A proposta das 7 Regiões

Depois de algum tempo de preparação, e de saudável troca de ideias entre regionalistas, função desempenhada, e bem, por este blogue, constata-se a existência de algumas dúvidas por esclarecer em relação àquilo que é defendido para um Portugal regionalizado. Deste modo, e pensando que ninguém pode alhear-se ou estar contra a regionalização por falta de informação, é necessária a apresentação de propostas concretas em relação ao futuro mapa regional, e ao funcionamento das futuras regiões no nosso país. Assim, é imperioso que seja apresentada, com todas as letras, a chamada proposta das 7 Regiões, que, ao contrário do que tem sido dito, gera, entre as populações, bastante simpatia, respondendo efectivamente às diferentes realidades que constituem o mosaico regional português.

Esta proposta defende a divisão de Portugal Continental em 7 regiões autónomas, baseando-se na diferenciação das realidades mais contrastantes do nosso país: Norte-Sul e Litoral-Interior. Outro dos vértices desta proposta prende-se com a sua ligação à divisão regional que está mais entrosada nos portugueses, que, tendo sido trabalhada ao longo de séculos, foi aprimorada pelos mais conceituados geógrafos portugueses, e continua a ser a mais representativa das diferenças existentes entre as diferentes zonas do nosso país: as 11 Províncias Tradicionais Portuguesas, concebidas a partir das chamadas Regiões Naturais. Porém, 11 regiões seriam demasiadas para um país relativamente pequeno como Portugal. Para além disso, algumas províncias tradicionais podem ser agrupadas, formando novas regiões igualmente homogéneas. Se as Províncias Tradicionais são a base deste modelo, é de referir que ele resulta também, na prática, do agrupamento das actuais sub-regiões (NUT III), que se têm vindo a aproximar cada vez mais da verdadeira realidade nacional, ao contrário do mapa das NUT II.

AS 7 REGIÕES PROPOSTAS:

ENTRE-DOURO E MINHO: Esta região de tradições ancestrais corresponde, grosso modo, às antigas províncias do Minho e do Douro Litoral. Na prática, resulta da junção das seguintes NUT III: Minho-Lima, Cávado, Ave, Tâmega, Entre-Douro e Vouga e Grande Porto. É constituída por 52 municípios, totalizando 3 309 704 habitantes (INE, 2007), inseridos num total de 8 986 km². Os seus principais pólos urbanos são o Porto, Braga, Guimarães e Viana do Castelo.

TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO: Uma das mais vincadas regiões portuguesas, corresponde à antiga província com o mesmo nome, resultando da junção das actuais NUT III do Douro e Alto Trás-os-Montes. É constituída por 34 municípios, totalizando 435 532 habitantes (INE, 2007), inseridos num total de 12 797 km². Os seus principais pólos urbanos são Bragança, Vila Real, Chaves, Mirandela e Lamego.

BEIRA LITORAL:
Corresponde à junção da antiga província da Beira Litoral com parte da antiga Beira Alta, na zona de Viseu, que no final do século XX conseguiu praticamente igualar os níveis de desenvolvimento da zona litoral. Resulta da junção das NUT III do Baixo Vouga, Baixo Mondego, Pinhal Litoral, Dão-Lafões e Pinhal Interior Norte (exceptuando o concelho da Pampilhosa da Serra). É constituída por 53 municípios, totalizando 1 423 921 habitantes (INE, 2007), inseridos num total de 11 309 km². Os seus principais pólos urbanos são Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu e Figueira da Foz.

BEIRA INTERIOR: Região importantíssima no passado, e com uma posição estratégica no contexto Ibérico, resulta da junção da antiga Beira Baixa com a parte raiana da antiga Beira Alta (zona da Guarda). Corresponde à junção das NUT III da Beira Interior Norte, Serra da Estrela, Cova da Beira, Beira Interior Sul, Pinhal Interior Sul, com o concelho da Pampilhosa da Serra (do Pinhal Interior Norte), inseridos num total de 12 533 km². É constituída por 25 municípios, totalizando 368 818 habitantes (INE, 2007). Os seus principais pólos urbanos são a Guarda, Castelo Branco e Covilhã.

ESTREMADURA E RIBATEJO: Corresponde, como o nome indica, à junção das províncias tradicionais da Estremadura e do Ribatejo (actual NUT II de Lisboa e Vale do Tejo). É, portanto, formada pelas actuais NUT III da Grande Lisboa, Península de Setúbal, Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste. É constituída por 51 municípios, totalizando 3 650 840 habitantes (INE, 2007), inseridos numa área de 11 633 km². Os seus principais pólos urbanos são Lisboa, Setúbal, Santarém, Tomar e Caldas da Rainha.

ALENTEJO: Região uma natureza e identidade muito próprias, tem os seus limites definidos desde há séculos. Corresponde à junção das antigas províncias do Alto Alentejo e do Baixo Alentejo, e à actual NUT II do Alentejo. É constituído por 47 municípios, totalizando 511 679 habitantes (INE, 2007), inseridos numa área de 27 223 km². Os seus principais pólos urbanos são Évora, Beja, Portalegre e Sines.

ALGARVE: A região mais consensual de todas, tem uma identidade tão própria ao ponto de ter constituído, oficialmente, reino separado de Portugal até à queda da monarquia, em 1910. Corresponde à antiga província e actual NUT II e NUT III do Algarve. É constituído por 16 municípios, totalizando 426 386 habitantes (INE, 2007), inseridos numa área de 4 960 km². Os seus principais centros urbanos são Faro, Albufeira e Portimão.

Às regiões do Continente, juntam-se as já existentes Regiões Autónomas insulares. A título de comparação, a Região Autónoma da Madeira tem 246 689 habitantes e 801 km2, enquanto a Região Autónoma dos Açores tem 244 006 habitantes e 2 333 km2.
AS VANTAGENS DESTE MODELO:

Criação de Regiões Homogéneas- As 7 Regiões apresentadas são homogéneas por si só, ou seja, cada região tem as suas características próprias, tanto a nível geográfico, como a nível demográfico, económico e estrutural, que se verificam ao longo de toda a região. Não havendo contrastes relevantes no seio de cada região, é mais fácil encontrar soluções comuns, que solucionem os problemas específicos de cada região. Por outro lado, esta homogeneidade permite que não haja grandes discrepâncias ao nível económico e demográfico entre áreas da mesma região, como aconteceria com as 5 “regiões-plano”. Deste modo, evita-se a hegemonia das maiores cidades sobre as áreas menos povoadas, protegendo-se assim as regiões do interior de serem cronicamente preteridas para segundo plano, o que tem vindo a acontecer ao longo dos últimos séculos.

Discriminação Positiva- As 7 Regiões facilitam a tomada de medidas, quer a nível nacional quer a nível regional, de discriminação positiva para as regiões mais pobres e deprimidas, como sejam a baixa de impostos, a tomada de medidas natalistas e a criação de apoios à fixação das populações (nomeadamente dos jovens) e das empresas nestas regiões. A existência das 7 Regiões será, a curto/médio-prazo, indispensável para evitar a morte das zonas do interior de Portugal, e a desertificação de grande parte do território nacional, o que, a acontecer, traria consequências nefastas e imprevisíveis para o nosso país, pondo em causa o equilíbrio nacional e a nossa própria soberania sobre os territórios deixados ao abandono. É urgente inverter esta tendência, que se verifica já em alguns pontos do nosso território, nomeadamente na Beira Interior, Nordeste Transmontano e Alentejo.


Descentralização dentro das regiões- Esta proposta defende também a distribuição dos futuros serviços regionais por vários municípios de cada região, de preferência separados geograficamente. As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto nunca deverão receber os futuros Governos ou Juntas das respectivas regiões, sendo esse papel desempenhado por cidades mais centrais e de igual importância histórica, como Braga e Santarém. Deste modo, evita-se o surgimento de novos centralismos dentro das futuras regiões, criando-se um país verdadeiramente descentralizado, em que todos têm possibilidade de estar perto dos órgãos de poder. Por outro lado, evita-se o surgimento de lobbies políticos em torno de certas cidades, que poderiam conduzir a uma classe política altamente favorecedora e até corrupta, como acontece actualmente com o Estado centralizado.

Competitividade inter-regional- A existência de regiões mais pequenas e homogéneas no seu seio, com a evolução das regiões actualmente mais desfavorecidas para patamares de desenvolvimento mais próximos das regiões mais desenvolvidas, levará a que, a médio prazo, as diferentes regiões, explorando as suas diferentes potencialidades ao máximo, conseguirão, cada uma à sua maneira, competir com as outras regiões, a nível nacional e internacional, pelo investimento económico e pelo desenvolvimento. De referir a importância de, neste processo, existirem regiões bem vincadas e coesas, de modo a que, aliando tradição e modernidade, cada uma alcance o desenvolvimento pretendido.

Melhor gestão dos recursos humanos- A cada região poderão ser entregues a gestão de alguns equipamentos, não de preponderante interesse nacional que justifique uma gestão central, mas de inegável interesse regional, que justifica uma política de proximidade. Assim, uma futura rede de estradas regionais (estradas nacionais secundárias desclassificadas), os centros de saúde e os estabelecimentos de ensino até ao 9º ano poderiam ficar sob a alçada das futuras regiões, que teriam também um papel preponderante na gestão das universidades públicas (sob a política de que em todas as regiões deverão existir todos os cursos disponíveis no ensino superior público). Porém, não se pense com isto, como aconteceu em 1998, que uma pessoa vai ter obrigatoriamente de se deslocar ao hospital que esteja inserido na sua região. Nesse caso, cada pessoa se deslocará ao hospital mais próximo, mesmo que este esteja fora da sua região. Tudo isto, combinado com uma profunda reestruturação da administração pública, levaria a uma gestão optimizada dos recursos humanos já existentes: dar-se-ia uma reorganização das funções do pessoal existente, e nunca o aumento do número de funcionários públicos, sendo por isso o custo de funcionamento das regiões muito reduzido. Só para dar um exemplo, só no sector da educação, reduzir-se-iam o número de organismos (Centros de Área Educativa e Direcções Regionais de Educação), a nível de Portugal Continental, dos cerca de 35 existentes, para os futuros 7.

Poupança de Recursos Financeiros- Com a criação de regiões homogéneas no seu seio, sem contrastes de maior entre as diferentes áreas regionais, bastaria a existência das regiões por si só, para, numa acção combinada com os órgãos de poder local e central (triologia Estado-Regiões-Municípios), permitir a articulação entre os três poderes, e a adopção de medidas de real impacto na vida das populações e das empresas de cada região. Deste modo, evitar-se-ia a criação de órgãos associativos, que actualmente representam custos de funcionamento elevados, bastante superiores àquilo que as futuras regiões custarão aos cofres do Estado. Assim, a extinção de organismos como Comunidades Urbanas, Comunidades Intermunicipais, Associações de Municípios, e os próprios NUT III, permitiria o corte de verbas bastante elevadas de despesas desnecessárias, e de jogos e guerras políticas actualmente existentes dentro destes organismos, que são extremamente nocivos para o nosso país.

Afinidade com as populações- As 7 regiões, por partirem das Províncias Tradicionais Portuguesas, estão já entrosadas no quotidiano dos portugueses, e o seu funcionamento não será difícil de compreender para as populações. Assim, e ao contrário do que tem sido dito, este modelo é relativamente consensual (se for bem explicado) entre os cidadãos fora das esferas política de Lisboa e do Porto. Este modelo é, assim, mais susceptível de ser aprovado em caso de referendo.

Espero ter explicado, de forma sucinta, o modelo das 7 Regiões, e as vantagens da sua implementação no presente e no futuro do nosso país. Proximamente, irei efectuar uma apresentação mais aprofundada de cada uma das 7 Regiões do território continental português.

Afonso Miguel

Comentários

Parabéns. É um trabalho muito interessante e uma boa base de trabalho. Já estou a ver os centralistas de cabelos em pé. Esperemos pelos comentários.
Este comentário foi removido pelo autor.
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Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Já é do domínio público, em termos deste blogue, que as opiniões formuladas pelo signatário não são favoráveis aos critérios estatísticos de organização política baseados nas NUT III, mas nas condições antropológico-geográficas das regiões indicadas neste excelente post.
Por isso os mapas indicados deverão ser ajustados geograficamente pelos critérios que sempre garantiram a homogeneidade que se pretende para as 7 Regiões Autónomas, incidindo sobre a Região Autónoma de Trás-os-Montes, a Região Autónoma de Entre Douro e Minho (ajustamentos ligeiros), Região Autónoma da Beira Interior (não pode ficar tão cortada no seu território), Região Autónoma da Beira Litoral (não é aconselhável que penetre tanto no interior) e Região Autónoma da Estremadura e Ribatejo (não é recomendável a entrada excessiva no interior alentejano).
Por tudo, é que se insiste na organização territorial decorrente das 11 Províncias, Regiões Históricas ou Naturais, as quais só podem dar lugar às 7 Regiões Autónomas desvinculadas territorialmente na sua organização dos critérios de base estatística, a única forma de proporcionar uma HOMOGENEIDADE ANTROPOLÓGICA, HISTÓRICA E GEOGRÁFICA ESSENCIAL AO DESENVOLVIMENTO.
Uma regionalização baseada nos critérios de base estatística só poderá conduzir ao fracasso, mesmo com 7 Regiões, as quais nunca serão autónomas mas simplesmente administrativas como continuidade do actual sistema de governação centralizado e centralizador e opositor ao desenvolvimento.
Se pretenderem conhecer a afectação dos municípios a cada das futuras Regiões Autónomas, posso indicar um estudo residente no "site" da Ordem dos Economistas com o seguinte título:
"As Regiões Autónomas: o regresso às origens como condição de desenvolvimento".
Regresso às ORIGENS (mobilizadoras) não significa predominância estatística e administrativa.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Pois. Eu só acredito na regionalização e descentralização do grande timoneiro. E este é pela regionalização centrada nas CINCO regiões plano.
Assim seja.
Anónimo disse…
Este trabalho tem erros.
A população da Madeira e dos Açores... não está certa. Nem perto.
Caro anónimo:

Este trabalho tem uma base. Tudo o que está ali escrito baseia-se em dados. E eu não invento dados. A população da Madeira e dos Açores, bem como das restantes 7 Regiões de Portugal, são dados provenientes do Instituto Nacional de Estatística, referentes ao Anuário de 2007. Seriedade e rigor acima de tudo.

Recomendo que dê uma vista de olhos a este site:

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0000611&Contexto=pi&selTab=tab0
População dos Açores pelo último Censos de 2001: 241 763.
Fronteiras disse…
Concordo basicamente com a proposta. Achei-a muito interessante, se bem, o facto de a proposta estar baseada na actual organização das NUTS III pode fazer com que algumas divisões sejam um bocado artificiais. No entanto, como ponto de partida e como modelo para discussão, acho-a óptima.

Simplesmente gostaria de fazer uma pequena observação: nas cidades do Alentejo, Elvas tem muita mais população do que Sines, que é mais ou menos a mesma que tem Portalegre ou pode ser que até mais, visto que também houve nos últimos anos um acréscimo devido, entre outras coisas, aos espanhóis que decidiram lá morar. Isto sem, é claro, tirar o facto da importância de Sines como pólo económico, que nunca quis pôr em causa.
Embora este modelo de regionalização aqui apresentado pelo Afonso Miguel, seja perfeitamente exequível, o que é certo e já decidido, é que o modelo a referendar será assente nas 5 regiões administrativas.

Só com o tempo e provada as qualidades e virtuosismo da regionalização, é que esta poderá evoluir para outros patamares, quer políticos quer territoriais
Caro gaiato alentejano:

Desde já apresento as minhas desculpas por não ter apresentado a cidade de Elvas. De facto, tem toda a razão quando diz que Elvas é um dos pólos principais do Alentejo.

Caro António Almeida Felizes:

Está decidido porquê? Porque Sócrates o diz? Mas vivemos numa monarquia feudal ou quê? O aeroporto também era para ser feito na Ota até que se chegou à conclusão que isso estava errado. A Regionalização é importante demais para andarmos a brincar com ela. E uma regionalização sob as 5 regiões-plano é claramente uma solução estúpida, caciquista, insuficiente e mal-feita. É preciso fazer estudos comparativos entre os vários modelos antes de atirarmos "postas de pescada" cá para fora, sem fundamento. E os estudos vão concerteza confirmar as virtudes das 7 Regiões. E não adianta "abafar" esta proposta. Ela vai ser discutida, apresentada e ouvida. Mais: quando se partir para uma discussão efectiva sobre as Regiões, vai ver se não virão as populações do Alto Minho, de Trás-os-Montes e da Beira Interior dizer que as 5 regiões plano são mais do mesmo? Claro que sim! Consegue ser um modelo ainda pior do que o das 8 regiões (que só pecava por ter lá a região de Lisboa e Setúbal). Os Minhotos, mais os Transmontanos, mais os Beirões do Interior e os Lisboetas, todos em princípio contra esta regionalização, já fazem mais de 50% dos votos. Não se esqueça disso.
Caro Gaiato Alentejano:

Acabei por não completar o meu raciocínio no comentário anterior. A base deste modelo não são as NUT III, são, isso sim, as Províncias Tradicionais Portuguesas, com que todos nos identificamos desde sempre. As NUT III aparecem apenas como ponto de orientação, sendo que os limites de cada região têm que ser sempre muito bem discutidos, caso a caso, concelho a concelho, com a participação activa das populações. Não podemos é cair no erro de deixar reinar a desinformação, como algumas pessoas quiseram que acontecesse em 1998
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
(Em especial, Caro Afonso Miguel),

Assim já está melhor; deitemos as NUT III às urtigas, para poderem descansar em paz e cheias de comichões - não é comissões).
No entanto, o seu mapa precisa de alguns mas ligeiros ajustamentos "histórico-geográficos" em algumas das 7 Regiões que só poderão ser AUTÓNOMAS, de acordo com os critérios e factores históricos, geográficos, antropológicos e culturais aqui paulatina e exaustivamente alinhados, em prol do DESENVOLVIMENTO e da MATURIDADE da economia portuguesa (ver o tal trabalho residente no site da Ordem dos Economistas: As Regiões Autónomas (O REGRESSO ÀS ORIGENS COMO CONDIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO).
Como admirador do transporte ferroviário, lamento que na problemática do DESENVOLVIMENTO (a regionalização só deve servir este objectivo político), a espreitadela ao fundo túnel só mostre a do comboio que nem sempre é o ALFA (mas dispensa-se o TGV).
O que é preciso é mais política estruturada e estrutural e menos cortesanice.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Peço desculpa pelos erros de digitalização das letras em agumas palavras, devido à velocidade da escrita e uma falta de revisão de texto.
Anónimo disse…
Eu gostaria de adaptar este texto para o usar, a título de exemplo, na promoção do debate massificado deste modelo. Penso que é um texto acessível e de fácil compreensão. Ideal para propaganda.
Parabéns!
Anónimo disse…
Eu gostaria de adaptar este texto para o usar, a título de exemplo, na promoção do debate massificado deste modelo. Penso que é um texto acessível e de fácil compreensão. Ideal para propaganda.
Parabéns!
Caro Afonso Miguel,

O modelo apresentado por Sócrates também não corresponde àquele, que eu entendo, que poderia servir melhor os interesses do país.

Mas temos que ser realistas. A moção que José Sócrates irá levar ao Congresso dos Socialistas para ser ratificada pelas bases do partido contempla, no que toca à Regionalização, as 5 regiões administrativas e o referendo.

Este é já um modelo quase consensual ao nível das direcções distritais e nacional do PS e é,também, o modelo defendido pelos sectores regionalistas do PSD. Também o PC, logo que mantenha o Alentejo unido, não se oporá.

Sabendo-se, ainda, a enorme divergência existente, entre as pessoas, sobre as variadíssimas delimitações territoriais possíveis, muito dificilmente, nesta fase inicial, o modelo das 5 regiões será alterado.

Cumprimentos,
Anónimo disse…
Caro António Felizes,

Actuar de acordo com uma perspectiva realista, é sempre importante e determinante para evitar aventureirismos que, em política, saem tremendamente caros.
Mas existe uma outra interpretação ao vincular-se o realismo das actuações à forma ou método de tudo alterar pata que esse tudo fique ainda mais na mesma, prática esta em que nós, portugueses, somos exímios mas que não deixa de imprimir também custos elevadíssimos se atendermos a uma perspectiva política de longo prazo. No caso do nosso País, os resultados deste tipo de comportamento político, adiando sempre a resolução dos problemas essenciais por falta de visão política e de determinação (entre outras fraquezas), estão visiveis à vista desarmada mesmo descontados os efeitos da actual crise de valores e comportamentos condenáveis com consequências financeiras, económicas e sociais, entre outras mais, de grande profundidade e dimensão.
Tudo isto para referir que a problemática da regionalização é uma que endereçará este tipo de consequências se não for tomada a decisão política acertada em função das exigências de desenvolvimento.
Ninguém se iluda com o que está decidido (as 5 Regiões Admnistrativas), o que está em causa, no nosso País (não é aceitável que outros compatriotas referiram "Portugal" quando parece que têm vergonha de referir "o nosso País" quando se dirigem a outros compatriotas) é a sua soberania e sobrevivência como sociedadde culturalmente distinta e distintiva das sociedades de outros Países que não hesitam em tomar as decisões políticas adequadas à gravidade e à importância e exigência dos problemas a resolver, em cada momento decisivo e histórico.
No nosso País, parece não existir sentido histórico nas decisões políticas que o exigem para se poderem ultrapassar as limitações ancestrais à realização do desenvolvimento da sociedade, à afirmação da cultura e das tradições do nosso País, ao aprofundamento e consolidação de políticas de cooperação internacional e de afirmação categórica da política externa e, finalmente, à entrada definitiva no conjunto dos Países evoluidos, intervenientes, desejáveis, reclamados e imprescindíveis à cooperação e posicionamento internacionais, especialmente no quadro da União (Económica) Europeia (ainda, lamentavelmente, não política, com os resultados conhecidos).
Por isso, realismo exigente, determinante, responsável, responsabilizador, frontal, estrutural, meritocrático, histórico para as decisões políticas, sempre (mas não é o que se verifica). A decisão (pelos vistos, já tomada sem qualquer possibilidade de discussão ou recurso) "definitiva" e favorável à versão das 5 Regiões Administrativas, pelo seu conteúdo, instrumentos e objectivos, em nada respeitarão o que se desenvolveu antes.
É pena e não prenuncia nada de bom nem de politicamnete responsável para assegurar o desenvolvimento da nossa sociedade.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Caro anónimo das 04:11:

Pode usar o texto à vontade. O que interessa é que as pessoas sejam esclarecidas. Desde que a autoria seja preservada, é óptimo que este texto circule pelo máximo de pessoas possível. Para que todos percebam e apoiem a Regionalização.
Fronteiras disse…
Obrigado pelas suas observações, Sr. Miguel. Talvez tenha entendido male em relação às NUTS III. Se for assim, com base nas províncias tradicionais, então, concordo mais ainda com a proposta.

De facto, para o Alentejo, as coisas estão muito claras.

Obrigado pelos esclarecimentos.
Anónimo disse…
Parabéns pelo site e pela explicação, pois eu não me lembro do ultimo referendo até porque nao tinha idade para pensar nestas coisas. No entanto considero que até poderia ser uma boa mudança para o nosso país. Se isto passar passaria a pertencer à região autonoma da Estremadura e Ribatejo. Nao concordo quando referem Tomar como um dos principais polos. Penso que neste momento em termos de Desenvolvimento as cidades de Torres Novas e Entroncamento estão a desenvolver-se a um ritmo acelaradissimo comparando com Tomar. Aconselho para que nao conheça as duas cidades a uma visita. Ambas estao actualmente praticamente coladas e estao bastante bem mais dotadas de equipamentos que Tomar.
Nao descardo a importancia de Tomar mas apenas por ser um ponto turistico relevante no nosso distrito. Mas enquanto polo podemos sim considerar Torres Novas ou o Entroncamento.
Sou sim a favor desta mudança. Venha o referendo.
Caro Fábio:

As questões dos "pólos" são meramente informativas. O que importa explicar, aqui, é a formatação de cada região e o mapa das 7 regiões. No caso da Estremadura e Ribatejo, na zona de Tomar, há efectivamente o "triângulo Abrantes-Torres Novas-Entroncamento-Tomar" como importante pólo industrial e de serviços, de importância inegável para toda a região.
Pena é que o sr. Sócrates não entenda isto, e continue teimosamente a apostar num modelo que não tem futuro, o das 5 regiões plano, que vai deixar quase tudo na mesma
Anónimo disse…
Concordo com aregionalização se ele for feita no mapa das 7, 8 ou 10 regiões.

no mapa das 5 sou fronetalmente contra, isso seria criar novos centralismos e lançar o pais no caos numa guerra norte sul.

cumprimentos.
Anónimo disse…
Concordo com aregionalização se ele for feita no mapa das 7, 8 ou 10 regiões.

no mapa das 5 sou fronetalmente contra, isso seria criar novos centralismos e lançar o pais no caos numa guerra norte sul.

cumprimentos.
silva disse…
Mapa das 7 ou ( sim, mapa das 5 nem pensar. Porque isso é um mapa iberista que visa destabilizar e balcanizar portugal e enfiar-nos numa federação com sede em madrid.

para alem disso, depois de me ter apercebido que certos indiduos andam para ai an ablogosfera afazer campanha separatista com base no mapa das 5 regiões, a falar de galecias e afins, então é que sou contra o mapa das 5 regiões de vez.

Seria a destruição do pais.

No mapa das 7 regiões parece-me bem.