Norte é a região mais pobre da Península


Norte é a região mais pobre da Península
Os ganhos anuais chegam a ser metade do auferido pelos vizinhos espanhóis


A população do Norte do país é a mais pobre da Península Ibérica e os seus ganhos anuais (em salários e outros rendimentos) chegam a ser metade do auferido pelos espanhóis, não cobrindo sequer os gastos médios com o consumo de bens duradouros e consumíveis, de acordo com dados divulgados em Dezembro último pelos institutos de estatísticas de Portugal e Espanha.

Em 2004 - últimos dados disponíveis - a população a norte do rio Douro auferia rendimentos médios brutos (incluindo os impostos e contribuições para a segurança Social) entre os sete mil e os oito mil euros. Nesse mesmo ano, os portugueses gastavam em média cerca de 8,3 mil euros por ano em produtos de consumo, desde a alimentação e vestuário aos produtos duradouros como electrodomésticos ou carros. Os espanhóis gastavam cerca de 11 mil euros.

O estudo comparativo com Espanha ("A Península Ibérica em números") revela que já em 2006 os gastos médios dos espanhóis em consumo rondavam os 12,5 mil euros, enquanto os portugueses despendiam uma média de 9300 euros em produtos de consumo. E, desde 1999, o poder de compra espanhol está a descolar.

A diferença de rendimentos explica o maior poder de compra do país vizinho. Em 2004, o cidadão espanhol residente no Norte e centro de Espanha auferia per capita entre os 11 mil e os 16 mil euros anuais. No centro e Sul (à excepção da rica Catalunha), os rendimentos brutos situavam-se entre os oito mil euros e os onze mil euros, precisamente o mesmo nível de ganhos auferidos pelos portugueses do centro e Sul do país. Esta diferença permite ao cidadão espanhol investir, em média, cerca de 12,3 mil euros anuais em consumo corrente e duradouro.

O que está por trás destes números? O estudo elaborado pelos institutos de estatísticas dos dois países não é conclusivo, mas os dados relativos à produtividade podem ajudar a desvendar o segredo do consumismo espanhol.

Em 2005, o PIB per capita em Portugal atingiu os 75% (recentemente Bruxelas confirmou o mesmo rácio para 2006) da média da União Europeia a 25. No mesmo ano, os espanhóis atingiam o limiar da média europeia. Isto é explicado pelas diferenças das produtividades atingidas pelos trabalhadores das duas nações. Enquanto a produtividade do assalariado português não passava dos 65% da média da UE 25, a produção do espanhol já conseguia ombrear com a média da União.

Em matéria de consumo, os espanhóis deverão aumentar a distância face aos portugueses. É que Madrid espera que em 2008 os espanhóis aumentem em 2,8% o consumo, apesar da inflação. Em Portugal o consumo das famílias deverá crescer apenas 1,4% em comparação com 2007.

Fonte "DN"
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Comentários

Anónimo disse…
Fico cá com uma dor no estomago..
quando leio destas aqui...

Não sabem o email directo do Primeiro Ministro?

Anonimo 4
Anónimo disse…
Ena! Tantas regiões em Espanha, mas que desperdício; deverão ter gasto uma fortuna grande só a criar tantas regiões que deve ter feito bem falta para outras coisas.
Com o Anónimo 4 - pró 5 isto não acontecia, tenho a certeza.

Anónimo N
Anónimo disse…
Está bem, mas ninguém pia.