PIDDAC irrisório para o distrito da Guarda

6 milhões e 958 mil euros foi o valor atribuído ao Distrito da Guarda através do PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para 2010, sendo a verba mais reduzida dos últimos anos.

O concelho de Gouveia lidera a tabela, com mais de 3 milhões e 700 mil euros, seguido de Foz-Côa com 2 milhões e meio, e em terceiro está a Guarda com 232 mil 921 euros.

De fora ficaram Aguiar da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Trancoso, que nem constam dos quadros de 2010 por não terem qualquer verba inscrita.

Com dotações inferiores a 100 mil euros estão Almeida (70 mil) e Seia (26,5 mil), enquanto Celorico da Beira, Manteigas e Pinhel têm verbas irrisórias. Os dois primeiros municípios terão a direito a mil euros cada e a “cidade-falcão” dois mil.

Em termos globais, o Orçamento de Estado prevê ainda transferir mais de 105 milhões para as 14 Câmaras do distrito, sendo o município da Guarda o que mais recebe (14 milhões). No fundo da tabela estão Fornos e Manteigas, que terão direito a quatro milhões de euros do Fundo de Equilíbrio Financeiro, do Fundo Social Municipal e de parte dos impostos ali cobrados.

Apesar do valor das verbas ser baixo, há concelhos no distrito que tiveram direito a uma fatia bastante reduzida, como é o caso de Fornos de Algodres que vai receber pouco mais de 200 mil euros.

Os casos mais caricatos são os de Pinhel, que vai receber do PIDAC, apenas 2000 euros. Ainda menos sorte têm os concelhos de Celorico da Beira e Manteigas que contemplam 1000 euros cada.

Confrontado com este valor, o presidente da Câmara de Manteigas, Esmeraldo Carvalhinho, não escondeu a revolta dizendo que 1000 euros não chegam sequer para “mandar cantar um cego”.

Contudo o autarca ainda está esperançado num reforço de verbas para que seja possível a construção da Biblioteca Municipal.

Esmeraldo Carvalhinho, presidente da Câmara de Manteigas, considera irrisória a verba de 1000 euros do PIDAC para 2010 que foi atribuída ao município.

Também o deputado do PSD na Assembleia da República, Carlos Peixoto, sublinhou que o governo continua a discriminar o distrito da Guarda.

Já o deputado socialista, José Albano Marques, considerou que o PIDAC está ultrapassado e que os autarcas têm outras formas de fazer investimento público, contudo, admite que houve uma grande redução nos valores em comparação a anos anteriores.

Na resposta, o presidente da Câmara de Manteigas não poupou criticas aos líderes que representam o distrito no poder central, considerando que se esquecem dos autarcas.


Rádio Fronteira (Vilar Formoso, Beira Interior)

Comentários

Anónimo disse…
E se falasse do cancelamento da concessão da Serra da Estrela?
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Coitado do PIDAC!
Seria muito mais eficaz encerrá-lo de vez, por ofender toda a lógica de decisão dos investimentos ao nível do território nacional.
Depois, é muito mais proveitoso, do ponto de vista económico, social e regional, reduzir ao número de programas de intervenção estatal em todos os domínios e distribuí-los pelas regiões que se espera vir a implementar e, neste caso, a configuração das Regiões Autónomas.
Agora, ter um Gabinete no Terreiro do Paço a programar os investimentos a realizar em Bragança, Mogadouro, Trancoso, Pinhel, Vial Nova de Foz Coa, Almancil, Tavira ou Beja, para além de incompetência é de muito mau gosto e desrespeitoso das populações das Regiões indicadas acima. Como se diz na minha terra: "Estão a gozar de fininho". Em verdadeiro calão não poderei nem deverei escrever aqui, obviamente.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)