Dívidas - região de Lisboa lidera

Lisboa concentra empresas e clientes com maior incumprimento de pagamentos

As empresas e os consumidores da região de Lisboa são os que menos cumprem os pagamentos. Do outro lado da balança, estão os da região Centro, que registam as menores taxas de incumprimento, revela a Intrum Justitia, empresa de serviços de gestão de cobranças, no estudo "7 Famílias Perfil de Clientes Incumpridores" apresentado hoje.

Do total de consumidores com incumprimentos em Portugal, a grande fatia (46%) reside na região de Lisboa, onde vive 24% da população total. No outro extremo, com apenas 13% de incumpridores, aparece a região Centro, que concentra 28% da população do País.

As empresas registam um comportamento análogo em termos geográficos. Na região de Lisboa, onde se encontram 32% das empresas existentes em Portugal, concentram-se 39% dos incumprimentos totais do país. Na região Centro, onde estão localizadas 23% das companhias, apenas 18% apresenta incumprimentos.

Consumidores são “sinceros”, empresas revelam-se “selectivas”

O estudo da Intrum Justitia, que divide os incumpridores em sete perfis diferentes, conclui que a maior fatia (22%) dos consumidores devedores são “Sinceros”: O consumidor não tem conhecimento do valor pendente ou existe um desacordo entre as partes sobre o valor a liquidar. A disputa pode referir-se a um produto não recepcionado, a não satisfação com o serviço, um desconto não aplicado, existência de uma não conformidade com o produto ou um erro de facturação.

Seguem-se os devedores “Selectivos” (18%), aqueles que definem prioridades para o cumprimento das suas obrigações, e os “Insolventes” (16%), sem capacidade financeira para fazer face aos pagamentos ou em situação de sobreendividamento.

Se a grande parte dos consumidores devedores encaixa na categoria de “Sinceros”, já a maior fatia das empresas incumpridoras (25%) revela-se “Selectiva”. Seguem-se as empresas “Insolventes” (17%) e as “Sinceras” (16%).

|Jornal Negócios|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Fiz carreira de militar miliciano no Serviço de Administração Militar, num tempo em que o primado da política se erguia sobre a relação dos intereses limitados da economia, sempre a favor no que podia de algum desenvolvimento sustentado e equilibrado, apesar de tudo.
Depois dos dias de instrução, seguia-se as facilidades nocturnas dos jantares colectivos e de alguma diversão sempre limiatda pelo toque a recolher.
Numa dessas saídas, os naturais do Porto foram solicitados para serem acompanhados por um dos militares oriundos da capital quando se mostra a necessidade do jantar num dos restaurantes então mais típicos situados na Baixa Lisboeta. Quando chegou o momento do seu pagamento, o bolso das calças do nosso colega lisboeta era muitíssimo mais fundo que os nossos e acabou por não encontrar o dinheiro para pagar a sua conta do jantar que, como sabem, por cá é sempre`"à moda do Porto".
Dividida a conta por (n-1), lá nos despachamos para a Escola Prática de Administração Militar depois de avisar o -1 que se livrasse de nos propôr novo acompanhamento em semelhantes andanças gastronómicas no seio da cidade-capital.
Até hoje.
Esta história é apenas um exemplo sem qualquer intenção de generalização nem prejuízo para as conclusões gerais do estudo realizado e aqui apresentado.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)