer nisso), até porque em parte concordo com o que escreveu.

Mesmo que tenha razão, tenha em conta a a perspectiva Castelhana e Espanhola em geral.

Se os primeiros trabalhadores fossem na maioria galegos (e era costume os galegos emigrarem em busca de oportunidades - os que chegavam a seguir, Portugueses sobretudo, se semelhantes na fala ou na lingua, invariávelmente, eram incluidos no mesmo grupo - naquela perspectiva arrogante (infelizmente costumeira) ignorante e generalizadora, em que a designação era mais uma "caracterização" que uma identidade.

Muito antes disso, após o 1 de Dezembro de 1640, grande parte da comunidade Portuguesa (Maioria Comerciantes) de Buenos Aires, de Cuzco, de Lima, da Cidade do México, que não abandonaram as suas casas e comércio(muitos regressaram ao Brasil e ao Reino na Europa por causa do estado de Guerra com Império Espanhol) - e há estudos muito curiosos de historiadores brasileiros e argentinos; - era costume entre os Portugueses que ficaram naquelas paragens, fossem Cristãos-velhos ou Cristãos-novos, fazerem-se passar por Galegos - por causa da similitude da lingua - e para evitarem represálias e atentados à sua vida (Por causa da Restauração e do clima de vingança castelhano). Lisboetas, Alentejanos, Paulistas, "Cristãos velhos" ou judeus-portugueses, passavam todos por Galegos; e não parece que se distinguissem, pela lingua ou pela côr da pele.
Cumprimentos.
Anónimo disse…
O fetiche da lingua não é justificação para se dizer que Portugal é uma nação.
Normandia e Padania (Italia Norte) sao exemplos de nações com a mesma lingua do "invasor", mas que são nações.
Outro exemplo é a Cornualha que actualmetne ja viu a sua lingua desaparecer e não é por isso que deixa de ser nação.
Vamos deixar o ja velho e gasto fetiche da lingua para justificar que Portugal é nação por favor.
Uma nação não se define só pela lingua. Alias como já li algures, a Galiza até podia falar Chines que continuaria a ser uma mesma nação com o Norte de Portugal pois o seu povo é Galego. Já a Lusitania por muito que fale a mesma lingua do Norte e por muito que se tente aproximar culturalmente nunca será uma nação com o Norte de Portugal.

E realmente é como o Calécia disse, a maioria dos paises europeus actuais correspondem a imperios e nao a naçoes.
França e Russia tem varias naçoes, Italia tem pelo menos 2 (Padania e Italia Sul e ambas tem a mesma lingua), Reino Umido, Bélgica, Suiça, Espanha e claro Portugal.

Por uma Ibéria das Nações, Independencia para Galécia (Galiza e Norte Portugal), para Lusitania e Algarve, para Asturias, Catalunha..
Anónimo disse…
Ja agora é curioso ver como o Pedro rodrigues muda o discurso conforme lhe agrada

Aqui diz que dar o nome verdadeiro ao Norte pode ser um perigo para a divisao de Portugal e para o surgimento duma Iberia das Naçoes:

"o surgimento de nomes étnicos verdadeiros, mas desenquadrados da realidade actual(porque são muito mais abranjentes e de ambito tutelar e espiritual para todo o território nacional) poderão ser óptimos para uma Hispânia-Ibéria(Geográfica) Cantonizada - que muitos espanhóis desejam, mas perigosa para Portugal(estarei a ser alarmista, uma vez que a identiadade Portuguesa é forte),mas a Ibéria é geografia e Portugal é Nação. Penso que se deve defender Portugal."



Aqui já diz que se dessem o nome verdadeiro Portugal não corria risco:

"1º Se as Regiões Portuguesas tivessem esse nome, a identidade nacional sobreviveria sempre, não tenho duvidas."



Na 1 parte diz que é melhor nao dar o verdadeiro nome porque é perigoso e deve-se defender Portugal.
Na 2 parte ja mostra que não é perigoso e que Portugal sobreviveria sem duvidas. Interessante como muda o discurso.

Resta saber também, se o nome verdadeiro das regiões que fazem parte de Portugal ja fosse utilizado desde o passado, se Portugal actualmente estaria como está hoje, sem movimentos independentistas. Penso que é mais que obvio adivinhar qual seria a nossa situação actual se dermos uma olhada na vizinha Espanha.
Anónimo disse…
Caro Galaico:

Queria citá-lo extensamente para enquadrar respostas, mas não o faço devido a "analfabetismo" informático.

Bom, quanto à primeira parte do que diz: Países como a Alemanha(para acrescentar este exemplo), França, e na composição até a Itália, são impérios. Tiveram centenas de Anos de dicvisionismo(mais no caso da Itália, também, mas menos a Alemanha e a França com Reinos e Ducados Germânicos, Normandos e Occitanos), unidas muitas vezes apenas pelo Imperador- reinando sobre Reinos feudatários( caso da Alemanha). As línguas e costumes desenvolveram-se paralelamente. Até hà pouco tempo, o Bávaro era mais que um dialecto do Alemão, era uma lingua à parte - codificada. O Sul é diferente dos Teutónios a Norte (e são países com muito mais território).

A Itália nunca teve uma lingua "Italiana" na Idade Média e Moderna. Havia o Genovês, o Milanês; O Florentino(Toscano-Etrusco), o Sul Napolitano etc.. A Sicilia e sobretudo a Sardenha eram Linguas ainda mais à parte. Todos eram claramente distintos, e muito mais do que dialectos. Depois há uma separação política entre Reinos e Republicas de Centenas de Anos, até ao século XIX. Nada a ver com Portugal.

Foi no século XX que Roma impôs o Toscano como Lingua Padrão em Itália.

França: Temos a Bretanha que é um Terço de Portugal e quase metade do nosso território com uma identidade relativamente definida.

Quanto ao Langedoc ("Occitânia"): se realmente unificasse todas as Provincias da sua lingua, daria um território maior que o Português.

Parte da Gasconha("Vasconha") liga-se a Euskadi.

Na Grã-Bretanha, a Cornualha está fraternalmente unida a Inglaterra, e vai mantendo os laços de irmandade, sobretudo espiritual e cultural (o que é muito bom) com Gales, Irlanda, Escócia etc.

A Europa das nações não choca em nada com a definição de Portugal - è a minha visão.

Quanto à segunda parte do que diz; - você teve a delicadeza de me citar:

Eu apenas coloquei a hipótese do perigo para Portugal(em que sinceramente não acredito). Há-de convir que tenho razão: Hispânia-Ibéria, federada ou Confederada, é uma Geografia que se mantém. Portugal é Nação enquadrada no seu Mapa nesta geografia.

Eu coloquei como mera hipótese académica, na qual sinceramente não acredito. E nessa mesma frase(citando-me) disse: "Estarei a ser alarmista, uma vez que a identidade Portuguesa é forte".

Na minha perspectiva, fui coerente.

Portanto, se vierem esses nomes característicos, tenho confiança que a Idéia da Nação global Portugal, Lusíada, Galaico-Português, prevalecerá sobre tudo, DEUS Nosso Senhor, Abençoado Seja, Antes e depois e em Ourique, Assim Queira. Penso que é o melhor.

Cumprimentos.
Anónimo disse…
Eu como nortenho espero que Portugal desapareça senhor Pedro :)
A minha naçao eu nao a esqueci por muito que o sistema tente.
Galiza e Norte de Portugal sao a mesma naçao.
Como dizem os nortenhos
O norte é uma NAÇOM
distancia de mouros e lusitanos por favor
Anónimo disse…
Ora aqui está um belíssimo exemplo
do que seria a regionalização de
Portugal.

Porque terá sido que D.Afonso, o n/
Primeiro desapareceu do Norte? a
resposta é: no norte queriam liqui-
dá-lo e o Centro e o Sul teve que
cerrar fileiras para reconquistar o
Norte. Já D. João II teve que esfa-
quear o Duque de Bragança que mano-
brava com o vizinho.

Os do Norte são simplesmente portu-
gueses, não queiram que vamos por
aí a cima. Nós os do Sul não esque-
cemos o cerco de Lisboa onde conso-
lidámos a independência.

A montante nenhuma ajuda...
Anónimo disse…
Nunca li tanta estupidez junta, só frustados e frustações, nunca pensei que houvesse tanta imbecilidade por aí espalhada e o Cargo do Norte ultrapassa tudo e todos na estupidez e tacanhês mental. É mesmo um pacóvio saloio do norte. A ignorancia é mesmo atrevido. Calem-se e vão à merda.
DS