Novo Referendo à Regionalização

PS quer maioria absoluta como meta e avança com referendo à regionalização

A moção do líder do PS, hoje apresentada, define como meta nas legislativas a maioria absoluta, promete reforçar os direitos dos imigrantes, dá abertura ao "casamento civil" homossexual e prevê voltar a referendar a regionalização.


Quanto à revisão constitucional, que poderá ter lugar na próxima legislatura, a moção de José Sócrates apresenta uma posição de partida "genericamente favorável à estabilidade" do actual texto, "sem prejuízo de alterações que resultem de consensos com as restantes forças políticas".

No sistema eleitoral o PS pretende "concluir a reforma" com vista a uma maior aproximação entre eleitos e eleitores, mas com "respeito pela proporcionalidade". E prevê ainda a criação de executivos autárquicos homogéneos.

"Pediremos aos portugueses, com clareza, uma maioria absoluta e lutaremos com toda a energia para a alcançar de novo. Por isso, e porque o PS acredita na possibilidade real de obter uma nova maioria absoluta, recusaremos todas as especulações sobre quaisquer outros cenários pós eleitorais, que só enfraquecem as condições para alcançar essa nova maioria", refere a moção que, assim, repete a estratégia de José Sócrates na campanha para as legislativas de 2005.

Ao nível dos direitos para a promoção da igualdade, a moção do secretário-geral do PS estabelece como prioridade "o combate a todas as formas de discriminação e a remoção, na próxima legislatura, das barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo".

Sobre os imigrantes o documento prevê "o reforço da participação cívica e política dos imigrantes, com a plena assumpção dos seus direitos e deveres no âmbito da nação em que escolheram viver".

Na moção, o PS assume-se como um partido a favor da regionalização com base no modelo das cinco regiões. "O compromisso político do PS é avançar mais na descentralização de competências para as autarquias locais. E é procurar o apoio político e social necessário para colocar com êxito, no quadro da próxima legislatura, e nos termos definidos pela Constituição, a questão da regionalização administrativa, no modelo das cinco regiões", refere a moção.

A moção de José Sócrates define o PS como um partido "pelas regiões administrativas, porque considera que elas são um instrumento de desenvolvimento territorial e coesão nacional".

"Lusa"

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A inclusão no programa eleitoral do partido actualmente no poder do tema da regionalização não representa uma boa notícia para as exigências de desenvolvimento que as condições históricas e actuais do nosso País colocam permanentemente, especialmente em relação aos países mais evoluidos.
A proposta de 5 Regiões Administrativas, organizadas territorialmente com base nas actuais 5 Regiões Plano representa uma solução da preguiça política e da manutenção de todo o "stato quo" político, económico, social e cultural mas, PIOR DE TUDO, constitui um VERDADEIRO IMPECILHO AO DESENVOLVIMENTO EQUILIBRADO E AUTOSUSTENTADO SEM QUALQUER MOBILIZAÇÃO DAS RESPECTIVAS POPULAÇÕES.
A luz ao fundo do túnel continuará a ser a do comboio, a qual não tem sido um bom exemplo se se atentar nas condições actuais da estrutura ferroviária actual.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caro Anónimo pró-7RA.
Não adianta.
Está decidido. São as CINCO.
Eu ando a dizer isto desde 1978.
Finalmente o PS abre os olhos à realidade.
Grande vitória do partido do centro, esquerda, moderado e popular...
Como vão longe os tempo do Palma Inácio e do Manuel Serra...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pois... como vão longe os tempos em que o PS era realmente socialista e o PSD realmente social-democrática. Agora em 2008 andamos a brincar à política, e as peças do jogo são os nossos 10 milhões de portugueses.

E não está decidido. Não se esqueça que as "CINCO" só mobilizam gente ligada aos partidos, e em Lisboa e Porto. Mais nada. E falta passarem pelo povo. E aí é que o gato vai às filhoses, como se diz aqui na minha terra.

E, mentiroso como este tipo é, não me admira nada que se esqueça das medidas de propaganda que está a fazer agora. É só uma questão de deixar passar o tempo e ele esquece-se. Como se "esqueceu" de criar 150 000 postos de trabalho, e outras promessas que tais. E é preciso que os portugueses sejam burros o suficiente ao ponto de lhe darem maioria absoluta. E não me acredito nisso.
Anónimo disse…
Caro Anónimo disse ... das 10:31:00 PM,

Estar decidido não significa que estaje bem; na verdade, se as decisões políticas tivessem sido boas, não estaríamos provavelmente na situação lastimosa actual que, mesmo sem crise, teria ainda significativa degradação.
Por outro lado, as posições alinhadas neste blogue, na parte que diz directamente respeito, não se trata de nenhum campeonato, medido em termos de ganhar ou perder, de adiantar ou não adiantar; este aspecto utilitarista e mesquinho em nada impressiona e muito menos interessa.
Ninguém é profeta na sua terra e é por isso que, muitas vezes, os contratantes especialistas assistem idiotamente a conferências de estrangeiros que não vêem aqui ensinar absolutamente nada. É pena que se continue a insistri em erros políticos primários só justificados por objectivos de imediato prazo de resultados mais que fáceis, lamentavelmente.
Mas lá chegará o tempo em que, como já se escreveu aqui, os políticos que estiverem então no poder irão a correr, com as calças na mão, implementar a regionalização autonómica (7 Regiões Autónomas) de base antropológica, históriaca e natural para, DEFINITIVAMENTE, asseguraraem o desenvolvimento equilibradoe autosustentado do nosso País que tarda há mais de 500 anos.
É obra. Como é possível embarcar-se nesta espécie de política-espelunca!

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)