Miguel Cadilhe
Miguel Cadilhe faz-se ouvir muitas vezes para defender, de forma enérgica, a regionalização e criticar, implicitamente, o actual modelo administrativo de governação do país. O candidato à liderança do BCP diz que só conhece duas formas de descentralizar: municipalizar e regionalizar. E acrescenta que se Portugal tivesse regiões administrativas estaria no bom caminho para diminuir o atraso da economia, ter as finanças públicas mais controladas e atingir a reforma da administração pública.
Cadilhe gosta de fazer a comparação com Espanha, com as suas regiões autónomas, assinalando que desde 2000 estas conseguiram 10 por cento de crescimento industrial, enquanto Portugal registou zero por cento. As regiões espanholas trouxeram progresso e redução de assimetrias, considera Cadilhe, para quem, em Portugal, tal não ocorre por falta da regionalização, emperrada pelos «centralistas» que mantêm a criação de regiões na Constituição mas nada fazem para a implementar.
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Miguel Cadilhe faz-se ouvir muitas vezes para defender, de forma enérgica, a regionalização e criticar, implicitamente, o actual modelo administrativo de governação do país. O candidato à liderança do BCP diz que só conhece duas formas de descentralizar: municipalizar e regionalizar. E acrescenta que se Portugal tivesse regiões administrativas estaria no bom caminho para diminuir o atraso da economia, ter as finanças públicas mais controladas e atingir a reforma da administração pública.
Cadilhe gosta de fazer a comparação com Espanha, com as suas regiões autónomas, assinalando que desde 2000 estas conseguiram 10 por cento de crescimento industrial, enquanto Portugal registou zero por cento. As regiões espanholas trouxeram progresso e redução de assimetrias, considera Cadilhe, para quem, em Portugal, tal não ocorre por falta da regionalização, emperrada pelos «centralistas» que mantêm a criação de regiões na Constituição mas nada fazem para a implementar.
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Comentários
Anónimo 4
Preparem um "Te Deum" para a criação das Regiões Autónomas, em número de 7 (sete), a partir das Regiões Naturais do território continental.
As populações dessas futuras 7 Regiões Autónomas agradecerão reconhecidas e gratas, no futuro.
Anónimo pró-7RA
NOTA: Com todo o respeito pelo Dr. Miguel Cadilhe (fui seu aluno), a solução que apresenta de criação de Regiões Administrativas é minimalista, desajustada e desactualizada em relação às dinâmicas das sociedades actuais, apesar de constitucional.
"Pró - 5" é mais barato
Anónimo 4
Esta insistência não é teimosia é inevitabilidade.
Portanto: pró-7RA e nunca pró-5.
Assunto encerrado e, obviamente, não replico mais.
Cumprimentos.
Anónimo pró-7RA
Anónimo 4
Esclarecidos os mal entendidos, sugiro que consulte o site da "Ordem dos Economistas" e na rubrica "Grandes Temas", faça o favor de consultar na classe de "Economia Regional" o texto: "As Regiões Autónomas". Neste trabalho está lá o mais importante, mas não está tudo o que é essencial.
Por isso: 7 Regiões Autónomas, com referendo.
Anónimo pró-7RA
Eu procuro manter-me actualizado e fundamentar as minhas opiniões quando as exponho ou me são solicitadas. Continuo sem perceber as razões pelas quais defende uma regionalização a 7 e não a 5. Quanto às razões económicas, acho que é flagrante o facto de nas duas últimas décadas a região Norte ter passado de motor económico e industrial português - sendo mesmo uma das mais desenvolvidas da Europa - para um patamar bastante inferior ao seu potencial e para a cauda das regiões geradoras de riqueza no espaço europeu. Acho esse um argumento económico convincente quanto baste. Quanto às regiões naturais, não sei o que isso seja, mas também não irei esperar que me esclareça, obviamente. Sei que o Norte dividido em 2 significaria uma região mais fraca do que o que é na realidade, disso não tenho dúvidas. Quanto ao referendo, parece-me despropositado fazer um referendo acerca de uma matéria que faz parte da Constituição desde a restauração da democracia. Perca por tardia, não? E sendo óbvio que a sua não aplicação influiu fortemente no desenvolvimento económico do país, criando desiguldades gritantes, creio que o seu adiamento só irá agravar a situação.
As hostilidades começaram com o senhor a afirmar que as minhas iniciativas escritas são fruto de apetites. Se já leu todas as minhas intervenções verificará que não se trata de apetites, trata-se de uma exigência essencial para o desenvolvimento do nosso País. Não é só o problema da Região Norte, a que orgulhosamente pertenço, mas de todo o País.
Quanto aos esclarecimentos não os posso fazer aqui, ou melhor, constam já do que o editor deste blog classificou como "Tese sobre a Regionalização, dado que lá está o essencial. se quiser mais esclarecimentos, ganhe coragem e leia o que está inserido no site da Ordem dos Economistas, sem qualquer atitude de intervir do "alto da burra" com arrogância que nunca tive. Agora, o que não estou é para ver escritas algumas insuficiências graves sobre um tema da maior importância para o nosso desenvolvimento que ou se faz bem ou não se faz. E faço-o sem querer ser agressivo nem despropositado para ninguém e muito menos para pessoas que não conheço mas com objectividade clara, precisa e frontal.
Agora, todo este processo político da regionalização exige muito esforço e dedicação, até na forma como pretendemos aceder a informações que ainda não possuímos. Portanto, recuso ser aqui professor e ou somos competentes e estamos à altura para ou então mais vale pararmos e encerrar o assunto de vez.
Conclusão: Criação de 7 Regiões Autónomas devidamente referendadas = Legitimidade política mais desenvolvimento sustentado.
Tudo o que disser para além disto são mecanismos de distracção que impedirão sempre de atyingir o objectivo principal: vermo-nos livres de políticas centralizadas e centralizadoras.
Anónimo pró-7RA.
PS - POr tudo isso é que não quero saber nada sobre a localização dos aeroportos, portos e quejandos e considero as discussões à sua volta (custos, ambiente, estudos, demissão de ministros, etc.) verdadeiramente obscenas.
Quanto ao documento, tive a oportunidade de ler o principal (e não me resumi a uma dúzia de páginas). Numa análise inicial não posso deixar de discordar das regiões em questão. Nunca fui um adepto do modelo das províncias imposto em 1936. Um sistema que se quer chegou a servir a administração pública. Porque luz iria servir ele agora de modelo à regionalização do país? E qual a argumentação que apresenta para lhes apelidar de Regiões NAturais? Que há nelas de natural?
Por outro lado há uma análise histórica e cultural às 3 primeiras regiões abordadas (Minho, Douro e Trás os Montes) que contêm distorções da realidade e acaba por se cometer o mesmo erro que serviu de base para fundamentar a sua formação, passado estes anos.
Há no entanto aspectos que me parecem de ser de extrema importância para uma verdadeira reforma do estado português. A alteração dos órgãos de estado e do sistema judicial em função das regiões a criar só pode fazer sentido se o país quiser evoluir.
Por último, como definiria as 7 regiões autónomas a partir das regiões "naturais"? Em que se fundamentaria para as agrupar de tal forma?
Os argumentos que habitualmente são esgrimidos neste blog sobre a regionalização é que não me parecem objectivamente fundamentados, por nenhum ponto de vista. É dizer mal, por dizer; é discirdar, por discordar, só porque está na moda. Este tipo de comportamento analítico é que é arrogante e pretencioso e, pior que tudo, dissuasor de qualquer discussão crítica e útil para este tema que pretende fazer o nosso País desenvolver e não somente crescer, como pretendem alguns
As Regiões naturais são 11 e são muito anteriores à reforma administrativa de 1936. E esta reforma só não avançou porque vivia-se então num regime politicamente autocrático, o qual impediu toda e qualquer política que privilegiasse a descentralização de poderes para as chamadas províncias (=regiões naturais).
Por outro lado, basta estudar liminarmente só a geografia do nosso País para chegar à conclusão da existência justificada das 11 Regiões Naturais, a partir das quais se consegue (e deve) eleger as 7 Regiões Autónomas.
Quanto às distorções históricas, está a chamar mentirosos ou falsários aos autores que sustentaram durante anos as suas posições na "Enciclopédia Portuguesa Brasileira de Cultura" e na "Enciclopédia Geográfica", entre muitos outros, como a excelente obra "As Regiões de Portugal" do professor Jorge Gaspar.
Portanto, senhor Nóbrega, não volte a acusar-me de práticas que só o senhor tem, por agora.
Os meus cumprimentos.
Anónimo pró-7RA (e muito bem).
Vai precisar dela mais tarde.
eu já lhe dei uma bicicleta e não ficou contente.
E tenho um problema para resolver:
O governo não aceita mudar as 5 Regiões.(e muito bem)
Pró 5
Anónimo 4
Se o Governo não aceita mudar, muito melhor para ele, até pode acontecer que leve "banhada" nas próximas eleições e, se acontecer, lamento imenso snr. Anónimo 4, meu contemporâneo em Moçambique, mas vai merecer.
Se assim for, tudo será reequacionado, não será assim?
Deus me ouça!, como dizia o "outro".
Anónimo pró-7RA.
O meu caríssimo amigo é que me tomou logo de início por um treinador de bancada independentista que só vinha aqui mandar postas de pescada porque sim, porque está na moda dizer mal. Lamento, mas enganou-se.
Quanto à sua posição, se ao início ainda via nela algum fundamento, após a leitura dos textos e de ler os restantes comentários que o senhor postou deixei de ver nela uma saída para a resolução do problema da regionalização.
O senhor acusa-me de vir mandar bocas mas em muitos dos seus comentários, a única coisa que sobressai é : regiões pro7 já!
Faz-me lembrar os ceguinhos que costumavam estar no início de Sta. Catarina a vender cautelas ("É o bintissete prá 'manhá!" [incluir boz de bagaço]). Mas o senhor não queira bater no ceguinho...
Quanto á regionalização, não lamento decepcioná-los porque ainda não compreenderam o essencial do que se pretende atingir. À medida, só costumo fazer os fatos; e não é que ficam mesmo bem?! Mas é só para mim. A regionalização é para 10 milhões de concidadãos, não é para ninguém em especial e sefor, terá antes que se desunhar, mostrar o que realmente vale do ponto de vista político.
Bem, o essencial é que não contavam que começassem a manifestar-se a favor da proposta que defendo e a rechassar os vossos argumentos que nem chegam a ser.
Peço imensa desculpa, mas: Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo pró-7RA.