“Não há tempo, nem oportunidade para abrir um debate sobre a regionalização”

Apesar de se afirmar “um regionalista convicto e do PSD ter colocado no Programa de Governo a criação de regiões-piloto”, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social avisou que a regionalização não é uma prioridade porque há que “perceber o que é essencial e o que se pode tornar acessório” numa altura de um compromisso “com cronograma e valores definidos” pela troika.

“Não há tempo, nem momento, nem oportunidade para abrir um debate sobre a regionalização”, respondeu Marco António Costa a uma pergunta do auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim que a convite da concelhia local e do PSD distrital fez o balanço dos 100 dias de governação do executivo de coligação PSD-CDS.

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O presidente da Câmara de Castro Marim, José Estevens, anfitrião da sessão de trabalho laranja, está “preocupado” com o Livro Verde da Reforma da Administração Pública. O edil mostrou-se receoso que perante os cortes previstos nas chefias “a exigência da qualificação dos serviços da administração local morra na praia”, e mandou recado pelo governante convidado da sessão: “Castro Marim passará a ter um presidente de Câmara e um vereador”, afirmou, lembrando que actualmente “tem sete unidades orgânicas com seis chefes de divisão e passará a ter com dois chefes de divisão”, ilustrou o autarca, criticando cortes que acredita que iriam “passar a gordura e atingir o osso”.

A resposta do secretário de Estado foi pronta, dizendo que “todos nós temos de nos conformar com uma realidade diferente”, lembrando que “há muitas dificuldades e todos os sectores da nossa sociedade vão ser atingidos”. Marco António Costa está convicto, no entanto, que esta “mudança de paradigma muito grande vem no timing certo porque no final de 2013 vai haver muitas mudanças no poder local e vai surgir uma nova geração que terá que aceitar as novas dificuldades que o novo ciclo vai trazer”, lembrou, frisando que “não podemos discutir se vamos estar preparados”.

FONTE: OBSERVATÓRIO DO ALGARVE
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Comentários

Rui Valente disse…
Políticos... Não há um que faça a diferença! Previsíveis e trapaceiros.

Ainda têm coragem para falar de João Jardim? Esse, ao menos, soube pô-los sempre em respeito e tratá-los como eles merecem, isto é, aldrabando-os e chantageando-os. Se AJJ fosse na sua conversa, a Madeira hoje estava como o Norte, atrasada, discriminada e colonizada.

Neste contexto e como não há moral, só tenho a dizer: bem hajas Alberto João Jardim!

Viva a Madeira!
Infelizmente a Regionalização tem servido apenas de arma de arremesso para políticos na oposição que uma vez chegados ao poder se apressam a dizer que 'não é a altura certa...blá, blá, blá...!

A nossa classe política consegue ser pior que o resto do país !