Vencer a crise

Em tempo de "crise de alma" da cidadania portuense e nortenha ...

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É preciso um movimento forte de cidadania para reocupar o lugar perdido e não se espere, infelizmente, que os partidos assumam esta bandeira, nomeadamente o PS e o PSD, que não têm, institucionalmente, "generais" preparados para tal combate um combate de ideias e convicções, pela cidadania e pela cultura, pela grandeza de valores nortenhos e portuenses que, por serem nacionais, fragilizam a Alma da Nação quando se deixam enfraquecer ao ponto a que chegaram.

Irritam-me os "comissários políticos" que não são capazes de pensar pela sua cabeça e se movimentam ao sabor de pequenos interesses, quase sempre pessoais ou de corporação, agitando bandeiras para um amanhã que ninguém sabe se chega e deixando de assumir as suas responsabilidades hoje, que é quando elas são determinantes e comprometedoras.

Daqui, deste tipo de comportamentos políticos, o Norte e o Porto pouco podem esperar, assim como da regionalização, de que muitos falam mas, na prática, sancionam os comportamentos contrários que os Governos vão tendo, uns após outros.

A crónica junta-se a todos que não se resignam a aceitar este sentido de perda que nos atravessa e que o Porto e o Norte não merecem. Longe vai o tempo em que António Guterres, no Porto, afirmou a importância estratégica do Norte na Euro-Região Ibérica, como uma das linhas a apoiar pelo seu Governo. Já poucos se lembram disto, em particular no PS, pois daí até ao presente nada se avançou para alcançar tal desiderato, pelo contrário, tem sido uma contínua marcha-atrás.

É contra isto que não devemos ficar calados, sobretudo Instituições como os jornais que aqui nasceram e construíram, ou estão a construir, a sua história. Se todos devemos muito à cidadania há os que podem dar maiores ou mais decisivos contributos, para que ela se afirme!

Gomes Fernandes
6/Junho/2007

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