As nossas responsabilidades locais e regionais são actualmente muito maiores que no passado, na medida em que a Região Norte atravessa talvez o periodo mais problemático de que há memória. Esta região tem dos piores indicadores económicos, sociais e humanos do país e da Europa.As indústrias tradicionais, base da economia regional, tais como o calçado, os têxteis e as confecções, que até agora sustentavam milhares de famílias, despejam no desemprego milhares de trabalhadores que não encontram alternativa num mercado inadaptado aos enormes desafios provocados pela globalização da economia e liberalização das trocas comerciais. Como consequência, o norte é a região mais pobre do país e uma das mais pobres da Europa ( quarta ).
Os desafios são enormes. O governo do PS está com maioria absoluta no Parlamento e vai dispôr, nos próximos seis anos, de verbas avultadísssimas do QREN para o desenvolvimento regional, para infra-estruturas e para a qualificação profissional. Será uma oprtunidade única para a região e para o país. Ninguém nos perdoará se esta oportunidade for desbaratada. O PS seria fortemente penalizado.
O PS tem que continuar com a política de reformas, nomeadamente com a Reforma da Administração Pública e com a Regionalização. Uma e outra estão interligadas e são fundamentais para o êxito ou insucesso do governo e do país. Não podemos adiar. O País não suportaria. O nosso povo não merece.
Publicado no "VIMARAPERES-PORTO"
Os desafios são enormes. O governo do PS está com maioria absoluta no Parlamento e vai dispôr, nos próximos seis anos, de verbas avultadísssimas do QREN para o desenvolvimento regional, para infra-estruturas e para a qualificação profissional. Será uma oprtunidade única para a região e para o país. Ninguém nos perdoará se esta oportunidade for desbaratada. O PS seria fortemente penalizado.
O PS tem que continuar com a política de reformas, nomeadamente com a Reforma da Administração Pública e com a Regionalização. Uma e outra estão interligadas e são fundamentais para o êxito ou insucesso do governo e do país. Não podemos adiar. O País não suportaria. O nosso povo não merece.
Publicado no "VIMARAPERES-PORTO"
Comentários
no anterior referendo era proposta uma região administrativa para a região do douro e trás-os-montes distinta da outra região a norte: entre-minho-e-douro. como era distinta não estaria subordinada a uma região norte que diz será dominada pelo Porto. explique-me lá porque razão tal proposta foi esmagadoramente rejeitada pelos trasmontanos? um bocadinho de coerência dava jeito. porque este alinhavar de razões do tipo "se não é do cú é das calças" ou "se não é das calças é do cú" já cansa. a mim parece-me mais dependência mental das ideias veiculadas pelos orgãos de informação ao serviço do centralismo que outra coisa. chamo a isso uma espécie de "benfiquismo bacoco". gente que é benfiquista mesmo sem saber bem porquê e nunca na vida ter posto os pés no estádio da luz. são benfiquistas só porque a televisão lhes diz muitas vezes para o serem.
Aqui se prova o que está por detrás da regionalização em alguns: Pouca substância e muito paroquialismo promíscuo com clubite. E porque hão de ser "portistas" os transmontanos? Porque o centro da eventual nova região o ordenará? Porque os Portos Canais assim o publicitarão? Chamo a isso "Portismo bacoco".
Só uma minoria da população da "elite" mais informada sobre o assunto a rejeitou por causa do mapa das 8 regiões.
Alguém acredita que a larga maioria do Povo de Trás-os-Montes, assim como da maioria do país naquela altura estava pormenorizada e culturalmente informado sobre os 2 (ou eventualmente mais) mapas em questão?
A quem querem "enganar"?
No interior das regiões preconizo uma distribuição policentrada das diferentes entidades administrativas, por forma a evitar novas formas de centralismo, desta feita regionais, mas mesmo assim pouco saudáveis.
David Oliveira
a sua questão é pertinente, mas penso que está bem respondida neste blogue.
No entanto, para não perder tempo "à cata", tentarei ainda hoje publicar um artigo sintético sobre este assunto.
Cumprimentos,
Ant.º das Neves castanho.
No entanto, quero recordar que futebol e política, são coisas bem distintas. Veja-se o caso do Norte. Tão rico em futebol... e é a região mais pobre do país.
Não sou por 5+2. Sou por 5. Claro que as metrópoles terão sempre o seu peso de Sub-região forte. Mas dentro das respectivas regiões.
Os problemas concretos da generalidade das Regiões portuguesas são bastante diferentes nas duas metrópoles, pelo que faz todo o sentido a solução 5 + 2.
Até por razões de equilíbrio populacional e económico. Ou alguém acredita que uma Região Norte, com o Porto, e uma Região de Lisboa (com o apêndice Vale do Tejo) serão comparáveis às restantes?