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Menezes deixa Regionalização em "banho Maria" até 2009 130

Líder do PSD não tomará nenhuma iniciativa antes das legislativas


Luís Filipe Menezes não tomará nenhuma iniciativa no sentido de dar o pontapé de saída para a Regionalização antes das legislativas de 2009. O líder do PSD incluiu a defesa das regiões administrativas na sua moção ao Congresso que o consagrou, mas não vê no tema uma prioridade política. Até às legislativas, o PSD apenas animará o debate interno sobre a questão.

Mendes Bota, um dos maiores regionalistas do partido e actual vice-presidente de Menezes, mantém em marcha a associação que criou em defesa da promoção de um referendo às Regiões. Para dia 7 de Dezembro está marcada a inauguração da primeira sede do movimento, em Faro. Em declarações ao Expresso, Bota reconhece, no entanto, que será cauteloso esperar pela revisão constitucional de 2009 para tentar desarmadilhar" a lei, nomeadamente, acabando com a exigência de uma dupla maioria para validar o referendo.

Expresso - Ângela Silva
18:30 Sexta-feira, 16 de Nov de 2007

Comentários

Anónimo disse…
A lei 56/91 estava armadilhada Senhor António Felizes?
Não era constitucional?

Já se consegue armadilhar a própria constituição?

Vou aguardar os seus comentários. Estou a ficar em pânico.

Temos sempre uma salvação, lembrei-me agora:
Não é este PR o seu autor?

Estarei eu mais tranquilo?

cumprimentos

Joaquim Teixeira
Anónimo disse…
Menezes, "deixa", claro. Só podia deixar. Nem podia fazer mais qq coisa. Mas talvez ele não se importe de ser responsabilizado pelo atraso da dita regionalização.
E Socrates fica de mãos livres para congelar durante mais uma legislatura.
Quem sabe, talvez em 2082, para não perturbar a administração das estradas...
A Lei-Quadro das Regiões Administrativas (Lei n.º 56/91) não está "armadilhada", está simplesmente ultrapassada (morreu sem ter chegado a nascer, percebe?).


A Constituição foi mesmo armadilhada com a última revisão, que pariu o celebérrimo conceito da "instituição em concreto" de uma... disposição constitucional! Imagine o apavorado joaquim teixeira que agora era também indispensável um referendo para a "instituição em concreto" de outras normas constitucionais, como por exemplo as que regem os nossos direitos, liberdades e garantias?



Esperar por 2009 para a desarmadilhar é pois indispensável, mas não suficiente: porque agora, por obra e graça dos sapientes revisores de 1996, foi aberto o desgraçado precedente do primeiro referendo, está a ver?


Se eu tivesse uma fábrica de produzir política, garanto-lhe que os artistas que congeminaram esta palhaçada que foi a última revisão constitucional - que tramou a Regionalização! - nem os contratava nem para limpar as instalações sanitárias, está a seguir o meu raciocínio?


Agora faça o seu próprio juízo e perca esses temores injustificáveis...