Uma pergunta sobre a Regionalização a todos os Interventores
Nunca fui a favor da “regionalização” do País. Para mim, Portugal, atendendo à sua génese e evolução histórica, à sua cultura – que apesar de conter muitas diversidades é, essencialmente, homogénea – à consistência da sua língua e à dimensão do seu território continental, não precisa de criar divisões artificiais, muito especialmente num contexto de “União Europeia” e com a vizinha Espanha toda fragmentada. Quanto mais massa crítica, bem cimentada, tivermos mais e melhores condições teremos em sobrevivermos neste cadinho global.
No entanto, considero que actual modelo político-administrativo tem prejudicado o País no seu todo, provocando enormes assimetrias – não entre o norte e o sul – entre o litoral e o interior.
Se para alterar este status quo é necessário proceder a uma regionalização do País, ou que pelo a menos a dinâmica que tal transformação provocará possa contribuir para esta mudança, então que se regionalize Portugal.
Mas que se regionalize bem. Que os critérios de representação democrática não sejam apenas os de índole demográfica. Que as Regiões a criar não correspondam a ducados de caciques nem a clientelas partidárias. Que as Regiões não subvertam o sentido de Estado-Nação. Que as Regiões tenham protagonistas políticos à altura e que não reproduzam vícios. Que as Regiões façam de Portugal um País mais rico e não se transformem em micro-territórios subdesenvolvidos.
A questão que eu deixo é a seguinte: teremos visão e gente para regionalizar bem?
por, Mário Nuno Neves
.
Nunca fui a favor da “regionalização” do País. Para mim, Portugal, atendendo à sua génese e evolução histórica, à sua cultura – que apesar de conter muitas diversidades é, essencialmente, homogénea – à consistência da sua língua e à dimensão do seu território continental, não precisa de criar divisões artificiais, muito especialmente num contexto de “União Europeia” e com a vizinha Espanha toda fragmentada. Quanto mais massa crítica, bem cimentada, tivermos mais e melhores condições teremos em sobrevivermos neste cadinho global.
No entanto, considero que actual modelo político-administrativo tem prejudicado o País no seu todo, provocando enormes assimetrias – não entre o norte e o sul – entre o litoral e o interior.
Se para alterar este status quo é necessário proceder a uma regionalização do País, ou que pelo a menos a dinâmica que tal transformação provocará possa contribuir para esta mudança, então que se regionalize Portugal.
Mas que se regionalize bem. Que os critérios de representação democrática não sejam apenas os de índole demográfica. Que as Regiões a criar não correspondam a ducados de caciques nem a clientelas partidárias. Que as Regiões não subvertam o sentido de Estado-Nação. Que as Regiões tenham protagonistas políticos à altura e que não reproduzam vícios. Que as Regiões façam de Portugal um País mais rico e não se transformem em micro-territórios subdesenvolvidos.
A questão que eu deixo é a seguinte: teremos visão e gente para regionalizar bem?
por, Mário Nuno Neves
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Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Ora aí esta: "Que se regionalize bem".
Na verdade, não basta regional, é necessário que se regionalize bem.
Só há uma solução, mas alargada no tempo, sem pressas porque estas são más conselheiras: 7 Regiões Autónomas, a partir das 11 Províncias, Regiões Históricas ou Naturais.
Assim seja, amen.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)