Regionalização Solidária

Há quem seja a favor e quem esteja contra a Regionalização. Como acontece muitas vezes, há boas razões de uns e outros.

O que está em causa é a criação de áreas geográficas dotadas de autonomia administrativa relativa.

Acontece que nem todos têm a mesma perspectiva do que seja a regionalização. Senão vejamos: se para uns é o melhor sistema de organizar e gerir o País, tornando-o mais participado, justo e desenvolvido, para outros é apenas pretexto para fazer prevalecer e valorizar interesses locais e alimentar caciquismos.

Ora, é precisamente esta última visão que deve ser combatida. O que se passa com a Região Autónoma da Madeira ilustra o que pretendo dizer: Porque o seu Presidente tem força reivindicativa (e não só), os sucessivos governos centrais têm pactuado com gastos e sucessivas transferências de verbas absolutamente desproporcionadas relativamente ao que recebem outras regiões do País bem mais carentes.

Felizmente, a Madeira é já hoje a segunda região mais rica de Portugal; é mesmo a única onde aumentou o rendimento por habitante.

Apesar disso, Alberto João Jardim, indiferente às dificuldades do País, continua insaciável nas exigências de mais verbas para a sua Madeira.

A verdade é que o dinheiro é pago por todos os portugueses, incluindo os que vivem nas regiões mais deprimidas, no pressuposto de que venha a ser aplicado com equidade. Infelizmente não é isso que se passa: no interior do território há regiões sistematicamente prejudicadas porque não usam os mesmos métodos reivindicativos da Madeira.

Nestas circunstâncias, é obrigação de qualquer Governo Nacional não ceder a oportunismos ou chantagens e praticar uma política justa e solidária.

Defendo a Regionalização neste contexto; serei sempre contra aqueles que se servem dela, insensíveis aos interesses do conjunto nacional.

|A.R|

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