Coesão nacional ?!

A população de Valença do Minho começou, hoje, a colocar bandeiras espanholas na cidade. Um pouco ao jeito da campanha de Scolari, no Euro 2004, se bem que agora, em cada janela, a bandeira das quinas tenha sido substituída pela castelhana. 
Este gesto simbólico e, de certo modo, anti-nacional (e de reconhecimento pelo franquear dos serviços de saúde de Tui aos portugueses de Valença) tem um significado: a inexistência de uma verdadeira política de desenvolvimento regional sustentado, conduz, inevitavelmente, à perda de sentido de identidade nacional. O centralismo acéfalo (neste caso – bem ou mal! –  identificado pelas populações como um poder político e um Estado surdos às suas pretensões e aos seus interesses), acaba por tornar numa mera ficção qualquer ideia de identidade e de coesão nacionais.
Por alguma razão é  que notamos mais vivas e entusiásticas as celebrações das festas e efemérides nacionais, nos países cujas respectivas organizações administrativas estão, efectivamente, descentralizadas. Quanto mais regionalizado é um Estado, mais sentido de pertença (coesão) nacional existe!
Em Portugal, não falta muito para que algumas zonas do país passem, definitivamente, a fronteira… Basta ver, às segundas feiras de manhã, os fluxos de trânsito no sentido Porto – Vigo (Galiza), na A 28…. uma das SCUT’s que, em breve, seráportajada.
|PMF - Blasfémias|

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