Regionalização é prioridade

PS/Porto: Regionalização é prioridade de Renato Sampaio que se recandidata a Distrital

O dirigente da Federação Distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, que hoje apresentou a sua recandidatura, apontou a regionalização como uma das suas grandes prioridades e defendeu a necessidade de mobilizar a sociedade civil neste processo.


Num almoço com cerca de 800 militantes e sob o lema "Ambição para vencer", Renato Sampaio disponibilizou-se para em conjunto com os diversos sectores da sociedade civil e "sem protagonismos estéreis" trabalhar para a vitória do Sim à Regionalização.

"Há o compromisso de realizar um referendo na próxima legislatura. Vamos apostar em preparar o país para sairmos vencedores", disse.

A criação de órgãos democraticamente eleitos de nível intermédio entre o Governo e as autarquias, é para Renato Sampaio "o único e melhor caminho para a afirmação de políticas que atendam às realidades regionais e promovam uma mais eficaz e célere resposta aos desafios que uma sociedade em mudança constante comporta".

"Regiões fortes e capazes de criar e manter massa crítica são para nós a melhor forma de consolidar o sistema democrático e aproximar o acto de governar dos cidadãos", acrescentou.
(...)

Comentários

José Leite disse…
Cheio de boas intenções está o inferno cheio!

Mas parece que não há inferno!
Anónimo disse…
Caros Regionalisats,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Em intervenção sobre o "post" anterior, relacionado com o "monstro", um comentarista sugeria ao coordenador deste "blogue" que se libertasse de "ortodoxias partidárias", provavelmente por ele consideradas lesivas de uma discussão clara, aberta e abrangente da regionalização.
Naturalmente, haverá alguma razão nesse pedido, só porque os partidos não têm dado a delicada atenção que o tema merece nem suportado soluções compatibilizadoras de um desenvolvimento sustentado, preferindo novas roupagens (regiões administrativas) para uma mesma política de "base centralizada e centralizadora", justificando-se com argumentos do tipo "está já na Cosntituição" (há 32 anos - já tem cabelos brancos ou está careca, com filhos pequenos, arrependido de ter casado, face às "oportunidades coloridas" actuais) ou "o povo já decidiu" (ha mais de 10 anos - já fez a comunhão solene e, em breve, entra na puberdade).
Daí, a convicção que somente quando as "verbas" da União Europeia "secarem" de vez é que invadirá as mentes políticas e "intelectuais" a necessidade de implementar uma regionalização que potencie o "regresso das massas" (provavelmente, bastará a regionalização administrativa) e que poderá não ser aquela que é justificada por exigências de desenvolvimento sustentado e de convergência real para com os países mais evoluidos do Mundo (a regionalziação autonómica).
Poderá ter alguma razão o "Rouxinol de Bernadim" ao reclamar alguma "isenção partidária" nesta quase infindável discussão sobre a regionalização, para não se perder objectividade, racionalidade e sensibilidade num grande e actual tema político.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
O PS quer, a obra nasce.
Com calma, não pode ser tudo na mesma legislatura.
Já temos o aborto.
A Justiça está diferente.
A escola idem aspas.
Vem aí o casamento daquela malta...
Antes da eutanásia, talvez a regionalização.
Sempre ao lado da Venezuela, da Ossétia e da Abcássia...
O que está mal é a ida ao mercado e ao super, mas com tanta obesidade, quem sabe se também isso será um mal que vem por bem.
Concluindo, a única preocupação de momento é o atraso na regionalização.
Força Renato Sampaio, estou contigo.
Anónimo disse…
E quanto mais liberal, melhor. É preferível limpar o mercado, a enfrentar uma guerra global (existem actualmente quase todos os ingredientes para acender com eficácia o rastilho), já e em força para que as empresas saudáveis que permanecerem no mercado (gostava que alguém me esclarecesse o verdadeiro significado do mercado) possam iniciar períodos ainda de maior crescimento e mais intenso monopólio.
Há uns anos atrás, foram as grandes empresas norte americanas ligadas àenergia e uma das que foi à falência, a ENRON, era a maior empresa do Mundo no ramo. Como foi possível? Estou a ver na TV, agora, a maior seguradora do Mundo, também norte americana, pretende contrair um volumoso empréstimo para evitar a falência. Como é possível acontecer, agora que se aproxima o Inverno, época de maior procura de petróleo por causa das necessidades de aquecimento, em que o respectivo preço está a descer (a Autoridade da Concorrência devia acompanhar com mais rigor a formação dos preços dos combustíveis porque estão a descer a um ritmo muito inferior ao do preço do petróleo e para isto só existe uma única palavra) depois de subidas injustificadas neste Verão só explicáveis por uma desenfreada e irresponsável especulação em torno dos preços das matérias primas, dos bens alimentares e dos hidrocarbonetos, lançada para cobrir os pesados prejuízos das grandes empresas imobiliárias e financeiras originadas pela "crise" do "subprime".
Por isso, força Alberto Pimentel, polítco de que tenho ouvido falar através de escritos nos jornais mas cuja acção política a favor da regionalização só consigo descortinar com o auxílio de uma lupa que costumo utilizar para apreciar a qualidade e beleza dos nossos selos postais, produto bem concebido e melhor comercializado na filatelia nacional.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
templario disse…
"Litoral Norte, o Algarve e alguns concelhos do Alentejo no grupo de concelhos onde 90% da população ou menos é servida por abastecimento de água da rede pública.

Marco de Canaveses é o concelho com menor percentagem de população servida por abastecimento de água da rede pública (30%), seguido de Trofa (34%) e Paredes (40%). Lousada e Santo Tirso (50%), tal como Vizela (52%), Oliveira de Azeméis (54%) e Fafe (55%) estão entre os concelhos com menor percentagem de população servida de água desta forma.

(Marketest)

Será que o Sr. Alberto Pimentel e o Sr. Mendes Bota querem a regionalização devido a este atraso? Quanta indiferença nestes últimos 34 anos pelos interesses das populações!

Que andaram a fazer dos dinheiros públicos? Onde os aplicaram? Olhem para todo o interior, nomeadamente raiano, e estes problemas foram resolvidos com mais empenho.
Anónimo disse…
Caro Templário,

Nunca o vi antes tão assertivo como agora. Ainda bem que pergunta porque o atraso foi de dezenas de anos, antes do 25 de Abril de 1974, mas em certos domínios o tal ATRASO continua e bem continuado a atrasar, num regime democrático jacobino, centralizado e centralizador, para não colidir assim tanto com o de antigamente.
Por isso, ninguém tem razões para festejar, nem os do Antigo Regime (sei que existem diferenças entre "um" e o "outro") nem os do "Moderno(?) Regime". Possivelmente, os representantes dos últimos pelas "facilidades financeiras" e conjunturais de que beneficiaram até deveriam ter "feito muitíssimo mais" e se o não fizeram porque razão? Onde foram parar os imensos recursos financeiros da União Europeia, desde 1986?
Por tudo, é necessário mudar o poder centralizado e centralizador para outro regionalizado politicamente e regionalizador; para pôr a "cereja no topo do bolo", mudar urgentemente de protagonistas políticos.
Alberto Pimentel, Santana Lopes, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã, Durão Barroso, António Guterres, ...; quem? Não conheço, nem quero conhecer. Mas é alto dirigente do Partido não sei quê, pode ser interessante; para quem e, sobretudo, para quê?
Novos protagonistas políticos precisam-se.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Já ouvi alguém propôr que os concursos públicos para lugares de direcção de seviço público do Estado, em comissão de serviço, fossem alargados à escolha e nomeação dos Ministros, Secretários de Estado e Chefes de Gabinete da República. A ideia não é decabida de todo, reconhece-se, e garanto-vos que os candidatos não seriam em número assim elevado, se lhes fosse consignada a obrigação de prosseguir objectivos políticos dignos de um País evoluido ou desenvolvido (para País crescido, acredito que haveria muitos, muitos candidatos).
templario disse…
Caro pro-7RA.

O que nós precisamos, de certeza, é de mais democracia, mais democracia, mais democracia em todos os sectores da vida, a começar nas organizações partidárias.

Com mais democracia nos partidos, novos protagonistas surgiriam. Para isso não tenho receita. Penso que só de fora para dentro.
Anónimo disse…
Saramago (o castelhano), regionalista e iberista, criou um blog:

in El Pais de 15/07/2007
El premio Nobel de literatura José Saramago cree que Portugal acabará por convertirse en una comunidad autónoma más de España, con el mismo rango que Cataluña, Galicia o Castilla-La Mancha, integrándose así en un país nuevo, que se llamaría "probablemente" Iberia para que el nombre de España no ofendiese "los bríos de los portugueses".
La utopía ibérica de Saramago, de 85 años, fue lanzada ayer en una entrevista de cuatro páginas en Diário de Noticias, en la que el autor de La balsa de piedra afirma que los portugueses aceptarían la "integración territorial, administrativa e estructural" con España si fuese bien explicada: "Con diez millones de habitantes, (Portugal) tendría todo que ganar en cuanto a desarrollo, y no sería una cesión ni acabar con el país, continuaría de otra manera. No se dejaría de hablar, de pensar y de sentir en portugués, (...) y no seríamos gobernados por españoles, habría representantes de los partidos de ambos países en un parlamento único con todas las fuerzas políticas de Iberia
Anónimo disse…
Caro Templário,

Não consigo desdenhar da democracia que (ainda) temos, mas já consigo ter coragem para ostracizar e denunciar o "clubismo", seja qual for a sua natureza: profissional, partidária, desportiva, familiar, religiosa, golfista, tenista e outras, dado que TUDO tende a girar esgoistica, hipocrita e escandalosamente em torno desses "grupelhos".
São sempre os "mesmos" a titular tudo, como são sempre os "mesmos" a beneficiar de tudo o que de melhor é disponibilizado, não havendo diferença entre antes e depois da Revolução de Abril de 1974. Apenas os métodos é que se alteraram para uma versão mais democrática, acompanhados da substituição de uns beneficiários (os assumidos menos democratas) por outros (os ditos mais democratas).
E tudo isto não parece ser um problema de mais ou menos democracia, mas tão somente um problema de cultura, de educação, de formação cívica e ética e de comportamento individualista de quem tem responsabilidades dirigentes, a qualquer nível.

Caro Anónimo disse ... das 12:57:00 PM,

O Prémio Nobel Saramago foi sempre mal tratado pelo nosso País (também lhe cabem algumas culpas, em fase política delicada) e tornou-se numa pessoa ressabiada, agravado pelo facto de a sua idade já não favorecer a ultrapassagem por cima deste tipo de problemas.
Por outro lado, enquanto qualquer iniciativa de intelectuais espanhóis é sempre acompanhada pela PRESENÇA dos responsáveis ministeriais do nosso País vizinho, como sabe, no nosso prima-se quase sempre pela ausência de quem tinha a obrigação de marcar sempre presença.
A esta diferença comportamental Saramago e outros intelectuais portugueses não são indiferentes e, como sou habitual presença no País vizinho por exigências académicas, procuro também conhecer o que de melhor lá se faz e compará-lo com o que de pior encontramos por cá.
As diferenças começam a ser abissais, razão pela qual não me surpreende que propostas de "fusão ibérica" apareçam sustentadas por protagonistas nossos compatriotas, descontado já qualquer índice de ressabiamento demonstrado. O nosso País, enquanto continuarem a afirmar-se as condições conjunturais do seu "funcionamento", não terá solução e serão entidades exteriores que ditarão o nosso futuro, infelizmente, quer queiram quer não. E este momento estará mais perto do que nunca, apressando-o a nossa incapacidade de gerar DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO. Por isso, é que se defende categoricamente uma nova forma de fazer política, uma política estruturada e estrutural de nova geração, através da implementação da regionação autonómica, atrasada mais de 30 anos em relação ao nosso vizinho do lado leste. E não pensem que quem quer que seja fica parado e calado quando verificar que um vizinho qualquer põe em causa a sua estabilidade por ser "valdevinos" ou incapaz de se governar. Para além de não ficar quieto, procura intensificar as medidas correctivas e doia a quem doer. Depois, lembram-se de todos os santos especializados em acorrer às aflições, mas já não há remédio para os "males" causados às populações e que foram os "bens" recolhidos pelos tais "grupelhos", claro que sempre a "BEM DA NAÇÃO".

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)