Porto à venda na Galiza

Ribeira do Porto será um entre muitos destinos da Área Metropolitana a promover atráves do novo centro turístico que abrirá portas, em Santiago de Compostela, antes do Verão


Santiago de Compostela , na vizinha Galiza, vai acolher, muito em breve, um centro de promoção turística do Porto, que levará até aos espanhóis e inúmeros peregrinos estrangeiros que ali passam a marca desta região nortenha.

O espaço, cuja criação foi ontem aprovada em reunião da Junta Metropolitana do Porto (JMP), será entregue aos autarcas já no início do próximo mês e abrirá ao público a tempo do Verão.

Com um localização central, a cerca de 40 metros da catedral de Santiago, o posto terá 150 metros quadrados, a maior parte ocupada de forma permanente, com divulgação dos destinos da Área Metropolitana e o restante preenchido com promoções turísticas temáticas, itinerantes, sejam dedicadas ao Vinho do Porto e às festas de S. João ou, por exemplo, à Feira Medieval de Santa Maria da Feira e ao Casino de Espinho.

O novo centro, anunciou Rui Rio, presidente da JMP, "está quase a materializar-se no terreno". O espaço já existe e será agora decorado. Uma vez entregue, dentro de dias, os autarcas esperam demorar mais dois meses a montar o centro de promoção turística, prevendo abri-lo nessa altura, ou seja, ainda antes do Verão. A Galiza, destacou Rui Rio, "é um mercado excelente para o Porto na área do turismo". E Santiago uma "porta estratégica de promoção da Área Metropolitana na Galiza".

Santiago de Compostela é uma cidade mundialmente conhecida pela sua catedral, que atrai peregrinos de outras regiões espanholas e do resto do mundo, que percorrem os caminhos de Santiago. É um ponto de passagem para turistas que poderão seguir caminho até Portugal, se a promoção for eficaz, o que, de acordo com os jornalistas locais, não tem acontecido. A Galiza, no seu todo, destaca-se entre os mercados emissores de turistas para o Norte português. Só nesta Páscoa, estimava-se que mais de 100 mil turistas espanhóis viajassem até Portugal, incluindo 70 mil galegos, ajudando estes a encher sobretudo a hotelaria nortenha. Previa-se que até metade das cerca de 50 mil camas da região fossem ocupadas por galegos.

O aeroporto de Sá Carneiro está, entretanto, a "roubar" cada vez mais passageiros à Galiza. Segundo a Imprensa local, são cada vez mais os imigrantes galegos que usam o Porto como destino nas viagens para casa, beneficiando de serviços como o da TAP, que envia autocarros a Santiago de Compostela para transportar e recolher passageiros.

No ano passado, o aeroporto do Porto cresceu mais do que os três da Galiza, incluindo o de Santiago. No final de 2007, eram já cerca de 300 mil os galegos que viajam a partir de Pedras Rubras (à volta de 10% dos passageiros).

Fonte "JN"
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A divulgação das potencialidades turísticas da região onde estamos a viver ou de onde somos naturais é sempre um acto integrado nos objectivos das organizações com responsabilidades na divulgação das suas capacidades e potencialidades turísticas, independentemente de estarem integradas num município, numa área metropolitana, numa comunidade urbana, numa região administrativa ou numa região autónoma (de propósito, omito as regiões de turismo, a reordenar territorialmente).
No entanto, estando em causa a cooperação e oportunidade das políticas de turismo, o que se revela mais importante consiste na definição de uma política económica onde o turismo seja GRADUADO NA SUA IMPORTÂNCIA COMO SECTOR ECONÓMICO REGIONAL e integrado por organizações vocacionadas para a divulgação e aperfeiçoamento dos instrumentos e produtos turísticos específicos de cada Região E SUA ARTICULAÇÃO COM AS DAS RESTANTES REGIÕES, não de um tipo de região qualquer, MAS DE CADA REGIÃO AUTÓNOMA.
Enquanto não existir uma política económica que dê corpo e alma às características próprias de cada REGIÃO AUTÓNOMA, assistiremos sempre à prática de actos políticos casuísticos que prejudicam mais do que beneficiam todos os esforços de regionalização.
O caso concreto da divulgação turística aqui mencionado é neutro quanto a consequências no quadro da regionalização que se deve (tem) de implementar: 7 Regiões Autónomas.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)