Regionalização: CDS/PP

Regionalização: CDS/PP inclui tema no programa eleitoral

O Movimento Cívico “Regiões, Sim!” manifesta-se satisfeito a com a posição do CDS/PP quanto à inclusão da Regionalização no seu programa eleitoral, após reunião entre as duas partes.

O movimento fechou o ciclo de reuniões com os vários partidos políticos no sentido de os sensibilizar para a matéria. Na última reunião, em representação do CDS/PP esteve o deputado Abel Baptista.

“Abel Baptista manifestou-se um fervoroso adepto da Regionalização, afirmou que «um elevado número de altos dirigentes têm hoje uma posição bastante pró-regionalização»”, salienta fonte do movimento “Regiões, sim!”.

O deputado dos democratas-cristãos recordou ainda “que a própria declaração de princípios do partido vai nesse sentido”, tendo declarado que “o programa eleitoral do CDS-PP não vai deixar de ter uma posição sobre o assunto”.

“O que correu pior no referendo de 1998, foi o mapa das regiões”, disse Abel Baptista, mas que “hoje essa questão é consensual em torno das cinco regiões”, e que “a desconcentração encetada pelo Governo socialista carece de legitimidade popular”, defendendo, “a realização de uma nova consulta popular

O presidente do movimento cívico, Mendes Bota congratulou-se com estas posições.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Ainda bem que se verifica uma mudança mais ou menos intensiva de muitos dirigentes políticos que há 11 anos fizeram o favor de inviabilizar a regionalização (mesmo administrativa) e, com isso, atrasar o desenvolvimento da nossa sociedade (crescimento já não chega).
No entanto, seria bom que tal "reviravolta" nas suas opiniões contribuisse agora para as clarificar melhor em direcção à regionalização autonómica, sem se justificarem da forma pouco ortodoxa (isto é, pouco objectiva) como o fizeram no 1º. referendo sobre tão importante matéria política.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Paulo Rocha disse…
Entendo o estabelecimento de regiões autónomas no território do continente como uma fase posterior do processo administrativo da regionalização.
Anónimo disse…
Caro Paulo Rocha,

O seu entendimento sobre a regionalização estaria correcto se não tivéssemos andado a meter a cabeça na areia, desde há 32 anos a esta parte.
Quanto mais tempo decorrer sem uma decisão estrutural, isto é autosustentada e de longo prazo, mais difícil e penoso se tornará todo este processo político rumo ao desenvolvimento.
Persistem ainda na forma de se pensar a regionalziação mais critérios conjunturais ou de curto prazo do que factores autosustentados de desenvolvimento em todos os domínios da política e da sociedade portuguesas.
Os opositores às teses de autonomia regional, política e nunca administrativa, poderão convencer-se que ficaria bastante agradado se pudesse concordar objectivamente com os pontos de vista que aqui têm exposto, mas em termos de consciência política tal não será possível, razão pela qual lamento bastante.
Mas o que está em causa é não só politicamente impostante como de contornos bastantes graves se não se enveredar por uma política avançada de regionalização autonómica com rumo definitivo ao desenvolvimento.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Rui Valente disse…
Invejo tanta crendice,pelos vistos, ainda há quem acredite no pai Natal.

Quantos quartos de século dura essa fé no que dizem os partidos antes das eleições?
Caro Rui Valente,

Pessoalmente, também não acredito que o CDS inverta, em tão curto espaço tempo, a sua posição anti-regionalista tantas vezes evocada pelo seu líder Paulo Portas.

Manuela Ferreira Leite é também uma anti-regionalista militante.

O próprio PS que andou, nos últimos tempos, a falar tanto em Regionalização reservou, no seu novo programa de governo, um singelo parágrafo a esta importante reforma político-administrativa.

Cumprimentos,
Rui Farinas disse…
Claro que não vai haver regionalização nenhuma,deixemo-nos de fantasias. Os políticos e as suas associações profissionais de classe -os partidos - não querem e ...ponto final. Entretanto gostaria de saber com que bases se afirma que está estabelecido um consenso acerca das cinco Regiões.Cumprimentos.
Anónimo disse…
Caros Rui,

Não se trata de crendice nem de consenso, mas de necessidade premente que, face às características dos nossos políticos-de-turno, só lá vai com muita luta política e intervenções de fundo de quem conheça com objectividade os problemas de desenvolvimento que enfrentamos há décadas.
No espectro político nacional, ninguém está inclinado para implementar a regionalização que vise objectivos de desenvolvimento equilibrado e autosustentado. A má consciência política só poderá conduzir à inscrição nos programas eleitorais (não políticos) de algumas linhas de "orientação" muito geral para não implicar compromissos excessivos.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - No entanto, os empata-regionalização (calro que há empatas de todo o tipo) nem sequer descortinam o que os espera daqui a alguma(s) legislatura(s) e é pena.