O presidente do Comité repetiu, assim, o teor do discurso feito no dia anterior, durante a discussão da regionalização, em que aconselhou Portugal a avançar com a reforma, sem procurar imitar outros modelos europeus, tendo apenas em conta a história, cultura e geografia do país. Para Delebarre, a população encontrará forma de aperfeiçoar o modelo às suas necessidades. ...
Michel Delebarre, o presidente do Comité das Regiões, desafiou também, o Governo português a acabar com a discussão em torno da regionalização e avançar já com a reforma. Sobre este repto, o presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, admitiu existir actualmente um "maior consenso nacional" em torno da reforma. Já o ministro do Ambiente, Nunes Correia, reafirmou que estão em curso medidas que visam estabelecer as bases para a implementação da reforma, mas mantém 2009 como a data para o referendo.
Comentários
Um exemplo claro desta situação será a sub-região Baixo Vouga não pertencer a uma região Norte, quando a maior parte das famílias e dos negócios são feitos para essa região e não para a sub-região do Baixo Mondego.. Dado que a Entre Douro e Vouga já pertence.
O Instituto Nacional de Estatística deveria ser mais amplo e ter técnicos formados em ordenamento do território, conforme se faz no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Só para exemplificar, Aveiro é completamente dependente das políticas de transportes / logística, e turismo do Norte. A Universidade de Aveiro está ligada ao Porto e Minho. A industria de Aveiro tem os seus laços relacional com o Norte. Que relação tem Aveiro com Coimbra?
No entanto, saliento que, para quem não tem nada nesta matéria, como Portugal, discutir estes assuntos parece prematuro. É assim como alguém começar a escolher um carro para si próprio ainda sem sequer ter iniciado a aprendizagem da condução!
Ou seja, a implementação da Regionalização, de uma forma consistente e viável de início, é um primeiro passo decisivo, a busca do eventual melhor modelo (e o óptimo, como se sabe, é "inimigo do bom"...) será sempre um passo de nível subsequente.
Penso também que não deve falar-se em "submissão" neste tipo de situações. Repare-se que, em termos percentuais, se calhar os votos de Aveiro até são mais importantes e decisivos numa Região Centro, ou Beira, do que na Região Norte (seria diferente, porém, no caso de se criar, como acho desejável, uma Região Metropolitana do Porto).
Ou seja, o mais importante é mesmo não inviabilizar o arranque, necessariamente delicado, de uma reforma como a Regionalização, por questões de segundo nível de importância e que podem sempre corrigir-se, de futuro, com base já na experiência acumulada e sem dramatismos bairristas.
Agora, se nunca se começar...