Regionalização? Para quê? Passemos ao estado seguinte!

Em Maio deste ano escrevi "Acredito, não gosto, preferia, não creio" a propósito da criação de um partido do Norte.
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Ao longo dos anos escrevemos neste blogue sobre a drenagem, sobre a sifonagem de recursos para o ecossistema lisboeta.
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É paradoxal, durante o dia visito, trabalho, respiro o ar de PMEs pujantes, cheias de trabalho, com planos de expansão, com falta de operários, gente que me fala ao almoço em visões do futuro. Ao final do dia entro no carro e ligo o rádio, ou chego a casa e oiço o noticiário nas TVs e é só: crise, devaneios, mentiras, anedotas, saque ao dinheiro dos outros, ...
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O anti-comuna e o José Silva apontam o caminho nos comentários a este postal no Blasfémias. O Norte tem de se livrar do cuco-lisboeta.
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Imaginemos o que seria um Norte independente com a sua economia virada para a exportação de bens à custa de PMEs que não precisam do Estado e livro do jugo, do saque, do atraso, do dreno imposto por Lisboa...


|Balanced Scorecard|
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Comentários

Anónimo disse…
Não quero parecer mal-educada, mas eu, açoreana, residente (parte do ano) em Lisboa, free-lancer que trabalha por todo o país, considero que esse garrote do estado atinge o país todo, até Lisboa. Visões de futuro encontro-as por todo o país, desilusões, também. Tomar a cidade de Lisboa pelo poder de um estado dominado por poderes ainda desconhecidos da maioria é um erro crasso e triste. Os lisboetas também pagam imposto e pagam muitas vezes mais caro comodidades básicas, como alimentação, habitação e outras. O estado português é um monstro, não por estar em Lisboa (se estivesse em Faro ou Braga seria tão monstro como é em Lisboa) mas por ser talhado na mentalidade corrompida de um povo, um povo medieval, preconceituoso, relaxado, corno-manso dos poderes que por estas terras se alternaram. Falo agora do que conheço bem...O Rui Rio estrangula a vitalidade artística e cultural do Porto, ainda assim resistem uns quantos que mostram alguns dos trabalhos mais pujantes a nível nacional. A saúde de um povo bem pode ser medida pela forma como entende a Arte, como a vive. A criatividade, a arte, a cultura, é uma poderosa alavanca para o progresso social, económico e até científico. Rui Rio despreza tudo isso. Foi elegido por Lisboa?
Cara Anónima,

Concordo, quase em absoluto, com tudo o que diz neste seu comentário.

Claro que quando falamos em Lisboa nos termos que são apresentados neste 'post' não é da cidade ou da região em si, é, antes, daquilo que ela personifica e representa, ou seja, o centralismo político e administrativo radical.

Cumprimentos,