Divergências dominam debate do PS sobre sistema eleitoral
O objectivo do PS era apresentar um estudo académico sobre reforma do sistema eleitoral, que encomendou aos especialistas em ciência política André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira. Para isso organizou uma conferência onde, além dos autores do estudo, participaram o líder parlamentar Alberto Martins, o porta-voz da direcção do partido, Vitalino Canas, e os académicos Marina Costa Lobo, Manuel Braga da Cruz, Jorge Reis Novais, António Araújo e Vital Moreira.
O resultado foi a sensação de que tão cedo não haverá reforma nenhuma do sistema eleitoral, assim como fortes dúvidas sobre se o estudo encomendado pelos socialistas (publicado pela Editora Sextante sob o título Para a Melhoria da Representação Política.
As intervenções foram todas críticas, variando apenas no tom e nos argumentos, tendo Vital Moreira sido o mais corrosivo: "Este estudo é importante para mostrar o que não se deve fazer."
As críticas centraram-se na diminuição da governabilidade, na lista nacional, na agregação de distritos nos círculos locais e no voto preferencial em lista fechada e não bloqueada nos círculos locais, que permite os eleitores indicarem a ordenação da eleição dos deputados.
No final, visivelmente irritados, Meirinho e Freire responderam às intervenções.
Assumindo um tom também crítico à forma como o estudo foi tratado pelos oradores, Freire chegou ao ponto de refutar "caricaturas" e de alertar: "É preciso ler as propostas."Já sobre os medos manifestados em relação ao voto preferencial, Freire demarcou-se do que tinha sido dito e sugeriu que a proposta apresentada segue os sistemas usados em muitos países europeus: "Somos o patinho feio que nunca podemos adaptar o que há em toda a Europa, que a esmagadora maioria da Europa tem, mas nós não podemos, porque os nossos deputados são uns malandros que vão oferecer frigoríficos", ironizou, para concluir: "Temos um grave problema, pois as nossas elites acham que não temos capacidade (...).
Eu não encaro o meu país assim, porque, no limite, isso iria levar-nos ao 'somos incapazes para a democracia'."Freire lançou o alerta sobre o descrédito do tema:"Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos e as pessoas estão fartas de esperar.
Adiar mais uma vez para esperar pela regionalização é adiar sine die." "Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos, as pessoas estão fartas de esperar", afirmou André Freire
O objectivo do PS era apresentar um estudo académico sobre reforma do sistema eleitoral, que encomendou aos especialistas em ciência política André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira. Para isso organizou uma conferência onde, além dos autores do estudo, participaram o líder parlamentar Alberto Martins, o porta-voz da direcção do partido, Vitalino Canas, e os académicos Marina Costa Lobo, Manuel Braga da Cruz, Jorge Reis Novais, António Araújo e Vital Moreira.
O resultado foi a sensação de que tão cedo não haverá reforma nenhuma do sistema eleitoral, assim como fortes dúvidas sobre se o estudo encomendado pelos socialistas (publicado pela Editora Sextante sob o título Para a Melhoria da Representação Política.
As intervenções foram todas críticas, variando apenas no tom e nos argumentos, tendo Vital Moreira sido o mais corrosivo: "Este estudo é importante para mostrar o que não se deve fazer."
As críticas centraram-se na diminuição da governabilidade, na lista nacional, na agregação de distritos nos círculos locais e no voto preferencial em lista fechada e não bloqueada nos círculos locais, que permite os eleitores indicarem a ordenação da eleição dos deputados.
No final, visivelmente irritados, Meirinho e Freire responderam às intervenções.
Assumindo um tom também crítico à forma como o estudo foi tratado pelos oradores, Freire chegou ao ponto de refutar "caricaturas" e de alertar: "É preciso ler as propostas."Já sobre os medos manifestados em relação ao voto preferencial, Freire demarcou-se do que tinha sido dito e sugeriu que a proposta apresentada segue os sistemas usados em muitos países europeus: "Somos o patinho feio que nunca podemos adaptar o que há em toda a Europa, que a esmagadora maioria da Europa tem, mas nós não podemos, porque os nossos deputados são uns malandros que vão oferecer frigoríficos", ironizou, para concluir: "Temos um grave problema, pois as nossas elites acham que não temos capacidade (...).
Eu não encaro o meu país assim, porque, no limite, isso iria levar-nos ao 'somos incapazes para a democracia'."Freire lançou o alerta sobre o descrédito do tema:"Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos e as pessoas estão fartas de esperar.
Adiar mais uma vez para esperar pela regionalização é adiar sine die." "Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos, as pessoas estão fartas de esperar", afirmou André Freire
Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Está-se à espera há 32 anos e não há 11 ou 10 anos.
E , com tal, permanecemos numa ilegalidade constitucional sobre a qual parece ninguém, com as máximas responsabilidades políticas, querer interessar-se em resolver.
Isto é obra. O que está em causa são só as nossas futuras condições de desenvolvimento, mas parece que é um assunto menor, pelos vistos.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)