Em 1998 empenhei-me seriamente na defesa do “Não” no Referendo à Regionalização. Com uma experiência de presidência autárquica inferior a 1 ano, entendia que a criação de regiões administrativas não passaria de um processo que levaria à criação de mais burocracia, mais cargos políticos e mais custos de funcionamento para a máquina do Estado. Achava, por isso, que seria preferível apostar numa forte descentralização de competências e de meios para as Autarquias Locais.
Continuo a pensar que esta seria uma boa solução. O Poder Local tem demonstrado ao longo destes seus 30 anos de existência que é capaz de, com os mesmos recursos, fazer muito mais pelas populações do que o Poder Central.
Já o disse publicamente, e agora escrevo-o, que o actual Governo tem desde a primeira hora, uma estratégia de enfraquecimento da gestão autárquica, como forma de levar os portugueses a reclamarem a criação de um poder político intermédio – o poder regional. Tenho pena que assim seja.
Mas já que assim é, olhando para a actual conjuntura e para a situação da região onde vivemos, entendo que é necessário voltar a discutir a regionalização. Vejo-me assim vergado pela força dos factos a mudar de ideias relativamente a este processo.
Nós que desenvolvemos uma actividade política na região Norte, estamos cansados da inércia e da discriminação do poder cada vez mais centralista de Lisboa. Já todos percebemos também que não são dirigentes regionais, nomeados pelo poder da capital, que vão alterar este estado de coisas. Não porque não sejam competentes, não porque não o queiram, mas porque não podem contrariar a política de quem os nomeou.
O Norte tem de conquistar o espaço político a que tem direito. Precisa de ter voz e de ter poder reivindicativo. Enquanto as outras regiões do país vão, mesmo que muito timidamente, progredindo no plano do desenvolvimento económico e social, nós continuamos a regredir.
Precisamos de um poder regional democraticamente eleito pelos nortenhos. Um poder que não seja submisso ao Poder Central, que reivindique, que discuta, que defenda os interesses de uma das mais importantes regiões do país.
Pelas razões atrás expostas, mas principalmente pela experiência de 8 anos como autarca, entendo ser hora de voltar a discutir a regionalização, a bem do combate às assimetrias do país. Se nos propuserem um projecto de um Poder Regional democraticamente eleito, investido de competências que permitam um maior equilíbrio no investimento e no desenvolvimento, serei um acérrimo defensor do SIM.Em 1998 empenhei-me seriamente na defesa do “Não” no Referendo à Regionalização. Com uma experiência de presidência autárquica inferior a 1 ano, entendia que a criação de regiões administrativas não passaria de um processo que levaria à criação de mais burocracia, mais cargos políticos e mais custos de funcionamento para a máquina do Estado. Achava, por isso, que seria preferível apostar numa forte descentralização de competências e de meios para as Autarquias Locais.
Continuo a pensar que esta seria uma boa solução. O Poder Local tem demonstrado ao longo destes seus 30 anos de existência que é capaz de, com os mesmos recursos, fazer muito mais pelas populações do que o Poder Central.
Já o disse publicamente, e agora escrevo-o, que o actual Governo tem desde a primeira hora, uma estratégia de enfraquecimento da gestão autárquica, como forma de levar os portugueses a reclamarem a criação de um poder político intermédio – o poder regional. Tenho pena que assim seja.
Mas já que assim é, olhando para a actual conjuntura e para a situação da região onde vivemos, entendo que é necessário voltar a discutir a regionalização. Vejo-me assim vergado pela força dos factos a mudar de ideias relativamente a este processo.
Nós que desenvolvemos uma actividade política na região Norte, estamos cansados da inércia e da discriminação do poder cada vez mais centralista de Lisboa. Já todos percebemos também que não são dirigentes regionais, nomeados pelo poder da capital, que vão alterar este estado de coisas. Não porque não sejam competentes, não porque não o queiram, mas porque não podem contrariar a política de quem os nomeou.
O Norte tem de conquistar o espaço político a que tem direito. Precisa de ter voz e de ter poder reivindicativo. Enquanto as outras regiões do país vão, mesmo que muito timidamente, progredindo no plano do desenvolvimento económico e social, nós continuamos a regredir.
Precisamos de um poder regional democraticamente eleito pelos nortenhos. Um poder que não seja submisso ao Poder Central, que reivindique, que discuta, que defenda os interesses de uma das mais importantes regiões do país.
Pelas razões atrás expostas, mas principalmente pela experiência de 8 anos como autarca, entendo ser hora de voltar a discutir a regionalização, a bem do combate às assimetrias do país. Se nos propuserem um projecto de um Poder Regional democraticamente eleito, investido de competências que permitam um maior equilíbrio no investimento e no desenvolvimento, serei um acérrimo defensor do SIM.
Comentários
Cumprimentos.
Dado o já longuíssimo rol, no qual nos incluímos, de pessoas que usaram o melhor dos conselheiros - o tempo (9 anos) -, para alicerçar uma opinião penso que não há espaço para mais hesitações. Os autarquias e regiões são quem melhor conhece as realidades e necessidades dos seus habitantes, empresas, cultura , apostas e mecanismos de gestão. Defendamos sem hesitações a regionalização. As particularidades dos modelos de regionalização, discutamos logo a seguir. O que precisamos, hoje, é de "ar fresco" nas nossas vidas, nova motivação para nos reerguermos destes anos tão desmoralizadores e menos indecisões. Mantenha a corgem
Gostei do seu post.
Cumprimentos,
António Fonseca