Norte ... de um país adiado

MÁRIO DORMINSKY
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GP|


Norte. Ou desnorte, como titulava o Jornal de Notícias, num seu trabalho de fundo publicado recentemente.

A crise – que é internacional, todos sabemos – afecta mais uns que outros. É, ironicamente, pouco democrática na sua “descentralização”. Que é como quem diz, afecta sempre as regiões mais desfavorecidas, realçando isso mesmo: as assimetrias socioeconómicas, as que transformaram o Norte português na terceira região mais pobre da Europa, o tal continente de Primeiro Mundo.

Fico, por isso, estarrecido ao ver o Governo mandar “para canto” a Regionalização, alegando necessidade de um entendimento generalizado entre as forças partidárias (e não existe já?) para a realização de um referendo à matéria.

Estarrecido e arrepiado, ouvindo algumas vozes nortenhas do partido do Governo “afinarem” pelo discurso centralista de S. Bento e do Largo do Rato, perdendo o seu fulgor e personalidade regionais, que tanto os distinguiam enquanto cidadãos “da terra”, gente que devia respeitar todos os que neles depositaram esperanças políticas.

No saco dessas esperanças seguia a vontade de regionalizar o País.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Como sabem, tenho gosto em comentar os textos aqui publicados. Mas relativamente a alguns a vontade é lamentá-los pela sua inutilidade e falta de imaginação, batendo dempre no mesmo conservadorismo de soluções.
Este é um deles.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Paulo Rocha disse…
Estou de acordo com o Anonimo pro-7RA, este texto não traz nada de novo à discussão e, até pelo contrário, é bastante redutor e faccioso.
Paulo Rocha disse…
Já assinei a petição contra o centralismo. Era o mínimo que podia fazer.