Regionalização na gaveta

Para que não restem dúvidas...

Programa do Governo do PS para 2009-2013 mete de novo a "Regionalização" na gaveta.

Página 89:

"Entre 2009 e 2013 importa consolidar a coordenação territorial das políticas públicas como processo preliminar gerador de consensos alargados em torno do processo de regionalização"

E nem mais uma palavra sobre a Regionalização. Que é isto senão a repetição da mesma pastilha de 2005, ou seja da não-regionalização, quando Sócrates se comprometeu, tanto em 2005, como na sua campanha interna de 2008, à frente dos nossos olhos, em avançar no próximo mandato (2009-2013 supostamente) com a regionalização que, do seu ponto de vista, teria de ser através de um referendo?

O que nos diz agora o programa para 2009-2013 é o mesmo que dizia para 2005-2009, coordenação territorial que aliás só foi feita muito pontual e marginalmente, como toda a gente sabe, além da regionalização já feita, desde há muito, em sectores como a educação e saúde, mas sem legitimidade política nem competências.

Nós não falamos de consolidações de coordenações territoriais com base nas regiões-plano, o que não é mais do que um verbo de encher, nós falamos é da regionalização do país, com juntas regionais eleitas democraticamente e com legitimidade política, para imporem as políticas regionais e para serem verdadeiramente uma dimensão regional da governação com legitimidade própria, como em toda a Europa.

Nós falamos de se fazer a regionalização seja com referendo ou sem referendo, que aí as opiniões dividem-se.

Até porque ela é mais necessária do que nunca para o país e em particular para o Norte. Será preciso explicar estas coisas a socialistas do Porto que tiveram sempre a R. como bandeira ? (P.B.)

PEDRO BAPTISTA

Comentários

Anónimo disse…
Eu proponho duas regiões autonomas.
Uma seria contituida pela região do grande Porto em conjunto com a da grande Lisboa.(Os que mamam)
A outra pelo resto do país.(Os que trabalham)
Anónimo disse…
Caro Anónimo,

Mas essas regiões já existem e nem precisam de ser autónomas, felizmente, para atingir os seus objectivos mamários.
Como é da praxe, uns mamam mais que outros, para não desfigurar a sua linguagem.
Tudo isto é como a igualdade; somos todos iguais, até perante a lei, mas há uns mais iguais que outros, sem se poder caracterizar o critério diferenciador.
Veja então que o Senhor Pedro Baptista vaticina que "até ela é mais necessária do que nunca para o País e em particular para o Norte". Está a ver, não somos todos os iguais?

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA (sempre com ponto final
Anónimo disse…
Medo dos referendos, é ter medo da voz dos portugueses.
Os regionalistas deveriam preocupar-se como irá ser feito o referendo, seja bem clara a pergunta e não misturem vários referendos num só.
Há 50 anos que os portugueses esperam pelo restabelecimento do poder regional.
Pedro Baptista disse…
A queda do Norte, além de queda do Norte é a queda das exportações do país e da sua economia. Mas tem um incidência negativa maior sobre si mesma, onde o desemprego e a crise social é mais profunda. A R. é mais importante para o Norte do que para quem vive apenas da capitalidade administrativa. Onde está a incoerência ou a incongruência?
Anónimo disse…
Caro Pedro Baptista,

Aquilo a que chamam Região Norte não é só economia e, dentro desta, as exportações.
A chamada Região Norte é formada por duas Regiões, futuramente Autónomas, quer queiram quer não os políticos-de-turno da nossa praça: A Região Autónoma de Entre Douro e Minho e a Região Autónoma de Trás-os-Montes e do Alto Douro.
No entanto, deveremos estar todos cientes que enquanto o primado anacrónico da economia se sobrepuser ao da política, continuaremos com políticos mais mandatários dos interesses económicos do que com políticos defensores de altos desígnios nacionais como: SOBERANIA, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL, CONHECIMENTO E TECNOLOGIA e EQUILÍBRIO SOCIAL que nem nos próximos programas eleitorais alguém se lembrou de enunciar e fixar os correspondentes objectivos (onde queremos chegar) e meios para os atingir.
Enquanto assim continuarmos politicamente, não haverá programa eleitoral que nos salve da miséria económica, social e cultural; não haverá programa eleitoral que impeça futuramente até os mais altos dignitários políticos de emigrar porque não conseguem "fazer farinha" da nossa sociedade; não haverá programa eleitoral que nos valha relativamente à implementação da regionalização como instrumento privilegiado (e último) de desenvolvimento e actuado por novos protagonistas políticos ou de políticos de nova geração (não significa que sejam novos na idade).
Os actuais políticos em funções, governamentais ou partidários, teimam em adoptar soluções esgotadas em todo os sentido político, dando a impressão que não sabem (ou não querem) inovar as soluções políticas, enquanto outros só pensam em dizer mal do que se faz ou tem feito (não têm outro discurso) sem apresentar soluções genuinamente políticas de desenvolvimento e, o mais grave de tudo, é que ainda o CONFESSAM PUBLICAMENTE como uma atitude séria e adequada de intervenção política e de esclarecimento da população eleitora.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Não exportam porque não produzem. Não produzem porque não trabalham. Vivem à sombra da CGTP, que só produz miséria, tal como em Cuba e na Coreia do Norte. O Norte de Portugal tem que voltar a trabalhar, para exportar, para viver bem...