Regiões - um mal necessário?
Na manhã de hoje, volvidos 10 anos sobre o referendo à Regionalização, debate no fórum da TSF. Por razões profissionais não consegui ouvir tudo. Todavia, ficam-me alguns flashs que gostaria partilhar, alimentando um tema que vem sendo por aqui comentado.
1. Questões e argumentos dos dois lados:
- Há excelentes exemplos de regiões que francamente impulsionaram o seu desenvolvimento através de um processo de regionalização. Basta ver algumas aqui ao lado…
- Também parece não haver dúvidas da necessidade de criar, junto às regiões, sobretudo as mais periféricas, mecanismos de desenvolvimento e afirmação regional com capacidade e poder de intervenção. Que sirvam tanto de orientação estratégica como de contra poder. Os números estão aí para clarificar esta dura realidade!
- Se o sucesso das opções até aqui tomadas é o que é, por que não tentar outras vias?
- Mas, não iremos (apenas) multiplicar uma classe política ineficiente e cheia de “pequenos interesses”? Veja-se o estado e as consequências de 30 anos de poder local…
- Ou seja, estarão as regiões preparadas para maior autonomia? Com que limite?
- Obviamente o modelo de regionalização defendido não se compara, nem aproxima, das autonomias da Madeira e dos Açores, mas estes exemplos também nos podem ajudar a reflectir. Veja-se a recente “guerra” do PR com os Açores.
- Por último, diz-se que as “gentes” não sentem esta necessidade. Que é uma falsa questão levantada por algumas cabeças pensantes ou desocupados com necessidade de protagonismo. Será assim? Não creio.
por Luís Ferreira
Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
A problemática da regionalização corresponde a uma equação muito simples: regionalização autonómica = desenvolvimento.
Regionalização como instrumento político por excelência, através da criação das 7 Regiões Autónomas, como estrutura político-organizativa essencial para assegurar a prossecução de objectivos associados a grandes desígnios nacionais, já muitas vezes aqui referidos, tendo como autores protagonistas políticos de nova geração, conhecedores das Regiões, com competência política e técnica e possuidores de fortes traços de carácter e personalidade.
Tais objectivos só poderão ser atingidos eficazmente com o delineamento e prática de políticas regionais inovadoras que privilegiem os recursos regionais, diferentes de Região para Região, na obtenção de uma produção própria competitiva que nos alargue a reputação interna e externa já conseguida em alguns produtos de excelência e combata definitivamente a nossa dependência financeira em relação ao exterior.
Só assim se eliminarão as assimetrias regionais existentes, graves e profundas, e se criarão condições para um desenvolvimento que só poderá ser equilibrado e autosustentado, onde o Orçamento de Estado terá um importante poder compensatório ou contributo suplectivo.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
A recente guerra do PR com os Açores?... Pode explicar?