Lobby GAI

Director jornal diocesano defende para Bragança um estatuto idêntico ao da Madeira 

O director de um jornal de Bragança que já sugeriu a criação de um lobby GAI (Gente Abandonada à Interioridade) defendeu para esta região um estatuto idêntico ao das regiões autónomas.

Num momento em que o país assiste à polémica em torno das Finanças Regionais, o padre Fernando Calado, director do Mensageiro de Bragança, gostaria que a região transmontana tivesse a mesma força e capacidade reivindicativa.

"Nós estamos como as regiões autónomas, tão isolados como elas e devíamos ser declarados com o mesmo estatuto, se isso implicasse maior investimento", defende.

O clérigo que dirige o jornal diocesano escreveu recentemente num editorial, em que se refere ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao abandono do interior: "Temos de aprender com o lobby Gay, que tantas conquistas tem conseguido e criar o nosso lobby GAI, Gente Abandonada à Interioridade, para ver se finalmente conseguimos que se inverta a discriminação, bem negativa, do Interior".

Segundo disse à Lusa, está a tentar reunir algumas pessoas para esta causa, mas afirma que "é muito complexo".

"Tem de se encontrar um grupo de pessoas independentes em relação às pressões políticas e de outra ordem. É muito difícil", afirmou.

O padre Fernando Calado defende que "tem de se encontrar uma perspectiva diferente para esta região em relação ao país" e, embora reconheça que "pode estar a haver investimento público em algumas infraestruturas, nomeadamente estradas considera insuficiente".

"Pode significar muito em termos per capita, mas continua a ser a região mais desertificada e empobrecida", disse.

Defende que, "para além da população se devia ter em conta o problema do território".

|LUSA|

Comentários

Anónimo disse…
Pena é que esse senhor nada mais faz que mandar bitaites. É um verdadeiro flope. Farta-se de ganhar dinheiro e ninguém lhe conhece qualquer trabalho...enfim, haja paciência...vejam o jornal que ele dirige, ou diz que dirige porque lá ninguém o vê....
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Cada cabeça, sua sentença.
Neste caso, a representação de um desejo limitado e egoísta de ver as soluções para os problemas de interioridade. Mas estes problemas não são exclusivo de Bragança, mas de muitos outros distritos do nosso País, de Norte a Sul, razão pela qual só poderão ser solucionados no quadro da implantação da regionalização, nunca administrativa mas sempre autonómica.
Apareceu mais uma vez uma proposta divisionária, olhando apenas para o seu próprio umbigo, como outras do mesmo tipo tem por aqui aparecido e ainda aparecerão no futuro, representativas da forma egoista e egocêntrica como certos estractos da população portuguesa ainda vê a resolução dos seus problemas: o espírito de classe, de seita ou corporativista, neste caso geográfica, reduzido ao Distrito de Bragança, um dos mais ostracizados do nosso País, pela classe política, mesmo pela que dele é originária.
E, com isto, o que que é que se pode fazer? Tudo e nada.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Paulo Rocha disse…
Não conheço este Senhor Padre nem o seu trabalho. Todavia e apesar de uma visão algo paroquial dos problemas da interioridade, não deixa de nos dizer, aqui, algumas verdades.