Avaliem com atenção e vejam o que fizeram a este país, 30 anos de centralismo político/ administrativo, continuado, reiterado e progressivo.
Este é também o resultado da falta de visão estratégica da nossa classe política, sempre mais interessada no seu próprio umbigo e em conquistar ou preservar o poder, do que propriamente, no desenvolvimento equilibrado do País.
Mas esta é objectivamente uma grande responsabilidade dos partidos políticos que através das suas tácticas de ocasião, inviabilizaram a regionalização e desta maneira, condenaram ao abandono (quase irreversivelmente) larguíssimas parcelas do território nacional.
Para ilustrar o que estou a dizer, ainda ontem no discurso de encerramento do Congresso, o líder do PSD, voltou a falar em descentralização, mas tendo como base as Comunidades Urbanas (já enterradas, mesmo antes de verem a luz do dia). Ora sabendo nós, que toda a política regional da UE, que é abundante e de extrema importância, assenta hoje nas chamadas NUTs II, pergunto eu, isto é sério? Será do interesse do País? Ou pelo contrário não passa de mais uma manobra táctica ao serviço do combate político/partidário.
Ao consultar o site da UE relativo à Política Regional, que profusamente reflecte a importância que a Europa atribui a este nível intermédio da administração, pude constatar o paradoxo que constitui, a situação administrativa que se verifica em Portugal. Assim, o nível regional é aqui (site UE) representado pelas CCDRs, mas que, como nós sabemos se limitam a ser meras estruturas desconcentradas do Ministério do Ambiente e da Secretaria de Estado da Administração Local, tendo portanto uma intervenção regional extremamente circunscrita e acima de tudo sem qualquer representatividade democrática. A UE ainda estabelece, aquilo a que chama, um "nível intermédio" de administração, representado, imagine-se, pelas Assembleias Distritais e os famigerados Governadores Civis.
(ver aqui)
Comentários
Assim, a Regionalização continuará a não poder contar com este P. S. D....
Até quando, senhores sociais-democratas?
Se os portugueses, ou apenas alguns deles, regeitaram um projecto de mini regioes, para que prosseguir com outro projecto ainda mais minimalista.