França - eleições para as Regiões

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A esquerda concorrerá unida à segunda volta em 18 das 22 regiões continentais francesas, no próximo domingo. A UMP pode conservar a Alsácia e, no máximo, duas outras regiões, mas o PS está bem colocado para igualar o resultado de 2004: a conquista de 20 regiões continentais.

Com a união entre socialistas, ecologistas e frente de esquerda a somar 47%, o bloco da oposição vai aumentar o número de eleitos nas assembleias regionais. A ideia é criar uma rampa de lançamento para o êxito de uma campanha presidencial socialista. Estas eleições regionais podem reforçar as hipóteses da actual líder do PS, Martine Aubry, considerada pouco carismática, mas competente e eficaz.

A esquerda tem os seus próprios problemas, nomeadamente uma crise numa das regiões, o Languedoc, onde o presidente Georges Frêches foi expulso do PS após uma tirada que a direcção do partido considerou anti-semita. O antigo dirigente socialista ficou em primeiro lugar e a candidata do PS não passou à segunda volta.

Agora, os socialistas dão apoio relutante ao independente de esquerda. Aubry limitou-se a recomendar um voto que "bata a direita", o que praticamente garante a reeleição de Frêches, mas está longe de ser um apoio explícito. Também não foi possível fazer o pleno das alianças de esquerda.

Há outras incógnitas na segunda volta: por exemplo, o comportamento do eleitorado da Frente Nacional, de extrema-direita; os centristas de François Bayrou, que foram derrotados, também não entram nas alianças. Ao todo, 15% dos votos que podem ir para a abstenção.

A confirmar-se a tendência para uma forte derrota da direita, as regionais podem influenciar os próximos meses na política francesa. Sarkozy deverá reforçar a influência de Fillon e tentará, com toda a probabilidade, moderar as reformas económicas mais duras.

|DN|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Sinto uma amargura enorme, não pelo Marselha ter hoje perdido com o meu querido Benfica, mas pela retalhadura em que a França caiu depois de implementada a regionalização baseada numa autonómica e irresponsável descentralização política que só lhe trouxe imensa desgraça e desmotivação, muito maior que os milhões e milhões e milhões de euros provocados pela crise financeira em curso dantesco. Em resumo: UM DESASTRE, depois de o actual Presidente francês, ao perder as eleições, começar a pôr em causa o modelo de desenvolvimento político regional e colocar na ordem oa atrevidos e traidores que tão mal fizeram à Pátria Cultural da Europa.
Por outro lado, é confrangedor verificar as tentativas que os seus vizinhos, especialmente do lado monarquista Bourbon, para arrebanhar uma boa parte do território de França para o entregar, a Noroeste (Aquitaine), ao País Basco e, a Sudoeste (Roussillon), à Catalunha, com a preciosa ajuda dos muitos traidores franceses, já a caminho da prisão-hotel da Bastilha para um pequeno-almoço de trabalho antes de serem devidamente admoestados com a administração pescoçal da guilhotina, sempre eficaz e misericordiosa bem na linha das tradições cristãs deste Continente em evolução permanente.
O carracso escolhido para tal operação purificadora parece ser, nem mais nem menos, que outro receoso de idêntico destino de entrega incondicional e traiçoeira de todo o território luso aos nossos vizinhos espanhóis, mais conhecido pelo Torquemada Lusitano, também sportinguista de gema (é o que diz) e lídimo defensor da linguagem popular mais distinta e apurada da nossa praça e que lhe tem valido umas retiradas estratégicas por inciativa de quem não tem a mínima ideia nem valor das paixões patrióticas deste século.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)